Capítulo 77 Parte 02 (FINAL)

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Perdoem os erros.

Versão Gael.

Ambos entraram na floresta e o clima ainda era de silencio. A verdade era que Gael nunca esteve em uma situação como esta agora, ele nunca tivera um pai, nem muito menos uma família exceto por Rebecca é claro, ele se sentia como uma criança imatura tentando de qualquer forma impressionar o impressionável, afinal, como ele poderia impressionar alguém que viveu desde o inicio dos tempos? A sensação de ser alguém que nunca poderá superar o seu pai era quase insuportável, Gael sabia que era um homem altamente treinado capaz de se cuidar sozinho, mais a insegurança de saber que terá olhos acusadores o vigiando a noite inteira estava o matando. Ele e Max haviam feito um acordo, eles iriam caçar quem fizera isso com Rebecca juntos, mais parece que palavra não era algo que aqueles homens usavam com frequência. Alias nunca tiveram já que ainda escondem muita coisa do seu conhecimento, inclusive o que estavam caçando. 

— Vai demorar muito para chegarmos?

Sua pergunta pareceu ter o pego de surpresa. O clima estava tenso entre ambos desdá saída do acampamento improvisado que eles fizeram durante a tarde e a sua súbita puxação de conversar pareceu o confundir.  Álvaro não era um homem de muitas palavras, era bruto, ríspido e direto demais parecia não ter muita paciência quando o assunto se dizia conversas, ele era o tipo de homem que parecia gostar mais da ação do que de prozas.  

— Mal andamos e já está reclamando garoto. 

Suas palavras não foram grosseiras, pelo contrario, ele parecia se divertir e isso de certa forma incomodou Gael, afinal, ele não estava nem um pouco cansado e ele também não era nenhum garoto. Decidido a ignorar as investidas do seu novo pai, ele prosseguiu.

—Só acho que está ficando tarde. Os vampiros logo vão perceber que estão sendo atacados. Preciso subir em uma árvore antes que isso aconteça. 

Ele bufou.

— Para quê precisar subir em uma arvore garoto? Estamos matando vampiros não caçando patos.

Gael não era um homem que gostava de atrasos, gostava das suas coisas em ordem e isso incluía o seu tempo. Estava com um arco e flecha em mãos, uma arma como aquele exigia que o arqueiro tivesse em bom campo de visão com um espaço considerável para mover os braços sem muita pressão, estar em cima de uma arvore era uma posição perfeita para Gael. Ele teria visibilidade, vantagem para se defender e os braços estariam livres, quanto ao seu corpo estaria protegido pelos galhos e folhas.  

— É uma camuflagem. Não estarei caçando patos, estou sendo inteligente contra o meu inimigo. Sou um humano como todos vocês tem o prazer de me lembrar, preciso de vantagens e essa será a minha. A luz não está tão clara, mal há estrelas no céu, é um dia nubloso eles mal me enxergarão em meio as plantas.

Álvaro lançou um sorriso em sua direção. Um sorriso sincero pensou Gael, a verdade era que depois de dias ambos tentando ignorar o outro ou tentando se convencer que nada daquilo era estranho a convivência entre ambos se tornou quase que insuportável. Gael era um homem maduro, tinha seus princípios e acreditava no que lhe era confiável para ele fontes era apenas uma intuição sem credibilidade, não tinha importância até que provassem ser verdade era esse o seu trabalho ser um questionador. Mais como questionar o que estava vivendo? Ele sabia que não estava em um sonho, nem muito menos estava vivendo um pico de transtorno tudo aquilo era muito real para ser questionável, não haviam evidencias, não havia uma explicação plausível, eram apenas fatos. Fatos dos quais ele sabia que jamais conseguiria resposta, afinal, como ele poderia questionar o inquestionável?   

— Que garoto esperto. — comentou o pecador. — Muito astuto da sua parte devo confessar. Não havia pensado nessa possibilidade.

Gael sabia que ele havia imaginado sim. Ele só estava querendo fazer com que ele se sentisse inteligente por um momento, era honroso da parte dele Gael tinha que confessar, ele estava se esforçando, estava querendo se aproximar Gael podia sentir. Ele sorriu como resposta se sentia envergonhado demais para se quer olhar em seus olhos.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora