Capítulo 70 (01/03)

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Perdoem os erros.

Rebecca já se rastejava contra o chão duro e frio, quando finalmente conseguiu recuperar a sua total consciência. Ela se sentia péssima, todo o seu corpo doia inclusive a sua barriga agora cheia de hematomas devido aos chutes que receberá.

Rebecca tentava se recordar de quantos chutes havia recebido enquanto estava consciente, o fato era que Alecc não havia sido gentil, pelo contrário, ele havia sido cruel e perverso.

Rebecca soltou um leve gemido de frustração, ela já havia acionado o seu bip de segurança, com certeza não demoraria muito para Gael percebe o seu pedido de socorro. Eles nunca deixavam de levar o seu bip de segurança, sempre os mantinha junto consigo como um amuleto.

Pela primeira vez em sua vida Rebecca não teve outra escolha a não ser rezar, ela estava desesperada precisava saber como estava o seu filho... se é que ela tinha um filho ainda em seu ventre.

Uma lágrima solitária desceu sobre o seu rosto, Rebecca não tinha forças nem se quer para ampara-las, seus braços pareciam soltar uma tonelada, ela estava frágil e sozinha.

A solidão que um dia Rebecca sentia em seu peito, agora não passava de uma terrível dor da perda. Ela sentia o luto invadir o seu coração solitário, feito uma lâmina invadindo o seu peito, pela primeira vez em sua vida Rebecca estava quebrada.

A onda de sentimentos que invadiram o seu peito eram catastróficos, Rebecca se sentia péssima por ter desprezado Max por tanto tempo, se sentia péssima por ter se tornado uma pessoa tão fria com a sua família, ela se sentia péssima por nem se quer ter tido forças para salvar a vida do seu filho. Rebecca se sentia um lixo!

Botas pesadas soaram sobre o chão empoeirado do teatro agora completamente destruído. Rebecca não precisava gritar para saber que eles viriam ao seu socorro o mais depressa possível.

— Você acha mesmo que ela está aqui? Esse lugar está mais destruído do que uma casa abandonada.

— E você acha que esse lugar é o que seu idiota?! — Rebecca reprimiu os lábios, a dor que sentia era tão grande que nem se quer tinha forças para abrir o seus olhos.

— O bip dizia antigo teatro, esse é o único que conheço que ela viria quando estar chateada.

Max franziu os lábios ao notar que o detetive sabia de muito mais coisas sobre a sua companheira do que ele mesmo. Ele se sentia louco e enciumado por parecer tão inútil quanto a procurar da sua companheira.

— Vamos nós separar! Quanto mais rápido acharmos ela melhor será. — Ambos dos irmãos concordaram com o detetive.

— Sim, você tem razão Gael precisamos nós separar. Eu irei para a parte dos fundos, Abraham, Aquiles e Halel venham comigo. — Murmurou Álvaro ao mirar sua arma em direção ao ponto escuro dos fundos.

Max lançou um olhar frio em direção a Gael.

— Infelizmente você sobrou, terá que vim comigo para a parte de cima. — Gael bufou.

— Como se você fosse um amor de companhia. — Ironizou ele.

O doutor Sampaio mirou a sua lanterna em direção a um ponto empoeirado, enquanto tentava em forma silenciosa procurar algo que o seu olfato estava lhe chamando atenção.

— Ela não está longe! Sinto cheiro de podre do seu momento fértil. — Max fez uma breve careta.

— Rebecca está fértil? — Red bufou.

— Está aí mais uma coisa que você não sabe sobre a sua mulher. — Disse em um tom bem humorado. Max soltou um rosnado.

Gael franziu o cenho.

— Do que diabos vocês estão falando? — Questionou o detetive. Seb colocou uma de suas mãos sobre o ombro do detetive lhe oferecendo um leve aperto.

— Acredite, você não irá querer saber.
— Assegurou ele. — Agora vamos para o lado Oeste, tenho certeza que Max e Red podem se virar sem a nossa companhia. Quanto ao doutor ele parece estar ocupado demais com a suas próprias investigações. — Disse ele em um tom bem humorado, enquanto observava o doutor cheirar as madeiras empoeiradas com atenção.

O detetive assentiu em silêncio, ele caminhou em direção a partw mais escura do teatro deixando para trás Max junto a sua dupla.

— Você não deve me julgar por não saber da fertilidade de Rebecca, eu havia sido sequestrado e por culpa dela, eu estava enfurecido, estava...

— Com medo de ser machucado novamente? As vezes penso que você é a mulher na jogada. Eu sei que a nossa Rebecca as vezes é um poço de ignorância, mais ela mudou. Não é mais tão fria quanto parece, inclusive ela foi atrás de você quando estava desaparecido, ela lutou com todas as suas forças para traze-lo pra casa e foi isso que ela fez. Te trouxe pra casa em seguraça.  — As feições de Max eram de pura vergonha, pela primeira vez ele se sentia tímido na frente do seu irmão.

Ele agora se sentia péssimo, havia desprezado alguém que tanto ama por puro orgulho, e pela primeira vez amaldiçoou possuir o dom do seu irmão gémeo.

— Eu a magoei. — Sussurrou ele em um tom baixo.

— E como... mais não se preocupe quanto a isso, não há nada que não possa ser perdoado não é mesmo?!  — Assegurou o seu irmão, enquanto procurava algo em baixo de algumas madeiras.

— Deus te ouça meu irmão. Eu não me perdoeria se algo...

— Achei alguma coisa... Eu acho que  achei ela. — Gritou o doutor Sampaio do fundo do palco, sua voz era de um tom preocupado, ele parecia estar em um lugar distante pois sua voz fazia ul eco extrovessedor.  Rapidamente ambos dos homens correram em direção a voz do doutor, inclusive o próprio Max.

E quando o seus olhos pousaram sobre uma figurava feminina jogada sobre o chão, Max se sentiu um homem vazio. O doutor Sampaio segurava o sei corpo agora falecido com cautela, ele parecia avalia-la com toda a sua atenção.

— Ela morreu? — Questinou um pecador. Max sentia a bile da sua garganta se fechar, ele sabia o que viria se ele permitisse que ela saísse e com certeza ele não queria ter plateia quando isso ocorresse.

— Não seja tolo, óbvio que ela ainda vive olhem só, ela ainda estar respirando.

— Calem a boca todos vocês, preciso de silêncio para avaliar o quão terrível foi a suas contusões. — Repreendeu o médico. O doutor passou um dos seus braços sobre o abdômen com cautela, os hematomas denunciavam que a parte principal do seu espancamento forá a sua barriga.

Suas mãos suspenderam a sua camiseta e ao encarar a sua tatuagem agora completamente colorida, o doutor chegou a arfar.

— Temos um grande problema aqui. — Murmurou ele.

— Problema maior do que minha companheira quase morta? — Rosnou Max.

O doutor acenou em silêncio.

— Se ela despertar antes de estarmos em uma base segurar, estaremos todos mortos... — Suspendendo a camiseta de Rebecca totalmente, ele deixou exposto para que todos observassem a dourada e brilhante tatuagem sobre as costas de Rebecca. O leão que antes parecia tão fascinante e comum, agora parecia intimidador e selvagem. O animal parecia se mover em uma versão 3D sobre as costas de Rebecca propocionando não só pavor para quem a observasse como também fascinação para quem a encarasse de perto. — Ou melhor dizendo apenas eu e o detetive.

CORROMPIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora