Descobrindo a verdade

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Quatro dias se passaram, depois que meus pais ficaram sabendo da minha gravidez. Minha mãe, ficou um pouco preocupada, mas mesmo assim, gostou de saber que terá seu primeiro neto. Meu pai, ficou bravo, e para deixá–lo tranquilo, no dia seguinte, o Eduardo providenciou os papéis, para o nosso casamento no civil.

Agora, estou me arrumando para casar.
Nós queríamos casar na igreja, mas não daria tempo organizar um casamento, assim tão rápido.
Decidimos casar no civil agora, e depois casaremos na igreja.

Depois do casamento no cartório, daremos um almoço em um salão de festas, que o Edu alugou.  Convidamos a Ana, o Beto, a Bianca, alguns amigos da faculdade e também, os pais do Edu foram convidados por ele.
O Eduardo quis chamá–los, e eu não poderia me opor. Afinal de contas, são os pais dele. Embora eu acredite, que eles não irão.

Acabamos de chegar no cartório. Todos já estão presentes. O Beto e a Ana, estão sendo nossas testemunhas.
Finalmente, estamos casados. Agora é a hora de comemorar a nossa união diante dos homens. Em breve, nos uniremos diante de Deus.

Chegamos ao salão. Tudo está muito bonito, tão bem organizado e eu me sinto a mulher mais feliz, do planeta.
Meus pais e todos os nossos convidados, já estão posicionados nas mesas, sendo servidos pela equipe de garçons, que o Edu contratou.

—Eles não foram ao casamento, e também não estão aqui.–O Eduardo disse, se referindo aos pais.

—Meu amor, eu sinto muito. Sei que a presença deles, era importante para você.–Beijei o rosto dele.

—Não importa! Eu tenho você, e o nosso filho.–Ele tocou em minha barriga.

Meus pais já sabem que os pais do Eduardo, não aprovam nosso relacionamento. Minha mãe parabenizou o Edu, pela coragem que ele teve, de largar tudo para ficar comigo. Meu pai ficou intrigado com a situação, mas ainda assim, nos apoiou.

Levantamos da mesa, e fomos de mãos dadas, em direção ao palco montado.

—Neste momento, pedimos a atenção de todos.–Falei, ao pegar o microfone.

—Como vocês já sabem, este casamento de hoje, foi apenas um ensaio, porque brevemente, nossa união será realizada na igreja.–O Eduardo falou.

Neste momento, que o Edu termina de falar, os pais dele aparecem no salão. Não sei se vieram juntos, porque estão bem afastados, mas chegaram no mesmo instante.
Eles olham em volta do salão, em seguida, param em frente ao palco, nos observando.

—Também temos mais uma coisa, para dizer: Vamos ser pais!

—Nessa hora, recebemos aplausos, de todos que já sabiam. Aqueles que não sabiam, ficaram boquiabertos, mas logo, nos parabenizaram.

—Filho? Ela vai ter um filho? –Mariana perguntou.

—Isso mesmo. Filho meu, e neto seu.–O Edu respondeu.

—Você é igualzinho ao seu pai. Tem faro, para atrair o que não presta.

Minha mãe ficou brava, vendo como Mariana fala.

—Veja como fala com a minha filha! Jéssica é o nosso maior tesouro. Seu filho deveria significar o mesmo, para você.–Mamãe falou, a enfrentando.

—Não diga o que não sabe! –Mariana respondeu.

—Estão dando uma festa, e não me convidam? –Sandra apareceu na festa.

—O que faz aqui? Eu te disse, pra ficar longe da minha família.–Alberto falou, quando a viu.

—Está lembrada de mim, Mariana? –Ela perguntou, se aproximando.

—Sandra? Secretária do Alberto, há anos atrás? Quando eu estava grávida do Eduardo?

—Que boa memória! Sou eu mesma.–Deu uma gargalhada.

—Vá embora daqui! –Alberto mandou.

—Não! Eu quero que ela fale, o que veio fazer aqui.–Mariana diz.

Sandra olha em volta, e fala:

—Vejo que este rapaz, é o seu filho, e aquela moça, já andei pesquisando quem ela é.

Todos estão atentos, ouvindo. Ela continua...

—Quando eu era bem jovem, fui secretária do Alberto Garcia. Ele me cantava, me seduziu, e eu me apaixonei. Fomos amantes durante muito tempo. Depois, eu fiquei sabendo que a mulher dele estava grávida. Eu senti inveja dela, por saber que daria um filho ao homem que eu amava. Parei de tomar anticoncepcional,e pouco tempo depois, descobri que estava grávida. Quando fui contar ao Alberto, ele terminou comigo. Disse que não sentia mais nada por mim. Eu acabei não contando, sobre a minha gravidez. Saí dirigindo feito uma louca, sofri um acidente e perdi o bebê. Viajei para a casa da minha mãe, no interior e fiquei por lá. Quando soube que a Mariana daria a luz, voltei. Com a ajuda de uma amiga que trabalhava na maternidade, entrei no berçário à procura do bebê do Alberto. Tirei a pulseira dela, e troquei pela pulseira de um menino, em seguida, troquei as duas crianças do lugar onde estavam. Mariana e Alberto, não são pais deste belo rapaz, chamado Eduardo. Esta bela moça, é que é filha deles. O rapaz, é filho daquele casal alí. E sobre a amiga que me ajudou a trocar as crianças, não adianta procurá–la, para prendê–la. Ela já está mais do que presa. Faz dois anos que, morreu de leucemia.

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Continua...

Trocados Na MaternidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora