CORROMPIDO

Capítulo 52

Perdoem os erros.

As coisas não poderia ficar pior. Pensou Max ao observar todos os  irmãos reunidos na sala. Rebecca carregava uma carranca imensa e já ele estava... faminto e exausto.

— Meu amor, vamos esquecer essa história! Nós dois sabemos que isso que você quer é impossível. — Rebecca estreitou os seus olhos.

— Primeiro! Não me chame de amor, e segundo você sabe muito bem sobre os meus princípios.

— Não, eu não sei nada sobre os seus princípios Rebecca! Você faz questão de me lembrar isso. Mas me desculpe, eu já percebi que você é o tipo de pessoa que não aceita ajuda. — Rebecca o encarou fixamente.

Será que por um momento ela estava sendo egoísta? Se perguntou Rebecca.

— Oh! Oh! Oh! Vamos com calma ai galerinha. Querendo vocês ou não agora vocês são um casal. Vamos parar de brigar certo? Não é o momento para isso.  — Disse Seb.

Max estreitou os seus olhos.

— E desde quando você sabe sobre relacionamentos Seb? Você mal tem uma casa. Se é que aquele moquifo deveríamos chamar de casa.

Seb rosnou.

— Eu não sou burro Max. Sei que pareço ser o homem menos interesante da turma, mais sou um ótimo observador e acredite isso que vocês chamam de relacionamento se é que existe um, não está sendo nada saudável. Vocês praticamente se matam em apenas cinco minutos de conversa.

Aquiles bufou ao observar para onde aquela conversa toda estava seguindo. Ele tinha mais o que fazer! Ele não tinha tempo para ficar quastionando  o relacionamento promissor do seu irmão. Ele precisava saber sobre a guerra, precisava descobrir o que os vampiros estavam tramando.

— Mais o que diabos está acontecendo aqui afinal? Estamos há mais de uma hora sentados nesse maldito sofá, esperando sei lá o que. Da pra vocês dois pararem de serem infantis e nós explicar o que realmente está havendo? — Questionou Aquilies.

E antes que Rebecca pudesse dizer algo o doutor Sampaio entrou na sala de estar com uma maleta em mãos e o seu jaleco em outra.

— Doutor Sampaio o que faz aqui? — Perguntou Álvaro com o semblante franzido.

O doutor lhe lançou um sorisso sarcástico.

— Fui chamado com extrema urgência pra cá. Tive que abandonar uma cirugia no meio de um transplante vampiresco devo ressaltar. Mais isso não importa agora certo? Agora expliquem-se onde é que está o incêndio? — Perguntou ele em um tom bem humorado.

— Não é momento para brincadeiras Sampaio. — Repreendeu Max.

O doutor revirou os seus olhos. Ele colocou a sua maleta sobre o balcão, e sentou-se no sofá com uma postura formal.

— E desde quando vocês estão para brincadeiras? Vamos logo diga-me qual é o problema.

Rebecca retirou o roupão em uma rapidez tão extrema que até mesmo os olhos mais ágeis daquela sala se perderão em seus movimentos. Ainda de costas ela expos algo tão belo e incompreensível que qualquer humano poderia ver.

— Mais o que.. — O doutor parou de falar assim que os seus olhos, junto aos dos seis pecadores reunidos na sala se perderam completamente nas costas de Rebecca.

Um leão perfeito. Em um tom dourado magnético, ele chegava a hipnotizar aqueles que encaravam fixamente. Ao seu redor pousava uma juba esplêndida e selvagem. Assim como os seus extesos cabelos negros o doutor tinha que resaltar. E bem abaixo da extensa juba estava lá o seu nome, o seu nome de batismo hebraico nomeado pelo Criador. Luana... Sim era esse o seu nome, o doutor se recordava muito bem.