2° chance

1.2K 128 3
                                    

Quando cheguei em casa, dei graças a Deus por encontrar meus pais dormindo.
Não queria que me vissem chorando. Eu jamais imaginei que ficaria assim, por descobrir que o Eduardo tem alguém.

Eu já estava indo deitar, quando a Ana me telefonou. Pensei que fosse o Eduardo me ligando e quase não atendi a chamada. No entanto, decidi ver quem era e ao saber que se tratava da minha amiga, atendi.

Ela disse que já estava em casa. Queria saber como eu estava me sentindo e disse que o Edu, também ficou preocupado.
Falei que estava bem, que só queria dormir e depois, conversaria com ela.
Desliguei, deitei e adormeci.

Hoje, acordei decidida a não derramar mais nenhuma lágrima. O Eduardo não merece meu sofrimento. Já que ele tem namorada, que se divirta com ela.
Desejo que façam bom proveito.
Eu já tinha uma vida, antes de conhecê-lo e vou continuar vivendo.

Quando levantei, tomei um banho para relaxar, escovei os dentes e fui tomar café.
Meu pai não estava mais em casa, minha mãe estava tomando café.

—Bom dia, filha! Se divertiu ontem?

—Sim._tentei fingir.

—Aconteceu alguma coisa, que queira me contar?

—Não, estou bem. Não aconteceu nada._sorri, para convencê-la.

Ela me olhou, percebi que estava desconfiada, mas mudei logo de assunto.

Depois do café, saí para caminhar um pouco.
Liguei para a Ana, falei que estava indo à confeitaria e ela prometeu me encontrar no local.
Após alguns minutos caminhando, eu estava chegando à confeitaria. Entrei e me acomodei na primeira cadeira vazia que vi.
Fiz o pedido e aguardei ser atendida.
Quinze minutos depois, Ana chegou. Ela puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado.

A moça trouxe o cappuccino e o pedaço de bolo que pedi.

—Você, o que vai querer?_ela perguntou, esperando Ana responder.

—Jéssica, qual o sabor desse bolo?

—É bolo de nata._respondi.

Ana olhou para a moça que nos atendia, e pediu o mesmo que eu.

—Eu vou querer um cappuccino e um pedaço de bolo de nata._ela anotou o pedido e saiu.

Nosso assunto principal, foi o Eduardo.
Ela me aconselhou a conversar com ele, esclarecer tudo e acabar com todas as minhas dúvidas, a respeito da vida dele. Principalmente, na questão amorosa.

Sou obrigada a vê-lo todos os dias na faculdade, mas posso decidir não falar com ele, se eu não quiser falar.

—Ele deve ter uma razão, para ter escondido a verdade._ela insistiu.

—Está defendendo ele?_a encarei.

—Não se trata de defender. Só acho que todos tem direito a uma explicação e você não deixou o Edu se explicar._ela respondeu.

Entre um gole e outro do meu cappuccino, pensei nas palavras da Ana.
Eu havia decidido nem olhar mais, na cara do Eduardo.
Agora, já nem tenho certeza se é isso mesmo o que eu quero.

Após o lanche, pagamos a conta e deixamos o local.
Ana foi para a casa dela e eu segui o caminho para a minha. Passei pela loja do meu pai, conversei cinco minutinhos com ele, em seguida fui para casa.

Ao chegar, tomei banho, me vesti e aguardei a hora de ir para a faculdade.
Sentei no sofá e acessei as redes sociais.
Quando abri a mochila para guardar o celular, o mesmo tocou.
Atendi e falei com a dona da loja, onde fiz entrevista.
Achei que já estava contratada, mas ela telefonou para dizer que eu aguardasse uma próxima vez.
Fiquei triste, mas essas coisas são assim mesmo.
Talvez eu consiga em outro lugar.

Fui para a parada de ônibus. Ana chegou três minutos depois.
Quando o transporte chegou, rapidamente levantamos e entramos no mesmo.





Trocados Na MaternidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora