Capítulo 10

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Perdoem os erros.

Max observou possessivamente a sua Campanion dormir profundamente sob os encantos do seu irmão Red. Ele sabia que aquilo possivelmente iria acabar com ela, dormir profundamente durante quase vinte quatro horas não era saudável. Mais Max não tinha outra opção, precisava fazer aquilo ou possivelmente iria ser agredido pelo o seu despertador.

Max aproximou-se de sua amada rapidamente, agachou-se perante ela e a sustentou sob os seus fortes braços, o seu lençol de seda negro escorregou perante as suas formosas pernas como se os lençóis e a sua pele compartilhassem o mesmo tecido, negando-se a permanecer juntas. Enquanto Max a sustentava e lhe posicionava em um modo confortável em sua cama, o seu irmão aproximou-se do batente da sua porta e o encarou fixamente. Max não precisava vira-se para saber de quem se tratava, aquele olhar intimidador e penetrante apenas um dos seus irmãos possuía.

— O que tanto olha Álvaro? Sei que está prestes a proporcionar o maior sermão da bíblia. Então desembucha não tenho o dia inteiro. — Murmurou Max enquanto afagava os seus grossos dedos sobre o formoso cabelo negro da sua amada.

— Você tem que parar com isso. —  Ordenou seu irmão secamente.

Max o encarou fixamente.

— Parar com o que? Não sei do que você está falando irmão.

—Sabe muito bem que não aprovo esse tipo de método que você utiliza para doma-la. Ela é humana e nunca será como uma de nós, provavelmente quando acordar estará mais desorientada que antes, e depois irá dormir de novo e de novo.. Não vê que isto está matando-a?

Max encarou os olhos do seu irmão fixamente. Em seu olhar Max só podia ver puro desgosto e compaixão. Ele sabia que poderia estar matando-a, mais não poderia deixar que ela simplesmente partisse e o deixasse sozinho novamente. Ele simplesmente não suportaria a sua perda.

— Sei o que está pesando. —  A voz do seu irmão preencheu o quarto silencioso. Max desviou o olhar novamente, ele não precisava de mais um toque novamente. Ele só queria deitar-se ao lado dela e dormir décadas.

— Deu para ler mentes agora? Não sabia que está categoria se adaptava ao Pecador Irá —  Murmurou Max com sarcasmo, enquanto cobria as formosas pernas da sua amada, com o seu lençol negro novamente.

— Não se trata disso seu panaca! Não vê que está agindo igual ao seu irmão gêmeo? — Álvaro aproximou-se da cama de casal, e permaneceu lá imóvel. Ele podia ver a cena lamentável com pesar. Max estava se tornando irredutível em relação a sua Companion. Ele estava á matando, estava se torturando junto a sua amada.

— Obrigado pela parte que me tocar, irmão! —  Respondeu Abraham com o semblante sarcástico. 

Max e Álvaro viraram bruscamente. Encontrando o seu irmão gêmeo escorado sob o batente da porta, assim como o seu irmão Álvaro estava a segundos atrás.

— O que diabos faz aqui em meu leito? —  Perguntou Max bruscamente, enquanto tentada a todo custo, esconder a sua amada sob as cobertas.

Abraham deu de ombros, enquanto encarava a Companion do seu irmão fixamente.

— Estava entediado! Você sabe, sem reuniões, sem missões, sem diversão... Não tenho nada para fazer neste moquifo que chama de casa. Preciso sair, respirar e quem sabe me divertir com o sofrimento alheio — Max e Álvaro reviraram os seus olhos.

— Faça o que quiser Abraham. Você pode até ser o meu gêmeo, mais nunca será a minha responsabilidade. Só peço que não coloque a Irmandade em perigo com os seus joguinhos sádicos.

Abraham lhe lançou um sorriso sarcástico.

— Até parece... Sinto muito te informar irmão mais o louco não sou eu nessa história.

Max estreitou os seus pequenos e perversos olhos em direção ao seu irmão.

— Do que você está falando... Por um acaso está insinuando que algum dos nossos irmãos está perdendo a sua sanidade?—  Murmurou Max ferozmente.

Álvaro engoliu a seco. Ele sabia que aquele assunto não daria bons frutos. Abraham aproximou-se da cama, onde Max e a sua Companion estavam posicionados, Em seus olhos só transmitiam irá e Inveja... Pura Inveja.

— Eu? Chamando os nossos irmãos de loucos? De onde você tirou essa história querido irmão? Apenas estou jogando um papo fora com o meu irmão gêmeo e a sua... O que ela é mesmo? Há sim lembrei-me um fantoche? Ou melhor um...

— Eu acho melhor você segurar a sua onda Abraham... Pare de jogar o seu veneno na felicidade alheia, você está com Inveja do seu irmão gêmeo, por ele encontrar o seu formoso cálice e você não. — Os olhos de Álvaro transmitiam pura repreensão, enquanto encarava o irmão Gêmeo de Max. — Pare de ser imbecil!

Os esverdeados olhos de Abraham miraram sob os do seu irmão Álvaro lhe lançando um olhar fulminante.

— Não se meta nesta história Álvaro.—  grunhiu Abraham.

— Não deveria me meter porquê? —  Exigiu Álvaro enquanto encarava o seu irmão frente a frente. Álvaro podia sentir o seu forte peito encostar-se sobre o do seu irmão que provavelmente era dez vezes maior que o dele. Álvaro sabia que por tamanho Abraham ganharia sem fazer um mínimo esforço, mais quando o assunto era luta... Há sobre esse assunto Álvaro com certeza já havia ganhado uma medalha de ouro.

— Porquê eu não sou o irmão gêmeo dele? Ou porquê o meu pecado pode ser muito mais inferior a Luxúria ou a Inveja? Ou melhor...

— Já chega vocês dois. — Grunhiu Max. — Não vê que estão atrapalhando o sono da minha Companion? Se querem brigar, discutir ou até mesmo se matarem, façam isso. Mais que seja fora do meu quarto —  Exigiu Max friamente. Ambos dos irmãos que estavam prestes a se estapearem pelo o chão, olharam o seu líder sádicos e incrédulos.

— M-mais você odiava a violência contra os irmão.— Murmurou Abraham perplexo. Essa era a primeira regra criada por Max quando começou a lidera-los. Nada de brigas. Mais agora... Bom agora Max estava pouco se lixando para o que acontecia na Irmandade.

— Não ligo mais para o que vocês façam ou deixe de fazer, só quero ter um minuto de paz com a minha Companion. E vocês estão atrapalhando isso, agora por favor se me derem licença. — Murmurou Max inquieto.

Álvaro sabia que aquilo não era um pedido e sim uma ordem. Uma ordem direta e bem clara... Fique fora do meu caminho dizia ela com clareza. Nenhum dos irmãos ousaram discutir ou interver a situação, ambos se direcionaram até a porta e partiram do quarto de Max no mais puro silencio.

Quando ambos dos irmãos se mantiveram em uma distancia segura do quarto do seu líder, tanto Álvaro quanto Abraham estavam perplexo com o que acabaram de ouvir do seu líder.

— O que diabos aconteceu com o Max? Será que aquela maldita mulher fizerá uma lavagem cerebral em nosso irmão? — Murmurou Abraham com os olhos arregalados, ainda pelo chute que o seu irmão gêmeo acabará de dar neles.

— Não faço ideia... Talvez seja isso que o cálice nos transforma! Em homens possessivos, doentes e fracos. Talvez seja por isso que nenhum dos nossos ancestrais desejou tê-las. Porquê esse maldito cálice nós transforma em nosso pior lado... O lado humano.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora