São 3:00hs da manhã, a festa ainda não acabou, mas nós já estamos indo embora.
Estamos fora da House hits, Ana está encostada em um automóvel, beijando o Beto.
Eduardo está ao meu lado, me encarando.—Por que vocês já estão indo?_Eduardo pergunta.
—Só viemos por causa do Munhoz & Mariano. Como eles já cantaram, já estamos satisfeitas._respondo.
—Sua amiga se deu muito bem, com o Beto._ele observa.
—É... Estou vendo._eles continuam aos beijos.
—Você não quer, fazer o mesmo? Já te mostrei que beijo bem._fala,sorrindo.
—Você é muito convencido!_falo, me aproximando.
—Você me provoca, depois não aguenta. Vem aqui!_ele me puxa para mais perto ainda.
Eduardo me pega pela cintura.
—Não faz isso!_peço.
—Não resisto._ele me beija.
Ele aperta minha cintura com uma mão, com a outra, me pega pela nuca e me beija com muito desejo.
Quando ele vai descendo a mão pela minha perna, eu o empurro dando fim ao nosso caloroso beijo.—Por que você fez isso? Não basta ter me beijado lá dentro?_passo a mão na boca,demonstrando arrependimento.
—Já te falei, porque não consegui resistir._ele responde,aborrecido.
Vejo Ana se aproximando de nós.
—Vocês brigam muito. Quando vão parar com isso?_ela fala.
—Quando ele deixar de ser metido._respondo,irritada.
—Bem que você gostou,dos beijos do metido._sorri,para me irritar ainda mais.
—Vocês tem como voltar para casa?_Beto pergunta,colocando um fim,na nossa briga.
—Sim. Viemos no carro do meu pai. Só preciso encontrar meu irmão.
—Não precisa mais! Estou aqui._Felipe aparece.
—Muito bonito... Você sumiu,e nem avisou nada._Ana reclama.
—Eu saí por aí. Precisava conhecer a mulherada,e se eu ficasse ao lado de vocês duas,não pegaria ninguém._ele se defende.
Ana se despede do Beto com um beijo e um abraço. Felipe observa, na maior curiosidade.
Eduardo fica me olhando, mas não diz mais nada.Estamos indo para o local onde Felipe estacionou o carro. Ele entra e senta na vaga do motorista, eu e Ana sentamos no banco de trás.
—Quem são aqueles caras?_ele pergunta,sem desviar a atenção da direção.
—São amigos da faculdade._Ana diz,me olhando torto.
—No seu caso Ana, um deles, é bem mais que amigo._ele viu a irmã beijando o Beto.
—Não é da sua conta. Já sou bem grandinha._ela conclui.
—Tem razão._Felipe concorda.
Como eu havia dito para minha mãe, vou dormir na casa da Ana.
Acabamos de chegar, saímos do carro_e Felipe vai colocá-lo na garagem_Ana tem a chave e abre a porta.
Entramos sem fazer barulho, os pais dela estão dormindo,e não queremos acordá-los.O quarto de Ana tem duas camas de solteiro, ela tira um cobertor do armário,e diz que posso deitar na cama ao lado.
Tiro a sandália, deito na cama, pego o cobertor e me cubro dos pés à cabeça.
—Jéssica?_Ana me chama.
—Oi?_respondo.
—Boa noite! Ou será bom dia?_ela não sabe a forma correta de falar.
—Tanto faz. Depende do ponto de vista._respondo.
Adormeço.
Abro os olhos,e vejo que não estou em casa.
Acabo lembrando que dormi na casa da Ana.
Olho para o relógio na parede do quarto,e vejo que são 9:00hs da manhã.
Ana ainda está dormindo. Dormi demais, mas não vou levantar agora, porque não estou em casa.Ana vira de lado,e abre os olhos.
—Bom dia!_falo, quando ela me olha.
—Bom dia! Conseguiu dormir?_ela pergunta.
—Dormi feito uma pedra._falo,levantando da cama.
Vou ao banheiro, lavo o rosto, lavo a boca com água e enxaguante bucal_já que não estou com minha escova de dentes aqui_e saio do banheiro.
Ana também levanta da cama,e vai ao banheiro.
Fico esperando ela sair, para falar com ela.—Vamos à cozinha, tomar café._ela me puxa pelo braço.
Passamos pela sala,e vemos Felipe dormindo no sofá.
—Estava com tanto sono, que nem foi pro quarto dele._ela diz.
Chegamos à cozinha, puxo uma cadeira e sento, esperando Ana me servir.
—Tem um bilhete na geladeira._Ana diz,pegando um pedaço de papel,que estava na porta do refrigerador.
Para Ana
Filha, seu pai já saiu para trabalhar. Eu estou indo ao supermercado.
Quando vocês acordarem, sirva o café da manhã para a Jéssica.Não demoro!
—De quem é o bilhete?_pergunto,curiosa.
—Da mamãe. Vamos comer?_ela abre a geladeira.
Ana coloca na mesa: leite, suco de graviola, queijo e presunto.
Ela fecha a geladeira e vai até o armário,pegando pão, manteiga e biscoito.—Não precisa sentir vergonha. Sinta-se em casa!_ela me diz,apontando para os alimentos que estão na mesa.
Após o café, ajudei ela com a louça. Depois lembrei que preciso ir para casa. À tarde, temos que ir para a faculdade.
—Vou acordar o Felipe para te levar._ela diz,indo em direção à sala.
—Não é necessário. Eu posso pegar um táxi.
Ana continua insistindo, mas quando vê o estado do irmão,ela desiste.
Felipe vomitou o tapete da sala,e voltou a dormir.
—É isso que a bebida faz._falo,observando a situação dele.
—É verdade._ela concorda.
Chamo um táxi, quando ele chega, agradeço à Ana por tudo,e vou embora.
—Nos vemos na faculdade!_ouço ela gritar.
———————
Oi!
O que acharam?
Tomara que tenham gostado.
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Trocados Na Maternidade
RomanceDuas famílias., Duas mulheres grávidas., Duas crianças., Um menino., Uma menina., Uma única data., Uma única maternidade... Duas crianças nascem,crescem,se conhecem,se apaixonam e descobrem um segredo: Estão com as famílias trocadas. O que será que...