4 anos depois

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Ana e Bianca vieram me buscar muito cedo, para me levar ao salão de beleza. Finalmente, o dia do meu casamento na igreja chegou. Não tenho palavras, para descrever o tamanho da minha felicidade. Deixei as crianças com meus pais (Paloma e Bruno), para poder sair.
A Bianca também se casará hoje, com o Rafael. Chega até a ser engraçado, minha irmã, casando com meu irmão. Bianca continua morando na Espanha, mas escolheu casar no Brasil. Assim como nós, ela quis terminar a faculdade, antes de casar.

Já fizemos unha, cabelo, maquiagem, sobrancelha, e até depilação. Ana está nos levando para a casa dos meus pais. Quase esqueço de dizer: Ana está grávida. Que barriga linda, ela está exibindo.
Chegamos em casa, as crianças vem correndo me dar um abraço.

—Enzo, cuidado para não derrubar a Emille! –Falo, para o meu filho, que quase derruba a irmã.

—Desculpa, mamãe. Foi sem quelê.

—Tudo bem, filho. Agora vai lá com a tia Ana, que a mamãe precisa se vestir.

—Mamãe, olha meu vestido! –Emille fala, pegando na roupa.

—Você está linda, meu amor. Não vá se sujar!

Minha mãe toma conta dos meninos, enquanto eu me visto. Bianca e eu, combinamos de nos arrumar aqui. Rafael e Eduardo, foram se vestir na casa da nossa mãe (Mariana). Ela e o Alberto, acabaram prolongando muito a viagem, e espero que consigam chegar a tempo de ver o casamento das duas filhas e de um filho.

São 2:00 da tarde, estamos vestidas e esperando o carro chegar. Quem vem nos buscar é o Beto.
Faltando pouco para três da tarde, o Beto chega para nos levar à igreja. Meus pais foram na frente com as crianças, e nos deixaram aqui com a Ana.

O carro para em frente à igreja. Quando desço do carro, vejo que todos se viram para nos ver. Beto estaciona o automóvel, e vai com a Ana procurar um lugar vazio para sentarem. A marcha nupcial toca e nós duas entramos, caminhando lentamente. Olho em volta, e vejo alguns dos convidados: Meus pais, Beto, Ana, Felipe, padrinho Marcelo, Daniela, amigos da faculdade, pessoas da empresa e Mariana e Alberto, que chegam atrasados, porém, chegam a tempo.
Meus filhos? Estão presentes sim! E para variar, incrivelmente lindos.

Meus filhos? Estão presentes sim! E para variar, incrivelmente lindos

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Podem me chamar de mãe coruja, porque sou mesmo. Amo minhas crianças, mais do que a minha própria vida. Sou capaz de qualquer coisa, para vê–los feliz.
A cerimônia começa. Os noivos estão maravilhosos (principalmente o Edu). Um verdadeiro pedaço de mau caminho.

—Jéssica Mendes Garcia, é de livre e espontânea vontade que está se casando? –O padre pergunta.

—Sim, é de minha espontânea vontade.

—Alberto Garcia Mendes, é de sua livre vontade, este casamento?

—Sim, é tudo que quero! –Eduardo responde.

O padre continua.
—Casamento, é para poucos. Muitos fazem promessas, que acabam não cumprindo. Sejam diferentes destes. Amor é compromisso, fidelidade, paciência, perdão (quando necessário).

—Padre, eu gostaria de dizer algumas poucas palavras. –Eduardo pede.

—Esteja à vontade!

—Jéssica, juntos vivemos momentos de dor e de alegria. Com você, aprendi que amar, é muito mais que beijos, abraços e juramentos. Amar é saber que pode contar com o outro, em todos os momentos. É saber retribuir tudo o que recebeu. É sentir a falta da pessoa, mesmo estando distante a apenas alguns segundos. Quero agradecer por tudo que passamos e pelos lindos filhos, que você me deu.

Não resisto às palavras do Eduardo, e acabo chorando de emoção. Peço para falar, e começo.

—Com você, também aprendi muito.Inclusive, que por amor, somos capazes de tudo. Que ver o outro feliz, é a nossa maior conquista. Que o nosso bem estar, já não importa, desde que aqueles que amamos, estejam bem. Eu te amo, e amo nossos filhos.

Quando termino de falar, todos batem palmas. Vejo uma lágrima descendo, no canto do olho do Edu.
O padre fala com a Bianca e o Rafael. Eles também pronunciam algumas palavras, e são aplaudidos.

Após o casamento, nos reunimos em um belo salão de festas, para receber os convidados. Escolhemos fazer a recepção no mesmo lugar. Muita música, bastante comida, bebida, diversão, e o mais importante: Amor.

Fico com dó, de deixar meus filhos aqui, mas tenho que aproveitar a lua de mel que não tive, quando casamos apenas no civil. Além disso, sei que nossos pais cuidarão muito bem deles. Não vai faltar amor.
Vamos passar três dias em Sevilha, para visitar a vó Matilde, e depois viajaremos para a Itália.

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