CORROMPIDO

Capítulo 77 Parte 03 (FINAL)

Perdoem os erros.

Versão Red.

Era dos cavalheiros.

— Ela foi amaldiçoada.

— É uma bruxa.

—Sim, uma bruxa.

— Merece ser queimada.

Diante de uma praça marcada por cinza e pó estava sendo posta mais uma vez uma mulher diante da fogueira. Os gritos dos moradores e vizinhos dos arredores predominava por todo o ambiente enquanto Red e Álvaro observava em silêncio toda cena.

Eles estavam em uma missão de guerra, os seus irmãos se encontravam do outro lado da cidade nas margens do rio a esperar de respostas. Fazia meses que eles estavam lá infiltrados, para muitos eles eram meros comerciantes de pele, para outros Red era um imperador e Álvaro o seu general, todos pareciam os temer ninguém passava em seu caminho, ninguém os questionava, sua presença os incomodava ninguém estava de fato feliz com a presença deles dois, mais ninguém nunca ousou dizer isso a eles. E Red sabia o porque... Eles os temia e com um bom motivo.

Observando a mulher amarrada a um tronco de árvore Red pôde observar como  os cabelos da jovem mulher eram ruivos eles eram tão quentes quanto as chamas aquilo de certa forma chamavam atenção de qualquer homem aquilo ninguém poderia negar, Red se perguntava se já havia visto cabelos tão brilhantes como aquele , era magnífico de se vê, mais magnífico ainda eram suas curvas salientes que se exibiam  por baixo do vestido cumprindo e farto de tecidos, ela parecia definivamente encantadora. 

Seu rosto estava oculto sob o manto dos seus cabelos com a cabeça baixa Red podia ouvir o seu sussurro como uma canção de ninar, era um cântico antigo, tão antigo quanto a própria terra sagrada em que pisavam. Ela era uma bruxa, sim, era verdade mais não uma bruxa qualquer e sim bruxa de magia branca. Uma bruxa dos contos, da natureza, uma bruxa do clã.

Bruxas do clã era extremamente raras de serem vistas, geralmente elas eram muito discretas e pelo visto aquela não havia sido tão discreta quanto achava.

— Acha que ela vai queimar em quantos segundos? Nunca vi uma bruxa do clã tão de perto.

Murmurou Álvaro por cima dos ombros de Red enquanto observava a moça com desdém em sua mão ele comia uma maçã que ele havia roubado de um comerciante distraido com a repercussão da bruxa.

— Não fale da moça como se ela não estivesse aqui, Álvaro. Tenha piedade ninguém merece ser queimada.

Álvaro sorriu. Um sorriso diabólico e satisfatório parecia que ele estava se divertindo com o espetáculo de horror que acontecia na praça. Com a maçã ainda quase farta em suas mãos ele arremessou o fruto em direção a moça.

— Álvaro não!

Red tentou apanha-la no ar fazendo com o que impacto não a atingisse mais já era tarde demais. Em um segundo estava nas mãos do seu irmão e no outro a fruto colidia com o corpo da moça. A moça se curvou ainda mais, um gemido de protesto fez com que ela parasse de cantarolar mais foi só a fruta bater sob o chão empoeirado para ela voltar a cantarolar novamente por um instante Red teve a impressão de que a Terra também estava sofrendo junto com a moça, ele sentia a Terra vibrar sob os seus pés aquilo era uma injustiça e todos sabiam.

— Você é um idiota!

Red o empurrou com os ombros o fazendo recuar para trás e como resposta Álvaro abriu ambos dos braços ainda sorrindo.