Trocados Na Maternidade

Um noivado que eu não queria

Tive vontade de contar para a Jéssica, que tenho uma namorada, mas na hora "H", faltou coragem.
Falei apenas, que estou apaixonado por ela. Não sei se, "apaixonado" é a palavra certa, mas fico inquieto quando não estou com ela.
Tenho vontade de vê-la, abraçar e beijar muito, aquela mulher.
A Jéssica não precisa fazer nada, para me provocar. Ela me faz querer fazer, coisas absurdas com ela.

Eu a levei para uma praça, que fica perto da faculdade. Lá, pudemos conversar tranquilamente.

Eu nunca quis me apaixonar por ninguém, mas essas coisas acontecem e não podemos evitar.

Bianca bate na porta do meu quarto. Peço para ela entrar.

-Edu, mamãe falou para você não se atrasar para o jantar!

-Por que isso agora? Algo em especial?

-Débora e os pais, foram convidados para o jantar._ela encosta na parede e cruza os braços.

-Que coisa ridícula! Nossos pais forçando a barra, para eu me casar.

-Edu, se não está de acordo, por que aceita essa situação?

-Nem eu mesmo, sei. Acho que não quero decepcionar nosso pai.

-É isso mesmo? Ou não quer perder a vida que tem?

Abaixo a cabeça, colocando o cabelo para trás.

Bianca sai do meu quarto e em seguida, fecha a porta.
Fico perdido em meus pensamentos. O que devo fazer?
Aceito casar com a Débora, sabendo que não seremos felizes? Ou enfrento o meu pai, e jogo tudo para o alto.
Devo arriscar tudo para ficar, com quem realmente me interessa?
Será que vale o sacrifício?

Assim como meu pai pediu, não me atrasei para o jantar. Tomei um banho na banheira para relaxar, me arrumei e fui para a sala de jantar, onde todos estavam à minha espera.

Meus pais, minha irmã, Débora e a mãe dela, estavam sentados à mesa.
Sentei ao lado da Débora e sorri, totalmente sem graça. Meu pai lançou um olhar intimidador para mim. Cheguei a sentir um frio na espinha.

-Bem, acho que podemos começar. O seu futuro sogro, não vem. Teve que fazer uma viagem de última hora._meu pai falou.

Meu pai comunicou meu noivado com a Débora, como se eu não estivesse presente. Mamãe me entregou por baixo da mesa, um par de alianças de compromisso.

Bianca me olhou, como se estivesse dizendo: "Corre! Ainda dá tempo."
Juro que tive vontade de dizer que não. Eu quis sair correndo, jogar tudo para o alto.
Por que não fiz?
Confesso que faltou coragem. Eu sei que fui um covarde. Mas, a vida é assim. Você pode tomar as rédeas da sua vida, ou permitir que façam isso por você.

Por covardia minha, pela falta de um simples "não", noivei com a Débora.
O que eu faço agora? Como ficam os meus sentimentos pela Jéssica?
Sinceramente, não faço a menor ideia.

Tenho um novo dia em mãos. Posso fazer minhas próprias escolhas, ou deixar que meu pai faça em meu lugar.
Acordei mais cedo do que de costume. Tomei banho, me vesti como um homem de negócios, tomei o café da manhã, e acompanhei meu pai até a empresa.
Fizemos um passeio pelo ambiente, fui apresentado aos funcionários que ainda não me conheciam e conheci a sala onde vou trabalhar daqui a alguns dias.

-Este é o "império" que meu avô construiu, passou para o meu pai, que em seguida passou para mim e eu passarei para você. Quem sabe até, você possa passar para um filho seu._meu pai diz, tocando em meu ombro.

Conquistar esse "império", está me saindo caro demais.

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Boa leitura!
Até logo!
Beijos!!!