Meu Universo Particular

Capítulo 49 - Nunca gostara tanto de perder

Patrick

Estou à um tempo rolando na cama. Entre o dormir e o acordar. Entre o agora e o "só mais 5 minutos" sei que tenho que levantar, tenho responsabilidades.. mas.. estou cansado. Tenho tido dias um tanto quanto longos.. ao menos em minha perspectiva. Quer dizer, desde que Ellen e eu voltamos do México à um mês atrás mais o menos, tudo tem sido como uma bola de neve, um furacão. Primeiro por tudo que houve entre nós e a Jillian e depois, meu colapso nervoso e agora esse acidente.. o quê me preocupa é a Emma. Eu sou adulto, me viro, mas ela.. ela é tão frágil, tão doce e eu.. tenho medo de como essas experiências podem afetá-la na vida. Eu só quero continuar sendo o pai dela.. aquele que sempre esteve presente, que jamais estaria com tudo pra fazer mesmo o aniversário dela já sendo no fim de semana (hoje é sexta e eu ainda literalmente nem levantei da cama.) Eu já deveria estar com tudo pronto. E em outra época eu estaria. Mas, eu sei lá.. só queria uma notícia boa. Uma que fosse leve.. pra variar. Claro que, nas últimas semanas tudo tem sido incrível.. estar com minhas meninas em casa é tudo que eu poderia pedir. Mas é óbvio que, agora que temos a Em aqui, é difícil termos um momento nosso.. aliás, já faz um tempo.. que saudade de estar com ela. —Se é que me entendem.—
Mas amo ter a minha filha aqui, ela dorme conosco, no meio, na maior parte das vezes e em alguns dias nos acorda cedo com aquelas mãozinhas pequenas em nosso rosto, sorri, e ali eu já sei que meu dia está ganho. Eu nasci pra ser pai dela. Sinto isso desde que a vi nascer e estarei com ela por toda vida. Mas eu sei que ela precisa da mãe, entretanto Jillian e eu conversamos e decidimos que é melhor esperar ela receber alta para que elas se encontrem.. o que deve ocorrer no domingo (dia da festa da Em).
Jillian aliás se recupera muito bem, ela não demonstrava sinal algum de que iria acordar, não reagia e aí, passado essas duas semanas ela finalmente voltou, está consciente e perguntou muito da Emma, a única coisa de que ela não se lembra é do dia do acidente.. como aconteceu, enfim. Mas está bem, tem feito fisioterapia porque seus músculos estão meio "desobedientes" desde que ela acordara, mas os médicos dizem que ela saíra do hospital 100% muito em breve e isso me faz respirar aliviado novamente.
Ah, chega de reflexões preciso levantar e dar mais atenção a minha mulher. Minha futura esposa.. se Deus quiser.
- Oi dorminhoco
Ouço-a dizer quando levanto e me aproximo dela na cozinha
- Oi amor..
Desculpa eu ando muito cansado.. não tenho sido muito atencioso não é.
Digo enquanto afasto seus cabelos para o lado e beijo seu pescoço levemente seguindo o caminho por sua orelha, sua bochecha e sua boca. Dou-a um leve selinho. Seguido de um beijo voraz, minha língua adentrando sua boca com pressa.. sem pedir passagem, como quem está faminto. E ela me retribui na mesma intensidade. Começo a sentir minha bermuda ficar apertada. E em um movimento rápido a levanto da cadeira em que estava e a puxo pra mim, sento e a puxo novamente, desta vez para o meu colo. Ela está usando um vestidinho preto de alças, e quando entrelaça suas pernas em mim sinto seu centro quente em baixo do pano da calcinha vermelha de renda que usava.
Ah, ela com toda certeza sabe o que está fazendo comigo, essa mulher ainda vai me enlouquecer. Sem quebrar o beijo a puxo pela nuca, e a ouço gemer baixinho. O que só dificulta a situação da minha cueca que está cada vez mais justa. Findo o beijo um segundo para respirarmos novamente e a beijo o pescoço. Enquanto deslizo uma mão sobre o pano leve do seu vestido que desenha todo seu corpo perfeito, sinto seu cheiro adocicado e a aperto a cintura com força, nossas intimidades se chocam o que faz com que uma onde de arrepios me percorra. Eu preciso dela.. agora.
- Ellen..
Tento resfolegar
- Eu preciso de você, eu quero você.. agora.
Sussurro ainda ofegante em seu ouvido.
- A gente não pode fazer isso aqui..
Me diz ofegante e em um riso abafado
"Mas eu também quero muito você, e agora" suspira pesado em meu ouvido enquanto diz.
- Eu sei.
Sorriu de volta ainda queimando de vontade..
- Você me deixa louca..
Ela diz e beija meu pescoço enquanto aperta ainda mais as pernas ao redor do meu tronco. Oh céus.
- Ell..
Meio falo, meio dou um gemido.. enquanto deito a cabeça pra trás.
- Você quem vai me enlouquecer..
Ela sorri. Parece gostar de me torturar.
- Faz tempo não faz..
Me diz com a respiração pesada.
- Faz sim..
- É..
- Disso aqui nós tivemos bastante até.. mas nunca conseguimos ir até o final.
Ela diz jogando o cabelo pra trás e brincando com uma das alças do vestido. O bico dos seus seios era notável por baixo do pano fino. Eu ia explodir. Sinto minha boca aguar em expectativa.
- Ellen..
- Por favor..
Ela ri rebolando lentamente e me beijando o pescoço e vezes os lábios. Hum.
Desse jogo eu certamente sairia perdendo.. mas está tão bom que eu nunca gostara tanto de perder.
Estávamos em meio a um beijo quente e úmido, e certas carícias, eu estava perdendo a cabeça e com toda certeza se isso continuasse iriamos fazer amor aqui mesmo.
"Papai"
- É a Em..
Ela diz passando a mão pelos lábios e já se levantando ajeitando o vestido.
- É sim..
Respiro fundo tentando me recuperar do que quer que houvera aqui. Emma nos chama uma outra vez.
Com a voz mais bonitinha de quem acaba de acordar.
- Estou indo meu amor
Ellen diz puxando o ar e ri pra mim.
-Estamos indo amor
Digo alto e riu pra ela.
- Vou ter que tomar um belo banho gelado.
Pode ir indo na frente? Pergunto e ela ri ainda mais.
- Claro
Morde os lábios, o quê com certeza não ajuda..
- Amor
Ela diz calmamente enquanto me viro para olhá-la
- Oi?!
- Nós podemos conversar mais tarde?
- Claro.. o quê foi?
- Não nada.. só quero te falar uma coisa..
- Tá bom.. tô ansioso
Sorrio, pois estava mesmo curioso, imaginando ser a mesma conversa que ela iria puxar no dia anterior e que pelo telefone fomos impossibilitados.
- Eu também.
Ela diz meio que apreensiva.. mas sorri
- Eu também..