Perdoem os erros.
— Delegada Rebecca. Recebemos uma ligação anônima, nela dizia que ocorreu um homicídio em uma boate próximo a nossa delegacia. — As pupilas da delegada Rebecca se delataram. E a sua postura ficou rígida. Mais um homicídio na sua área, mais uma morte e mais um assassino ileso. A Delegada Rebecca estava completamente frustrada, trabalhar em uma área de classe alta era terrível. O dinheiro comprava tudo, até mesmo uma vida inocente.
Seus olhos miraram sobre os do detetive mais uma vez, ela teve a leve impressão de que ele sabia muito bem, do que ela estava pensando. Mais desta vez iria ser diferente, desta vez os culpados seriam julgados. Ela não iria admitir que mais uns dos seus casos fossem arquivados, ela iria descobrir o assassino a qualquer custo.
— O horário do ocorrido? — Perguntou friamente. As mãos de Rebecca foram de encontro as suas duas armas. Estavam limpas e carregadas, do jeito que ela gostava.
O detetive da de ombros. Enquanto ele checava o seu relógio em seu pulso mais uma vez. Rebecca teve a visão perfeita do seu trabalhado corpo dentro da sua camisa social. Ele era atraente e gentil. O tipo de homem que Rebecca gostava de se envolver. Mais acima da sua atração sexual vinha o seu trabalho. Para Rebecca ter o trabalho como a sua primeira opção de vida era crucial.
—Dez minutos. A mulher não nos informou o seu nome, mais pela descrição da sua voz tremula, ela aperentava estar muito nervosa. — Disse o seu detetive.
A delegada capturou as chaves da sua viatura com rapidez. O chaveiro cor de rosa balançava sobre a pesada chave, ela adorava adrenalina, adorava o seu carro e a forma como poderia utilizá-lo livremente. Sem rótulos, sem regras e sem lei. Rebecca pegou ambas das suas armas e as travou sobre a mesa.
— Quantas vitimas? — Perguntou.
— Não sabemos. A mulher só nós passou apenas o endereço.
— Que ótimo. Juro por Deus que se for mais um trote daquelas pestinhas...
— Creio que não seja um trote Delegada. Nem se quer um melhor ator, faz uma ligação no qual aquela mulher fez.
— Ótimo! Assim espero. —A Delegada levantou-se da sua cadeira ligeiramente, pegou ambas das armas com as mãos e as colocou em sua cintura.
—Sabe que não precisa fazer isso não é mesmo? — A Delegada franziu o cenho. Seus grandes olhos azuis encararam os do detetive com convicção. — Do que você está falando Detetive? — Perguntou a Delegada com a voz firme e tradicional, a mesma que ela utilizava quando estava prestes a prender alguém ou até mesmo interrogar. Uma voz fria e impiedosa.
— Estou falando disso — O Detetive apontou para ela, com um olhar sarcástico. A Delegada arqueou um das suas pesadas sobrancelhas.
— Não vejo nada de diferente em mim, Detetive!
— Ninguém nunca ver nada quando o assunto se diz si próprio.
— Seja direto Detetive! — Os olhos do Detetive estreitaram-se.
— Ok! Serei direto, você está se matando Rebecca. — Rebecca lhe lançou um sorriso sarcástico.
— Fiz checape mês passado, e a minha saúde está ótima, obrigada. — Gael soltou um grunhido.
— Pare de bancar a engraçadinha. Você sabe muito bem do que estou falando. — O Detetive apressou-se e sentou em uma das suas cadeiras vagas. Sua postura era etéra e formal, enquanto os seus olhos demonstravam pura reprovação. — Pare de tentar suicidar-se toda vez que aparece um bandido na sua delegacia. Vejo em seus olhos, vejo como se preocupa quando tem sempre que soltar um criminoso. A culpa não é sua se a lei neste país é uma merda. Tem que viver Rebecca. Sabe o que significa isso? Viver? E acredite não se trata apenas de respirar.
Trocando o peso do seu corpo a cada segundo que Gael lhe dava um sermão, Rebecca apenas o escutou como uma boa menina. Mais no fundo ela sabia que tudo o que Gael lhe falava não passava de palavras... palavras no qual ela não iria seguir.
— Não se preocupe comigo Gael. Eu estou bem — Murmurou Rebecca enquanto travava e destravava a sua arma há testando. Rebecca tentava olhar para qualquer lado, menos para os olhos do detetive. Ela não suportaria vê-los novamente daquela forma, não quando ele estava realmente irritado com ela.
— Isso é o que as pessoas dizem quando realmente não estão bem. Mais quem sou eu para meter-me onde não sou chamado certo? Talvez seja o meu lado Detetive persistente que ainda tenta colocar juízo nessa sua cabeça de vento. — O Detetive se levantou da sua cadeira em um movimento brusco. As suas pesadas botas soaram pelo chão, enquanto ele caminhava pesadamente até a porta novamente.
— Gael eu não... Só... Me desculpe tá legal? Não estou muito bem esses dias de fato, sinto-me deslocada, sozinha e terrivelmente triste. — As feições do Detetive suavizaram quando ouviu a declaração da delegada. Ele parecia surpreso com a sua confissão, e para ser franca ela também.
— Dios Mio Rebecca... Porque nunca me disse antes? — Perguntou com o semblante preocupado.
Rebecca suspirou drasticamente, jogando-se na sua poltrona novamente.
— Não contei exatamente por isso. Você está com cara de papai preocupado, e eu não quero isso pra mim, não quero isso para nós dois. . Você tem as suas preocupações Gael, não quero ser mais uma delas. — Choramingou ela enquanto colocava suas pequenas mãos em seu rosto. Rebecca estava cansada! Essa era a palavra certa, cansada! As mãos do Detetive foram em direção ao seu rosto retirando-as delicadamente.
— Você nunca será mais um fardo que terei a obrigação de carregar Rebecca, você é a minha amiga, minha parceira de trabalho. E acredite, ninguém melhor do que eu precisa saber o que está havendo com você. Ninguém suportar o seu mau humor.
— Eu não estou de mau humor — Retrucou Rebecca.
— Há não? — Ironizou ele. Rebecca levantou-se da sua poltrona, e retirou delicadamente as suas mãos do aperto de Detetive.
—Vamos logo Detetive, não temos tempo para papos nostálgicos. — Apressou-se Rebecca indo em direção á saída, e não demorou muito para o Detetive a seguir em passos firmes e silenciosos. — Invoque todos da guarnição. Quero todos os suspeito dentro desta delegacia ainda hoje. Ninguém saíra daquela boate sem presta depoimento, e se possível quero que feche a boate enquanto estivermos investigando. — E lá estava ela novamente. A Delegada centrada e focada, a mulher fria e racional. Nada de sentimentalismos, nada de compaixão e nada de ser fraca.
O detetive se mantém calado e concentrado. Ele estava anotando tudo mentalmente enquanto a sua Delegada lhe dava as ordens necessárias.
— Certo! Irei ocupar-me disso agora mesmo. Mais tenho quase certeza que irei demorar quanto a guarnição.
A delegada franziu o cenho.
—Porquê?
— Bom digamos que metade da guarnição está dormindo, e a outra estão em patrulha. — Disse o detetive com o semblante sarcástico. Rebecca revirou os olhos.
— Mais que filhos da mãe.
— Tantos anos de experiência deveria acostumar-se Delegada Rebecca. — Cantarolou ele. Rebecca sentia vontade de socar-lhe bem no meio do seu nariz, mais o seu rostinho era belo demais para fazer tal crime.
— Babaca! — Rebecca o empurrou fortemente com uma cotovelada, e quando viu que ele estava vulnerável o suficiente, lhe ofereceu um forte e estratégico chute em seu estomago fazendo-o recuar para trás e gemer com agressividade, enquanto colocava ambas das mãos em sua barriga.
—Sua megera. Ainda bate feito homem — murmurou Gael enquanto gemia de dor. A delegada lhe lançou um sorriso sarcástico por cima dos ombros.
— Nem se quer lhe toquei, seu imbecil. Agora pare de bancar a mulhersinha e volte ao trabalho, temos muita coisa há fazer. — As botas da Delegada ecoavam sobre o saguão da delegacia. Tudo estava muito silencioso e quieto, nada daquilo era normal para ela. Ela precisava de barulho, precisava de adrenalina.
— Boa sorte com os suspeitos — Gritou Gael antes que ela pudesse sair do seu campo de visão. A Delegada voltou-se a ele e lhe lançou um sorriso sarcástico.
— São eles quem deveriam pedir por sorte, querido.
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CORROMPIDO
FantasyO Pecado sempre esteve sob a terra desdo início do mundo, mais o que a raça humana não sabia era que os Sete Pecados Capitais habitavam no mesmo espaço que eles. Na Terra! Luxúria, Avareza, Fome, Irá, Preguiça, Orgulho e Inveja. Sete homens, Sete ir...