Capítulo 14

2.5K 295 5
                                    

Perdoem os erros.

— O que diabos fez com ela? — Os olhos de Red faiscaram pura irá. Max o encarava com convicção, cruzando os braços a cima do seu peitoral, Max lhe lançava um olha não é da sua conta bastardo.

— Não fiz nada. Ligue para os nossos irmãos e os informe que quero todos aqui em menos de meia hora. — Ordenou Max. Enquanto caminhava em direção a saída da cozinha.

— Não vai fugir desse maldito assunto. Porquê a Delegada me encarou como se nunca estivesse me visto? Porquê ela está tão diferente? — Questionou Red.

Max suspirou drasticamente enquanto virava-se em direção a Red novamente.

— Eu já disse eu não sei. Talvez seja  porquê ela dormiu tempo de mais ou...

— Ou talvez porquê ela tenha dormido tempo suficiente sobre os meus encantados. Ela estava enfeitiçada pelo o sono da preguiça e isso é uma droga. Nenhum ser humano pode ficar muito tempo dormindo do outro lado, isso a destrói de dentro para fora. Como eu sempre havia lhe dito ela nunca será como uma de nós. Com certeza o feitiço também atingiu o seu cérebro fazendo com que ela tenha uma profunda amnésia. E isso sim é um tremendo problema.

— Então talvez não tenha jeito?

—Provavelmente não. — Max gemeu automaticamente.

— Que inferno. — Grunhiu Max asperamente. Max virou-se novamente e se sentou em frente ao seu irmão com o semblante cansado.

— Precisa se alimentar. — Sugeriu Red. Ele sabia que Max odiava ordens, mais aquilo era necessário para a sua própria sobrevivência. Ele estava magro, pálido e fraco.

— Eu aguento. Não se preocupe comigo, agora precisamos resolver outras questões mais importantes quanto a minha alimentação.

Red revirou os olhos.

— Você quer mesmo se matar não é seu imbecil? Como acha que vai cuidar dela se está caindo aos pedaços? Pare de bancar o Criador e vá vestir uma maldita roupa. — Max encarou o seu irmão com o semblante indecifrável.

— Não irei a lugar nenhum. Não irei deixa-la sozinha, não quando meus irmãos estão com os nervoso a flor da pele.

Red bufou com sarcasmo.

— Todos nós estamos sempre a flor da pele Max. E não vai ser uma humana que irá acabar com o resto de sanidade que temos. — Os olhos de Max passearam sobre o rosto do seu irmão. Sua aparência era juvenil e calma, seus movimentos também eram lentos e argilosos. Assim como o pecado que ele carregava, a preguiça era caótica e ter essa responsabilidade sobre os seus ombros era desastrosa. Ninguém queria esse pecado, ninguém nunca desejou ser o homem da lentidão, ninguém nunca desejou ser o homem imprestável da família.

— Certo, Eu irei mais você fica! — Red estreitou os seus prateados olhos em sua direção.

— Uma ova que eu fico você está fraco. E se um vampiro aparecer no meio da noite? Como irá se proteger? Você mau se aguenta em pé Max. Não seja suicida. — Repreendeu Red.

Max bufou.

— Ela é a minha mulher.

— E voce é o meu maldito líder. Não irei colocar na balança a sua vida quanto a da humana. Se for para escolher a vida dela perante a sua, você sabe que sempre escolherei a sua. — A cozinha estava entrando em um clima tenso novamente. Os olhos quentes de Max estreitavam-se cada vez mais. Red sabia que o seu líder estava odiado ser contrariado.

— Pare de banca a mulherzinha preocupada Red, eu estarei bem. Estou te pedindo um favor de irmão, quero que cuide dela enquanto estou fora me alimentando. Não irei suportar deixa-la aqui sozinha enquanto estou na farra, se algo acontever com ela eu... — Inferno! Chantagem psicológica nunca foi o forte de Red. Ele sabia que estava se redendo ao seu chefe, ele não tinha outra opção. Estava em sua natureza obedecer.

— Irei cuidar dela não se preocupe.

Os esverdeados olhos de Max lançaram sobre os do seu irmão. Ele sabia que poderia confiar nele, assim como confiava em Álvaro. Ele era um irmão sábio e esperto. Max sabia que ele daria a sua vida se fosse possível para salvar a vida da sua Companion.

Obrigado meu irmão. Você não sabe o quanto está me ajudando, sozinho e com a mente despreocupada irei me sentir melhor enquanto me alimento. — Red acenou profundamente, enquanto se levantava da sua cadeira com o prato em mãos.

— Mais só para deixar claro. Não irei ser babá de ninguém, se ela quiser sair e encher a cara assim farei.  — Max lhe lançou um olhar sarcástico.

— Sei que não fará isso. — Garantiu Max. Red virou-se em direção ao seu irmão novamente.

— É mesmo? Quer pagar para ver irmãozinho? — Perguntou com sarcasmo.

Max levantou-se da sua cadeira, e se juntou ao lado de Red. Suas mãos pousaram sobre o balcão, assim como ele havia feito a minutos atrás. Seus ombros estreitavam-se enquanto ele colocava todo o seu peso sobre a palma de suas mãos. Seus olhos miraram sobre o seu irmão, lhe lançando um olhar intimidador.

— Embriague minha mulher e logo  saberá o que é desejar morrer antes de cair em minhas mãos. — Red soltou uma breve gargalhada. Ainda de costa debruçado sobre o lixo, Red sabia que o seu irmão estava falando muito sério. Mais Red era burro demais para acreditar nas palavras do seu irmão.

— Suas ameaças me excitam sabia? — Murmurou Red com sarcasmo, enquanto se direcionada a pia. Max travou sua mandíbula fortemente.

— Não estou brincando Red. — Rangeu Max.

— Não se preocupe Max. Ela estará a salvo comigo agora com você nem tanto. — Max arqueou uma das suas pesadas sobrancelhas.

— Como assim nem tanto? — Questionou.

Red deu de ombros. Enquanto se empenhava em lavar a louça que estava em sua frente.

— Você parece um cão enjaulado quando o assunto se diz ela. Você não sente medo de você mesmo? Quero dizer talvez você esteja sendo protetor de mais em ralação a ela. Tenho certeza que ela não foi feita de porcelana meu irmão, aquela mulher é durona e você sabe disso. Não é porquê ela perdeu a sua memória que signifique que ela seja tão frágil quanto você pensa que é! Querendo  você ou não aquela Delegada fria e astuta mora dentro dela. E isso nem mesmo você pode retirar.

Red estava focado demais em sua louça para prestar atenção na reação do seu irmão. Suas mãos trabalhavam com a bucha e os talheres com atenção. Tudo para Red tinha que sair perfeito. Talvez seja por isso ele esteja se preocupado demais em relação a Rebecca e Max. Ele sabia que o seu irmão estava em uma tremenda enrascada e que possivelmente aquela farsa que ele havia criado sobre o seu mais novo relacionamento iria desmoronar como em um jogo de cartas.

— Eu sei, Mais eu só achei que...

— Não diga mais nada meu irmão. Sei que estou sendo inconvinente em relação a vocês dois, afinal nada disso é da minha conta. Nunca tive um cálice antes, não tenho direito de opinar em nada. — Enquanto dizia suas palavras de quase consolo, Red desviou o seu olhar da louça e encarou o seu irmão novamente.

— Agora vá. Ela estará segura aqui dentro junto a mim. — Garantiu Red novamente.

— Obrigado meu irmão. Eu só...

— Apenas vá Max. Ligarei para nossos irmãos e direi que você convocou uma reunião com todos nós ainda nesta noite. — Seus preciosos olhos voltaram para a sua louça novamente.  Trabalhando mais uma vez com lentidão e suavidade. Red odiava o pecado que carregava. Ser lento e desleixado era irritante. Mais nada ele podia fazer, aquilo fazia da sua inútil natureza.

Max lançou um último olhar para o seu irmão virou-se e seguiu pelo o seu extenso corredor em passos rápidos e sensuais.

Ele precisava se alimentar, estava sedento de poder. Precisava liberar toda aquela intensidade que carregava sobre os seus ombros, precisava livrar-se daquela tormenta que carregava antes que algo mais acontecesse naquela casa. Algo muito quente e erótico.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora