Capítulo 32

1.8K 237 3
                                        

Perdoem os erros.

Era quase meia noite quando Rebecca finalmente conseguiu entrar em sua delegacia. Ela estava cansada, estava suja e faminta. A sua fome chegava a doer o seu estômago, ela só queria ir para casa e comer o bastante para não se levantar por horas, mais infelizmente aquilo não poderia acontecer. Ela estava em perigo, ela havia sido sequestrada e aquilo não era um assunto para se ignorado tão facilmente.

Rebecca se rastejou até o seu escritório, e não se surpreendeu ao notar que o seu melhor amigo estava sentado sobre a sua poltrona com variados papeis espalhados em sua mesa. Os olhos do detetive passearam sobre a assombração que estava em sua frente, lá estava ela... Sua melhor amiga, sua parceira de trabalho Rebecca..

Gael se levantou da sua cadeira em um sobressalto. Ele correu em direção a Rebecca com o semblante preocupado, suas fortes e ágeis mãos seguraram Rebecca com firmeza, ele a sustentou em seus braços e logo em seguida a colocou sobre o sofá borrachudo. Por Deus! Como ela havia sentido falta daquele sofá.

— Rebecca o que diabos fizeram com você? — murmurou o detetive enquanto colocava ambas das pernas da delegada sobre o sofá.

Rebecca suspirou pesadamente.

— Eu estou bem tá legal? Não precisa surta foi só um sequestro. — Garantiu a delegada no intuito de acalmar-lo. O detetive lhe lançou um olhar perplexo.

— Apenas um sequestro? Você achar isso pouco? Você sabe o quanto ficamos preocupados com você? — Rebecca franziu o cenho.

— Ficamos? O que você quer dizer com ficamos? — Questionou a delegada. O detetive que antes estava com as feições preocupadas, agora não passava de um misto de medo e precação.

— O quê diabos você fez Gael? — Perguntou Rebecca com as feições irritadas. Gael não conseguia forma uma palavra se quer, ele só conseguia  encarar aquele oceano azul repleto de tempestades.

— Eh.... Que você sabe... — suas mãos voaram para os seus castanhos cabelos no intuito de acalmar o seu nervosismo. Rebecca arqueiou uma das suas sobrancelhas.

— Estou esperando Gael. — O detetive lhe lançou um olhar envergonhado.

— Eu liguei para a sua mãe. — Murmurou. Os olhos de Rebecca fulminaram em direção ao detetive.

— Você fez o que seu idiota? — Rebecca estava eufórica. Suas mãos agarram uma almofada que estava pocisicionadas em suas costas e arremessou em direção ao seu amigo.

Gael desviou do golpe com facilidade mais não o sufiente para ser agarrado pela sua camisa.

— Rebecca solte-me você está fora de sí — Rebecca o arranhou o sufiente para que ele ficasse marcado durante semanas. — Você ainda não me viu completamente fora de mim. Seu cretino, desgraçado... Tem noção do que você fez? — Grunhiu Rebecca em um tom ríspido.

O detetive desviou das garras de Rebecca em um solavanco. Levantando-se e mantendo uma distancia segura da sua melhor amiga, Gael lhe lançou um olhar seguro.

— Você sabe as normas Rebecca. Elas se aplica a todos, não podemos subornar a lei. Era a minha obrigação fazer um boletim de ocorrência pelo o seu desaparecimento. Eu não podia simplesmente ignorar as normas e viver como se você estivesse bem em algum lugar tirando férias. — Rebecca estreitou os seus angélicas olhos.

— Mais eu estou bem! Como você pode ver. —Gael bufou. — Você está tudo Rebecca menos bem, veja essas suas vestes e olha como está pálida. Parece não ter comido a dias.

Rebecca revirou os olhos.

— Fala sério Gael... Drama não é o seu forte, você sabe que eu não sou uma mulher de porcelana, sou forte o suficiente para cuidar de mim mesma. — Agora foi a vez de Gael revirar os olhos.

— Você sempre estará bem para as pessoas Rebecca. Você nunca irá deixar alguém cuidar de você como merece. — Rebecca lhe lançou um olhar sarcástico.

— Falando desse jeito até parece um homem apaixonado.

— Talvez eu seja... — Rebecca lhe lançou um olhar interrogativo.

— E quem seria? Alguém da guarnição? Uma policial sexy e...

— Não é nada disso Rebecca. Não crie fantasias onde não pode existir, você sabe que eu não me relaciono com pessoas do meu trabalho. — Rebecca suspirou drasticamente.

— Tem razão! Havia me esquecido desse pequeno detalhe. Mais um dia você irá me contar de quem se trata certo? Quero dizer preciso avaliar se ela realmente te merece. — Gael soltou uma gargalhada espontânea.

— Pra quem estava preste a mim matar segundos atrás, estou em vantagem com essa conversa. — Rebecca estreitou os seus olhos.

— Eu ainda não me esqueci do que você fez seu canalha. Mais o fato é que eu te amo demais para ficar com raiva de você, afinal você já está com arranhões o suficiente para que eu te perdoe. — Gael fez uma breve varredura em si mesmo e logo depois gemeu em um rosnado.

— Diabos Rebecca! Como irei explicar isso amanhã? — Rebecca lhe lançou um olhar sarcástico. — Sei lá da seu jeito bonitão.

Levantado-se do seu acento Rebecca caminhou até a sua poltrona com dificuldade. Ela não havia notado o quão fraca estava antes de partir daquela casa.

— Onde pensa que vai? — Questionou o detetive enquanto agarrava Rebecca entre seus braços.

Rebecca fez uma breve careta.

— Onde mais eu iria? Para a minha casa. Preciso de um banho e quem sabe de uma boa comida mexicana. — Gael arqueiou uma das suas sobrancelhas.

— Você acha mesmo que eu deixaria você sozinha depois de ser sequestrada? Provavelmente o cativeiro que você fugiu deve estar virado de ponta a cabeça atrás de você.

— Mais eu quero ir pra casa! — Choramingou ela.

Gael suspirou pesadamente enquanto colocava Rebecca de novo em seu sofá.

— Você irá! Mais só quando fizermos uma varredura e colocarmos escolta em sua porta. — Rebecca fez uma breve careta.

— Eu odeio escolta! — Grunhiu Rebecca com desanimo.

— Eu sei querida mais deverá se acostumar pelo menos até que esses sequestradores sejam presos. E então? ainda está dentro sobre a comida mexicana? Soube que abriu um restaurante novo e você sabe... Somos policias sempre irão abrir uma exceção para nós. — Rebecca arqueiou uma das suas sobrancelhas.

— Mesmo sendo meia noite e meia?

— Sim! Mesmo sendo meia noite. — Rebecca lhe lançou um sorriso arrebatador.

— E o que estamos fazendo aqui! Vamos logo! — Rebecca levantou-se do assento novamente, mais dessa vez foi impedida até mesmo de se mover já que os braços de Gael percorreram em direção as suas pernas a sustentando novamente sobre os seus braços.

— Você está me mimando! — Gael lhe lançou um sorriso suave. — Você merece ser mimada.

Rebecca lhe lançou um olhar grato. Ela sabia que o seu amigo estava sendo hospitaleiro e atencioso. E ela estava agradençendo aos céus por isso, ela queria se sentir amada e aquele amor que Gael estava demonstrando a ela, era mais que suficiente para que Rebecca se sentisse viva novamente. Pelo menos por enquanto!


CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora