Débora me mostrou as cópias das fotos que tirou, e ameaçou mostrá–las aos meus pais, caso eu não estivesse de acordo com as exigências dela.
—Ficou maluca? Como acha que eu vou terminar com a Jéssica, e voltar para você?–perguntei, irritado.
—Da mesma forma, que você soube me deixar, para ficar com ela. Não se faça de santo!–ela respondeu, gritando.
Quando eu disse que, ela poderia fazer o que tivesse vontade, porque eu não cederia à chantagem alguma, ela me deu um tapa na cara.
—Eduardo, é a sua última palavra? –ela perguntou, esfregando o dedo na minha cara.
—Eu já falei. Pode contar, mostrar as fotos, fazer o que tiver vontade! Não vou abandonar a mulher da minha vida, por você. Ela é a primeira, que amo de verdade.–respondi, decidido a não permitir que a Débora, ganhasse essa batalha.
Ela estava transpirando raiva. Abriu a porta e eu saí daquele apartamento, com a consciência tranquila. Eu sabia que a minha escolha, teria consequências quando meus pais descobrissem a verdade, mas eu estava orgulhoso de mim. Acho que, pela primeira vez, eu havia tomado uma atitude em minha vida, sem dar importância ao que meus pais queriam para mim.
Ao chegar em casa, encontrei um bilhete na sala.
Bilhete
Edu, nossos pais saíram para jantar. Quando papai chegou de viagem, eles tiveram uma briga daquelas. Ele recebeu um telefonema e ficou todo estranho, depois, convidou mamãe para jantar fora, na tentativa de acalmá–la.
E eu...Decidi sair com algumas amigas.
Beijinho!
(Bianca)—Quem será que telefonou,pra deixar meu pai "estranho"?–falei, em voz alta.
Como estava sozinho em casa, e não tinha ânimo para sair, fui para o meu quarto.
Depois de um banho para relaxar, deitei e tentei dormir.Eu realmente tentei dormir, mas não estava sendo fácil. Virava de um lado para o outro, e o sono não vinha.
Eu havia dito que, minha consciência estava tranquila, mas na verdade, não era bem assim.
Jéssica poderia ficar sem emprego, quando meu pai descobrisse tudo. Na verdade, eu também poderia perder o meu cargo na empresa.Amanhecí com os olhos cheios de olheiras, por não dormir direito. Peguei o celular ao lado da cama e vi que eram 6h50min.
Tomei banho, escovei os dentes, me vesti e desci para tomar café.
Meu pai já não estava mais em casa, minha mãe havia terminado de comer e estava indo trabalhar. Bianca ainda estava dormindo.Tomei café sozinho. Depois, quando passei pela sala, encontrei no chão, um envelope endereçado ao meu pai.
Imaginei que se tratava das fotos, no entanto, era um papel, com algo escrito.Alberto, estou cansada, de você não atender minhas ligações. Já avisei que, se você não me procurar para resolvermos as coisas, vou aparecer na sua casa, para que sua família saiba o que há entre nós.
Assinado: Alice.Eu não conseguia acreditar no que havia acabado de ler. Meu pai tinha um caso amoroso com Alice. Que covarde!
Sempre nos fez acreditar, que era um homem fiel.Guardei o papel no envelope, e o coloquei no bolso da calça.
Cheguei à empresa e vi que o carro da Débora, havia sido estacionado em frente à mesma. Meu coração acelerou no mesmo instante.Poucos minutos depois, que eu havia entrado em minha sala, Jéssica veio falar comigo. Eu acabei contando sobre minha conversa com a Débora e ela teve medo de perder o emprego, ao imaginar a reação que meu pai teria.
—Edu, ela vai contar sobre nós. Seu pai, com certeza, não vai aceitar nosso relacionamento.–Jéssica disse, sentando em minha mesa.
—Calma, meu amor! Se ele descobrir, nós enfrentaremos isso juntos.–respondi, a abraçando em seguida.
Ouvimos duas batidas na porta, e rapidamente nos afastamos e ficamos de pé.
Abri a porta, e dei de cara com meu pai. Ele nos "fuzilou", apenas com o olhar.—Vocês podem me explicar, o que significa isto? –ele jogou as fotos sobre a mesa.
—Jéssica, você pode sair um instante, enquanto eu tenho uma conversa particular com meu pai?–pedi, com as fotos em mãos.
Antes que ela respondesse, meu pai falou:
—Ela deve permanecer na sala! Afinal, este assunto também é do interesse dela.–meu pai respondeu, encarando a Jéssica.
—Se você prefere, ela fica!–pedi para ela ficar e sentar.
Tirei o envelope do bolso, peguei o bilhete e comecei a ler. Jéssica tapou a boca com as mãos, incrédula. Meu pai arregalou os olhos, sem entender o que aquele bilhete, fazia em minhas mãos.
—Edu, onde conseguiu isso? –ele perguntou, assustado.
—Encontrei na sala da nossa casa. Quero que saiba, que eu e Jéssica estamos namorando e eu penso em casar com ela. O senhor escolhe se aceita nosso relacionamento ou se a mamãe e a Bianca, ficam sabendo do seu caso com a Alice.
Jéssica observava calada, nossa conversa.
—Você está chantageando seu próprio pai? É isso mesmo? –ele perguntou, me segurando pelo terno.
Jéssica levantou–se e nos afastou, pedindo para ficarmos calmos.
Meu pai me largou, e foi em direção à porta, sem me responder. Antes que ele saísse, gritei:—Tem até amanhã, para decidir!
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Boa noite, gente!
Saindo mais um capítulo para vocês.
O clima foi super tenso né?
Será que o pai do Edu deve ceder?
Ou ele deve deixar que descubram sobre o rolo dele, com a Alice?
Qual a opinião de vocês?
Me contem!
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Trocados Na Maternidade
RomansaDuas famílias., Duas mulheres grávidas., Duas crianças., Um menino., Uma menina., Uma única data., Uma única maternidade... Duas crianças nascem,crescem,se conhecem,se apaixonam e descobrem um segredo: Estão com as famílias trocadas. O que será que...