Perdoem os erros.
(versão doutor Sampaio)
Horas antes.Tudo estava sob controle! Pelo menos era isso o que ele achava. A casa estava silenciosa, os irmãos dormiam, a pecadora estava presa junto ao seu companheiro e o doutor estava sentado sob a cadeira giratória observando tudo com atenção. Os olhos do doutor estavam vidrados sobre o painel de câmeras. A situação no momento estava estável, Aquiles agora dormia totalmente envolvido sob correntes e balas, Max e Rebecca estavam parcialmente bem e Gael estava prestes a subir. O homem de um porte não tão pequeno observava todo o lugar como um policial a procura de entorpecentes. O doutor se perguntava como um homem poderia se parecer tanto com os selvagens ali reunidos. A prepotência e arrogância parecia estar sobre a pele do homem, ele era um humano estranho.
O doutor se inclinou. O rapaz estava se aproximando da sua sala, provavelmente estaria ali com ele para lhe fazer companhia, o que realmente ele precisava a sua saúde mental estava cada vez mais desgastada. Passou muito tempo sozinho para saber o quanto era bom ter uma boa conversa às vezes.
O garoto se aproximou. Estava a um passo de abrir a porta, quando o doutor deslizou sua perna para o lado virando-a em direção a porta. Concertando os seus óculos em seu rosto, sua postura se tornou correta diante da cadeira. A porta se abriu e a primeira bota do homem se tornou visível, e logo em seguida o seu robusto corpo se ergueu.
O doutor o observou.
- Fez toda a varredura? - o detetive colocou uma das suas armas sobre a mesa do doutor. Sampaio o encarou com as sobrancelhas arqueadas. - Sem papo?
O detetive se jogou sobre o chão. Sentando-se ao lado da porta, o seu rosto caiu sobre as suas pernas como um garoto. O doutor o observou com cautela, havia algo muito errado.
- Sem papo então. - o doutor tornou a contornar a sua cadeira. Sua visão se focou em apenas um painel, Max e Rebecca não estavam em uma situação muito boa. A mulher estava incontrolável e apenas Max poderia acalmá-la aquilo era frustrante. - Como reagiu quando descobriu que era um monstro?
A pergunta o pegou de surpresa. O doutor tornou a virar a sua cadeira mais uma vez, mais como o esperado o detetive continuava na mesma posição. Quieto e pensativo. O doutor abriu a boca, mais nada saiu apenas ar. Aquela não era uma pergunta fácil a ser respondida, ninguém nunca antes o perguntou sobre o seu talento amaldiçoado, pelo menos não até aquele dia.
- Simplesmente não reagir. Eu sou um Xamã, nasce com isso. Achava que o meu talento era uma dádiva. - o doutor soltou um riso amargo. - até começar a usá-los.
O detetive ergueu a sua cabeça levemente. Seus olhos castanhos transbordava curiosidade, ele estava se interessando.
- O que você pode fazer? É um pecador? - o doutor riu. - Você é tão ingênuo garoto. Eu não sou um pecador, apenas um imortal. Alguns me chamam de vidente, outros pelo meu nome cultural Xamã, mas o nome que carrego e que todos me conhecem é anjo da morte. É isso o que eu sou, um miserável anjo da morte. Trago mortes por onde eu passo, por onde eu toco. - seus olhos se recaíram para suas mãos. - Sou um amaldiçoado.
E um terrível homem também. Pensou Sampaio ao trazer de volta em seus pensamentos, lembranças da qual ele só queria esquecer. Quantas pessoas haviam morrido por sua culpa? Cem? Duzentas? Mil? Sampaio não se recordava com clareza mais sabia que havia ceifado mais pessoas do que pudera contar.
- Não é apenas você que se sente assim. - o doutor tornou a observar o homem jogado sobre o chão. Aquela resposta o havia pegado de surpresa. - Como é?
O olhar penetrante do detetive nse ergueu, seus olhos brilhavam feito brasas eles pareciam tão familiares. Eram quentes, penetrantes e rígidos.
- Sou um mestiço. - o doutor riu. - Não existe mestiços detetive ou você é ou não é! Isso não passa de lendas e histórias criadas pelos antigos, a fim de controlar o seu povo. - O detetive o lançou um riso amargo, sua expressão era sombria e desagradável. - Carrego no meu sangue o DNA de um pecador. Minha mãe é uma vadia humana, como isso pode acontecer? Eu achava que pecadores só podiam se vincular com suas companheiras.
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CORROMPIDO
FantasyO Pecado sempre esteve sob a terra desdo início do mundo, mais o que a raça humana não sabia era que os Sete Pecados Capitais habitavam no mesmo espaço que eles. Na Terra! Luxúria, Avareza, Fome, Irá, Preguiça, Orgulho e Inveja. Sete homens, Sete ir...