Capítulo 66

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Perdoem os erros.

Rebecca já havia abastecido o seu armário quando finalmete Gael desceu as escadas. Ela estava preocupada com o seu amigo. Gael estava se metendo em um assunto que não tinha conhecimento, o local em que ele estava querendo pisar era perigoso e sádico. Algo que com certeza Rebecca não queria estar por perto para ver.

— Devo dizer que não sou o único com a aparência péssima por aqui? — Perguntou ele em um tom bem humorado.

Rebecca revirou os seus olhos. Ela sabia que a sua aparência não era uma das melhores. Com a falta de sangue em seu corpo, e sem uma fonte segura para se alimetar, Rebecca estava se sentindo cada dia mais fraca o que não era bom sinal já que ela teria que alimentar Max todas as noites.

— Não, você não deve. — Rebecca colocou dois pacotes de lasanha pronta sobre o balcão. O detetive arqueou uma de suas sombrancelhas ao observar a sua mão ferida. 

— O que houve com a sua mão? — Rebecca lançou um olhar para o seu curativo. O doutor Samapio realmente fez um ótimo trabalho quanto ao curativo.

— Me cortei! — Disse ela dando de ombros. O detetive lhe lançou um olhar desconfiado.

— Você se cortou? — Perguntou com deboche. — Conta outra Rebecca, você nunca se corta tão grave assim. Você é a mulher mais cuidadosa que eu conheço.

— Acontece que dessa vez eu fui descuidada, o que isso tem demais? Foi apenas um corte superficial, não é como se eu tivesse levado um tiro.

O detetive lhe lançou um olhar fixo. Ele estava desconfiado e Rebecca sabia disso, ela precisava disfarçar mais se quissese esconder o seu segredo do seu melhor amigo.

— Porquê tenho a leve impressão de que está mentindo?

— Porquê você está paranoico vendo coisas onde não tem? —  Rebateu ela em um tom bem humorado. O detetive apertou os seus olhos.

—  Espertinha!

Rebecca colocou ambas das lasanhas sobre o forno. Caminhando em direção a sua pequena adega ela retirou um dos seus melhores vinhos. Pelo menos o seu estoque ainda estava intacto.

— Estamos comemorando algo? — Perguntou ele, assim que seus olhos pousaram sobre a sua mão. Rebecca deu de ombros. — Só estou afim de encher a cara.

— Termino de relacionamento?

— Na verdade falta dele! — O detetive lhe lançou um sorriso sarcástico.

— Estou chocado! O que houve? Você deu um pé na bunda dele antes que acabasse se apegando? —  Rebecca fez uma breve careta.

— Eu não faço isso!

— Você faz sim. Você sempre teve medo de relacionamentos. Lembrar do Gustavo? — Perguntou ele, enquanto sentava-se sobre a baquenta.

Rebecca bufou.

— Ele era um babaca! —  O detetive arqueou uma das suas sombrancelhas.

— E do Elias?

— Ele era um troglodita!

— E do Rafael?

— Ele era um criminoso. — O detetive fez uma breve careta. — Tudo bem, o Rafael descarta porquê realmente ele era um péssimo partido. Afinal, o que diabos você viu nele?

Rebecca deu de ombros, enquanto pegava o seu abridor de vinhos sobre o balcão.

— Ele tinha tatuagens, e parecia perigoso... Gosto de homens assim, fortões e com toda aquela marra de bad boy fora da lei.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora