Capítulo 72

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Perdoem os erros.

Max estava nervoso, encarava a cama tão fixamente que chegava a temer piscar os olhos e acabar a perdendo de vista novamente. Os seus dias junto ao Beta não foram nada comparados a dor de ver a sua companheira em cima de um leito.

Rosnando mais uma vez, ele acariciou com uma de suas mãos os sedosod cabelos negros da companheira. O doutor surgiu em seu campo de visão junto a uma seringa. Max franziu o cenho.

— O que pensa que vai fazer com isso? — Questinou em um tom quase duro. O doutor bufou enquanto retirava a tampa do objeto e dava leves batidas no plástico.

— Não é hora de bancar o macho alfa, Max. Isso daqui é uma espécie de adrenalina que usamos para reanimar algum paciente. Ela precisa de algo para acordar e tenho certeza que isso daqui será o suficiente. 

— Isso não vai machuca-la vai? — O doutor negou, enquanto se aproximava.

— Se eu fosse você não estaria tão preocupado com ela nesse momento, e sim com si próprio, já que daqui a alguns segundos irá segurar essa fera.

— Eu não estou preocupado comigo. — Garantiu. O doutor bufou.

— Pois deveria! Essa belezinha de olhos azuis irá acabar com você. — Colocando ambas das luvas em suas mãos o doutor voltou a pegar seringa em mãos. — Os seus irmãos foram muito eficazes em deixar uma caminhante para a nossa disposição, afinal, não estamos lidando com apenas um animal aqui e sim com dois. Aquiles não irá machucar a fêmea se há encontrar, mais tenho certeza que um de vocês irá sair ferido daquele quarto.  — Max rosnou só de pensar em Aquiles cobiçando o que já lhe pertencia. O doutor arqueou uma de suas sobrancelhas.

— Aquiete esse seu animal, Max. Não é hora de perder o controle, sua companheira precisa de você em sã consciência.

— Eu estou tentando. — Grunnhiu o pecador. Seus punhos estavam cerrados e seus ombros tensos. Max podia sentir o cheiro atraente vindo da sua companheira, aquilo estava o deixando louco por dentro. O seu animal gritava para tomar o que era dele, o que realmente lhe pertencia.

— Assim que eu injetar isso nela, ela irá acordar com um humor não muito bom. Então espero que você seja rápido e a leve para o cantinho do amor de vocês. — Ironizou o doutor.

Max estreitou os seus olhos.

— Não é horas para brincadeiras, doutor. — Censsurou o Pecador.

O doutor bufou.

— Você nunca tem senso de humor.

— Senso de humor nós temos, mais sabemos utilizar nas horas certas. — O doutor arqueou uma de suas sobrancelhas.

— Há é mesmo? — Perguntou em um tom sarcástico. Max deu de ombros. — Pelo menos na maior parte de tempo.

— Certo, vamos lá.  Não temos o dia inteiro e temo ouvir mais um grito dessa mulher e acabar estourando os meus tímpanos. Além do mais preciso tomar um banho, estou fedendo feito um gabar e ela está me causando anseias. — Torcendo o seu nariz o doutor se aproximou de Rebecca,  e puxou o seu braço com delicadeza.

Precionando a agulha em sua pele o líquido que antes estava na seringa, agora havia sido injetado em seu corpo. O doutor retirou a seringa rapidamente e antes que ele pudesse colocar o braço dela de volta na maca, olhos amarelos e totalmente selvagens surgiram em seu campo de visão. O doutor recuou tão rápido quanto conseguiu, lançando um olhar assustando em direção a Max, ele engoliu em seco.

— Tudo bem, isso foi rápido demais. Max segure a sua mulher, ela vai me morder. — Grunhiu o doutor, enquanto dava passos para trás cautelosos. Os dentes de Rebecca surgiram perigosamente, ela parecia uma espécie de bicho humano. Em sua garganta saia rosnados de um animal com espécies de leão, seus olhos eram ágeis e seu reflexo rápido. Durante segundos o seu corpo já estava sobre o chão, ela encarnava ambos dos homens perigosamente.

O doutor deu mais um passo para atrás, quando sons de tiros preencheram a casa mais uma vez. O doutor rapidamente olhou em direção ao andar de baixo, ele observava o detetive recuar em direção as escadas, enquanto descarregava sua arma em um suposto alvo. O doutor sacudiu a sua cabeça em negação.

— Isso não vai dar certo. Max, Aquiles esta se aproximando. Você precisa ser rápido, apanhe essa maldita leoa e a leve para um lugar seguro. — Os lábios de Max se tornaram um linha fina, enquanto ele tentava avaliar a situação em que ambos estavam. O seu corpo deu um passo a frente, enquanto Rebecca mostrava os seus dentes afiados perigosamente. Ela rosnava para ele feito uma cão, suas garras pareciam muito mais salientes de perto, Rebecca estava totolemente selvagem e indomável.

— Merda, isso vai doer. — Se aproximando mais um passo a frente. Max foi rápido quando apanhou Rebecca e a jogou sobre o seus ombros, um rosnando saiu do fundo da garganta da mulher fazendo o doutor recuar mais um passo dando total passagem a ambos. Max sentiu os dentes afiandos de Rebecca morder a sua carne o fazendo grunhir de dor. Ela arranhava a sua pele com as garras enquanto tentava desesperadamente fugir do seu agarro.

Os tiros não haviam cessado no andar de baixo, enquanto Max apressava o seu passo seguindo rumo ao corredor da casa. O sótão não era muito distante do quarto onde eles haviam ficado, e quando o seus olhos observaram a porta de metal a cima de sua cabeça não exitou em puxar as escadas de madeira.

— Rápido Max, ele está subindo. — Gritou o detetive. — Mais o que diabos vocês são?! — O detetive já terminava de subir as escadas, quando ele descartou mais uma de suas armas.

Em um movimento rápido, Max puxou a porta do sótão e jogou Rebecca junto ao seu corpo para dentro do pequeno quarto de metal. A porta se fechou e junto a ele o rosnado de Rebecca preencheu o ar. Max encarou o animal no corpo da sua mulher fixamente, mostrando os seus dentes pecadores, ele rosnou de volta.

— Agora somos só eu e você, meu amor.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora