Me perdoa!

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Encontrar o Eduardo na faculdade, foi inevitável. Ele foi até a minha sala, mas o ignorei completamente.
Ele sentou na cadeira ao lado, puxou assunto e eu ouvi tudo, em total silêncio.

A Ana disse que sou uma boba, por não falar com ele e esclarecer as coisas, mas é muito fácil falar, quando a ofendida não foi você.

Quando eu estava saindo da sala, o Edu veio atrás de mim. Eu não dei importância. Continuei caminhando, enquanto a Ana conversava com o Beto.
Quando me viu passar, ela o beijou e me seguiu. Fomos juntas para a parada de ônibus.

Quando o transporte chegou, entramos e nos acomodamos nas poltronas de trás. Logo estaríamos em nossas casas.

À noite, por volta das 7:00hs, acabei de jantar, lavei a louça e falei para os meus pais que estava indo à casa da Ana.

Meu pai disse para eu tomar cuidado.
A casa da Ana não é tão longe da minha. De qualquer forma, todo cuidado é pouco.

Após uma curta caminhada, cheguei à casa da minha amiga. Como sempre, fui recebida com muito carinho pelos pais dela.
O Felipe não perde tempo. Quando me viu chegar, ficou me cantando.

-Boa noite, gata!_falou, beijando meu rosto.

Os pais dele sorriram.

-Como foi de viagem?_perguntei, ao lembrar da viagem que ele havia feito.

-Tudo ótimo! Tenho primas super gatas!_ele sorriu.

-Palhaço! Deixa a Jéssica em paz!_Para variar, Ana deu bronca no irmão.

Fomos para o quarto dela. Começamos logo a fazer o trabalho. Não poderíamos perder tempo, porque eu teria que voltar sozinha para casa.

Ao terminar o trabalho, me despedi de todos e caminhei sozinha, para casa.
O Felipe quis me acompanhar, mas recusei. Sei como ele se comporta. Se eu tivesse aceitado, receberia cantada o caminho inteiro.

Passei por uma rua totalmente deserta.
Confesso que tive medo, quando vi um homem vindo em minha direção.
Tentei disfarçar o medo, respirei fundo e continuei andando normalmente.
O problema, foi quando ele passou perto de mim, segurou meu braço e tentou me agarrar.
Fiquei muito nervosa, gritei, pedi para o tal homem me deixar em paz, mas ele não dava importância ao meu pedido.

Foi quando de repente, vi um carro parando e quem saiu dele, foi o Eduardo.

-Jéssica?_ele gritou.

-Eduardo, me ajuda!

Ele correu ao meu encontro, empurrou o homem que me agarrava e deu um soco e um chute na barriga dele, que foram suficientes para fazê-lo cair.

O homem estava caído ao chão, segurando a barriga e reclamando. Ele estava completamente bêbado.
Abracei Eduardo e chorei, agarrada ao peito dele, não segurei as lágrimas.

-Tive muito medo. Aquele bêbado, iria se aproveitar de mim._falei, entre soluços.

-Calma! Eu tô aqui. Tudo vai ficar bem.

Ele me levou até o carro e fomos para minha casa.

-Como sabia onde eu estava?_desejei saber.

-Eu não sabia. Estava passando e ouvi seus gritos. Eu estava indo para a sua casa._ele respondeu.

-Acabei de voltar da casa da Ana.

Eduardo me levou para casa. Agradeci novamente e o abracei. Ele afastou meu rosto, segurou meu queixo e me beijou.
Foi um beijo calmo, doce e lento.

Trocados Na MaternidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora