Capítulo 33

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Perdoem os erros.

Você será suficiente um dia? Se perguntou Rebeca pela milésima vez. O sono havia lhe abandonado o que surpreendeu Rebecca já que Gael havia gastado o restante da suas energias o suficiente lhe atualizando sobre o que havia ocorrido enquanto ela estava fora.

Óbvio que o detetive não havia deixado para trás o assunto sobre o sequestro. Mais de algum modo Rebecca não se sentia confortável ou até mesmo disposta a contar o que realmente aconteceu. Ela estava intrigada, estava preocupada com o caso da boate nada para ela fazia mais nenhum sentindo.

Os homens que havia lhe sequestrado estava na boate junto a ela naquela noite. Mais os homens que Gael havia lhe apresentado eram totalmente diferentes. Rebecca sabia que eles não eram os suspeitos, eles não eram os verdadeiros assassinos. Saber que sete homens inocentes estavam sendo julgados sem fazer nada,estava matando Rebecca. A lei era aplicada para os fora da lei, os assassinos, os corruptos não aos inocentes.

Rebecca suspirou pesadamente enquanto se dirigia até a sua cozinha. Ela havia agradecido aos céus por sua mãe ter se hospedado em um hotel, não que ela não amasse a sua mãe pelo o contrário ela a amava incondicionalmente mais do seu jeito. Rebecca simplesmente não conseguia suportar todo o amor e afeto exagerado de sua mãe, só de pensar nos beijos e abraços exagerados lhe causava náuseas.

Ao pisar em sua cozinha completamente arrumada, Rebecca se pegou pesando nos sete homens bagunceiros que ela havia morado. Em pensar que a poucas horas ela havia atirando no homem que havia lhe ajudado tanto, o fato era que Rebecca se sentia triste e infeliz por ter feito aquilo, mais o seu inconsciente lhe dizia que aquilo foi realmente necessário. O que restava para Rebecca era apenas rezar para que o homem houvesse sido socorrido a tempo de estacar o sangue. Só em pensar no olhar angustiado que o seu amigo havia lhe dado antes dela partir chegava a doer em seu peito.

Rebecca saiu dos seus próprios pensamentos quando ouviu pesadas bostas ecoarem no andar de cima. Em modo instintivo Rebecca correu em direção ao seu balcão e apanhou uma arma que estava escondida embaixo de uma prateleira. Se movendo em passos pequenos e suaves Rebecca deslizou pelo chão de mármore como uma verdadeira serpente. O som de botas havia cessado assim que Rebecca pisou nas escadas, engolindo a seco e com o coração batendo fortemente Rebecca decidiu seguir com a sua varredura, precisava checar todo o espaço e não seria o seu medo que iria impedi-la.

Subindo as escadas com a arma em punho Rebecca chegou ao seu quarto em menos de segundos. Os seus revoltos cabelos negros estavam atrapalhando a sua vista, e em um intuito de observar melhor Rebecca abaixou a guarda e jogou os seus compridos cabelos para trás, e foi nesse momento que ela percebeu que foi a pior escolha a ser feita.

Lá estava ele.. Encostado sobre o batente da sua janela, lançando um olhar sombrio para algo que estava do lado de fora. Rebecca estava estática, seu corpo congelou completamente ao ver uma massa de cabelos castanhos escorado em uma parte escura do seu quarto.

— Você deveria ser mais cuidadosa com a sua segurança querida! — Quando os gélidos olhos de Max desviaram-se da janela e moraram sobre os de Rebecca. Ela sabia que estava terrivelmente ferrada.

— O que você está fazendo aqui? —  Rebecca segurou a sua arma tão fortemente que até os calos do seu dedo estavam brancos feito papel.

Ao observar a cena Max arqueiou uma das suas sombracelhas.

— Primeiro devo confessar que você está muito sexy com essa camisola baby, segundo acho melhor você soltar essa arma ou irá perder os dedos de tanto aperta-los e terceiro estou aqui por que é o meu dever protege-la. — Rebecca bufou com sarcasmo.

— Me proteger? Você me sequestrou seu maníaco. Eu deveria ser protegida de você e não o contrário.

— Acredite sou o melhor para essa função. — Garantiu o homem enquanto se aproximava e sentava-se em sua cama agora dessarumada pela insónia.

— Eu não preciso da sua proteção! Tenho quem me proteja e sou forte o suficiente para me proteger sozinha. — Max bufou.

— Besteira! Você é a uma mulher não treinada, nunca saberia se proteger sozinha nem se quisesse. E caso você se refira ao homem que esta dormindo feito pedra dentro daquele caro como a sua proteção devo dizer que você não irá durar muito.

Rebecca revirou os olhos.

— Eu não preciso de você — Grunhiu ela. — Você deveria estar atrás das grades e não em minha cama tentando me passar ordens.

Max lhe lançou um olhar sarcástico enquanto retirava as suas pesadas botas.

— Eu não sou um criminoso e caso você tente me prender agora mesmo dizendo a todos que eu sou um assassino cruel, devo lhe dizer que deverá achar provas o suficiente para se quer me arrastar para um depoimento. — Rebecca rosnou.

— Eu não sou idiota! Sei que você apagou as gravações e que sumiu daquele maldita boate feito fumaça. Mais acredite nada é perfeito e pode ter certeza que eu irei encontrar essa maldita falha e quando isso acontecer...— Rebecca se aproximou da cama em passos firmes. E quando o seu rosto se aproximou o suficiente do dele Rebecca lhe lançou um olhar sombrio. —  Bom... Eu serei a primeira há jogar em sua cara que ninguém nunca irá se safar da lei tão facilmente.

Max gargalhou ferozmente enquanto Rebecca franzia o cenho.

— Qual é a graça seu idiota?

— Graça alguma querida. — murmurou.

Rebecca lhe lançou um olhar fulminante.

— Afinal o que veio fazer aqui? Me dizer que não sou o suficiente para fazer o meu trabalho ou...

— Não é nada disso Rebecca você entendeu tudo errado.  — Rebecca lhe lançou um olhar sarcástico enquanto cruzava os braços a cima dos seios.

— Oh! Não me diga... Acha que estou obtendo demência? Ou pior alucinações? Eu ouvir muito bem quando você pronunciou você não é suficiente Rebecca. — Rebecca tentou imitar a sua voz, mais o que saiu foi apenas um chiado masculino.

Max fez uma breve carreta.

— Primeiro eu não falo desta forma. E segundo... Não leve a sério as coisas que eu digo. Você é sensacional, para mim não há mulher mais perfeita do que você meu amor. — O coração de Rebecca chegou a saltar ao ouvir palavras tão doces. Mais como tudo na vida não são flores, o amor arrebatador que surgiu no peito de Rebecca logo foi substituído por ódio e rancor.

— Não pense que irá me comprar com essas palavras de meia tigela. Você não passa de um psicopata que invade casas e mata pessoas por pura diversão. — Max bufou.

— Você acha mesmo que pular janelas e matar pessoas é uma diversão? Você observou bem o tamanho desta janela? Isso não é agradável de se passar e acredite não irei querer entrar por ela novamente. — Rebecca destravou a sua arma com rapidez e habilidade enquanto mirava a sua arma em direção a Max.

Max levantou ambas das mãos em um modo defensivo.

— Calma ai gatinha você não irá querer fazer isso. — Garantiu Max enquanto se levantava da sua cama com os braços ainda erguidos.

Rebecca arqueiou uma das suas sombracelhas.

— E por que não? — Questionou a delegada.

— Simples! — Max lhe lançou um olhar sombrio enquanto se aproximava cada vez mais da delegada. — Porquê eu irei lhe contar toda a verdade! O que eu sou... O que você é! E o que nós podemos ser no futuro. Seja bem vinda ao nosso novo mundo gatinha!

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora