Capítulo 57

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Perdoem os erros.

O Beta estava completamente concentrado quando o seu braço direito entrou na sua sala. Suas roupas não exisitam mais, o que ele usava apenas era uma calça justa e rasgada sobre os joelhos. O Beta arqueou uma das suas sobracelhas ao observar as vestes do seu melhor homem.

— O que houve? E que roupas são essas? Ou melhor dizendo o que houve com a falta delas?

Alecc bufou ao se aproximar o suficiente do Beta e fazer uma breve reverência.

— Vim direto da missão para o informar que tudo ocorreu bem. A pecadora aceitou a proposta como o esperado e o Pecador Max estava no lugar onde deixámos. Antes de chegar na sala do trono ouvir dizer que os Pecadores já estavam em pose do seu líder.

O Beta abriu um sorriso perveso enquanto gargalhava ferozmente. Seu corpo chegava a se curvar diante da poltrona. Alecc fez uma breve careta ao observar a felicidade repentina do monstro.

— Que ótimo! Pela primeira vez estou feliz em ouvir essa sua voz esquisita meu servo. — Torcendo o nariz Alecc acenou em silêncio. Se rebelar nunca havia sido uma hipotese para os vampiros. Mais Alecc não era um vampiro qualquer e o Beta sabia muito bem disso. Ele era esperto demais, estrategista demais e frio demais... Assim como ele era.

— Só espero que esse seu plano continue nos dando bons frutos. — Continuo o Rei dos vampiros. — Afinal qual a chance daquela mulher medíocre nós passar a perna?

— Chance zero! — Garantiu o vampiro. — Ou melhor 1% de chance. Afinal não devemos cantar a vitória antes dela chegar não é mesmo?

O sorriso que antes brotava abertamente no sorriso do monstro se tornou uma lápide fechada. Seus olhos se estreitaram e seu corpo se tornou rígido.

— Se esse seu plano não for coerente com o que você me garantiu Alecc Valentim, tenha a certeza de que o seu pescoço não estará mais preso em sua cabeça. — Granhiu o monstro. — Eu há quero! Quero o seu poder e eu o terei. E você irá me garantir que ela virá até a minha presença.

Alecc acentiu mais uma vez em silêncio.

— Você a terá mestre. — O Beta lhe laçou um sorriso satisfeito e voltou a relaxar sobre a sua poltrona.

— Ótimo! Agora pode ir! Tenho certeza que você terá muito trabalho a fazer agora. — Alecc acentiu mais uma vez. Acentir era a sua função, falar nunca foi uma hipótese. O Beta queria submissão e era isso que Alecc tinha que dar. Pelo menos por algum tempo.

— Agora pode ir! E chame a minha favorita, estou de ótimo humor e preciso de uma diversão prazerosa. — Ele gargalhou mais uma vez. Alecc sorriu cinicamente.

— Sim! Claro mestre! Relaxar sempre é bom. Irei chamar as melhores, o senhor merece toda a saudação. — Fazendo uma reverência mais uma vez, Alecc virou-se de costa e seguiu em direção a saída.

Alecc sabia que o círculo estava se fechando e que a cada dia o peso da decisão deixava a sua mente cada vez mais atordoada. Afinal a quem ele deveria seguir? O seu mestre e a sua família ou o seu ego ferido junto aos pecadores seu maior inimigo?

Alecc suspirou pesadamente. Ele não poderia se esquecer dela é claro. A mulher dos olhos fascinantes! Ela é uma mulher extraordinária e protetora demais para que Alecc pudesse ignorar. Ela era forte e ao mesmo tempo vulnerável, tudo nela o lembrava a... Jacqueline! Sua doce Jacqueline.

Ele a salvaria por ela! A salvaria porquê ele não iria suportar viver mais um dia com mais uma morte em sua consciência. Ele iria salva-la para poder ser salvo... Salvo do seu passado obscuro e da sua solidão.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora