Um mês depois

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No mês seguinte...

Acordei super indisposta hoje. A cabeça doendo, os seios doloridos, e o pior: Uma enorme vontade de vomitar.
O meu maior desejo do momento, era ficar deitadinha, no calor da minha coberta, no entanto, precisava trabalhar e tive que levantar.

Fui em direção ao banheiro, segurando a cabeça que tanto doía, e com a outra mão, segurava a boca.
Assim que entrei no banheiro, me aproximei do vaso sanitário e coloquei tudo para fora. Na verdade, foi só água mesmo, porque eu ainda não havia comido nada.

Tomei um banho bem rápido, me vesti, e fui à cozinha.
Peguei uma jarra de suco de goiaba, alguns biscoitos e comi.

—Filha, estou indo ao supermercado. –Mamãe falou, beijando minha testa.

Beijei o rosto dela, e falei que já estava indo trabalhar.
Depois que minha mãe saiu, terminei de comer, peguei minha bolsa e saí de casa.

Assim que cheguei na empresa, fui informada que havia uma mulher esperando por mim, em minha sala.

—Quem está esperando por mim? –perguntei, curiosa.

—É melhor você ir à sala, e vê com seus próprios olhos!

Eu não sabia para que tanto mistério, mas queria saber de quem se tratava, e fui à minha sala.
Quando entrei, tinha uma mulher de costas, próxima à mesa. Mesmo não vendo o rosto, já sabia de quem se tratava.

—Bom dia! Posso ajudá–la em alguma coisa? –perguntei, sendo o mais educada que pude.

—Quero falar com você! –Ela disse, com aquele ar de superioridade dela.

—Estou ouvindo. –respondi, a olhando da mesma forma que ela me olhava.

—Não tenho muito tempo a perder, então, vou direto ao assunto. Quanto você quer, para deixar o meu filho em paz? –Ela falou, tirando a carteira de dentro da bolsa.

—Eu ouvi direito? A senhora está me oferecendo dinheiro, para que eu me afaste do Eduardo?

—Isso mesmo que você ouviu. Quanto quer, para deixar o meu filho? –Ela voltou a perguntar.

—Mariana, acho que você não conhece uma palavra chamada: Amor. Pra você, tudo se baseia em dinheiro. Mas, fique sabendo que, seu filho e eu nos amamos, e isso não está à venda.

—Menina, eu estou te dando a chance de mudar de vida, e você rejeita? –Ela insistiu.

—Acho que a senhora, não entendeu o que eu disse, mas não importa. Mesmo assim, não temos mais nada para conversar. –Abri a porta para ela sair.

—Eu sei que meu filho vai te largar, de qualquer jeito. –Ela disse, antes de bater a porta na minha cara.

Assim que ela saiu, o Edu entrou na minha sala.

—O que a minha mãe queria?

—Me ofereceu dinheiro, para te deixar.

—Não acredito que ela foi capaz. E nem precisa dizer qual foi a sua resposta, porque eu já sei. –Nos abraçamos.

Na hora do almoço, o Eduardo me convidou para almoçar com ele. Comemos no restaurante mais próximo.
Depois que almoçamos, senti uma vontade imensa de vomitar. Pedi licença ao Edu, e fui ao banheiro coloquei toda a comida pra fora.

Quando voltei à mesa, ele perguntou como eu estava me sentindo. Contei que desde a hora que acordei, já não estava me sentindo bem. Que minha cabeça doía e um enjôo incômodo me acompanhava.

—Jéssica, você está grávida. –Ele disse, olhando para minha barriga.

—Edu, de onde você tirou isso? –perguntei, incrédula e ao mesmo tempo, com receio de que fosse verdade.

—Está atrasada, não está? Fale a verdade!

—Sim.–respondi, de cabeça baixa.

—Não há motivo para preocupação. Estou com você, para o que vier. –Ele disse, me tranquilizando.

O Eduardo sugeriu, que eu fizesse um teste de farmácia. Quando saímos do restaurante, fomos a uma farmácia. O Edu comprou um teste, e depois eu entrei em um banheiro público, para fazer.

—E aí? –Edu perguntou, ao me ver saindo do banheiro.

—Deu positivo. –respondi, mostrando o teste.

Eduardo o tirou das minhas mãos, olhou e disse:

—Você vai me dar um filho! –Ele beijou minha barriga.

Quando saímos dalí, ele me levou em casa.
Tomei um banho, troquei a roupa e falei para meus pais que já tinha almoçado.
O Edu estava me esperando do lado de fora. Ele passou no apê para se trocar, e depois fomos para a faculdade.

Contei para a Ana sobre a gravidez, e ela ficou maluca.

—Ah! Eu quero ser a madrinha!

—Ana, fala baixo! A barriga nem cresceu, e você já pensou no batismo?

Ela sorriu.

—Já pensei até na faculdade dessa criança. –Ela tocou a minha barriga.

A Ana pirou de vez, mas me diverti muito, com as ideias malucas dela.
O Eduardo contou ao Beto sobre a gravidez, e pediu para ele não contar a ninguém.
É responsabilidade nossa, contar aos meus pais.

À noite...

O curso de inglês chegou ao fim, e para nos despedir, fizemos uma festa depois da última aula.
Comecei a me sentir enjoada, e liguei para o Eduardo, pedindo que ele fosse me buscar.

Já na minha casa, sentamos com meus pais para conversar e eu contei que estou grávida. Meu pai ficou uma fera. Ele segurou o Edu pela camisa, e só largou depois que eu passei mal.

Trocados Na MaternidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora