Capítulo 40 - Tá tudo bem..

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Ellen

Logo cedo naquela manhã de segunda-feira, meu celular desperta, porém em formato de ligação, atendo rapidamente pois vejo no visor ser da empresa.
Novamente era meu supervisor, desta vez me dando mais detalhes da reunião, o endereço do lugar e o horário. Esse aliás que já estava quase chegando.. corro me arrumar e em seguida seguiria para lá.

Patrick

Nessa manhã de segunda-feira, já na empresa desde muito cedo, estava pronto para atender um cliente. Em seguida tinha uma reunião, e mais tarde iria pra casa esperar Amy e Emma. Que automaticamente incluía Jill no pacote. Suspiro brevemente ao lembrar-me disto.. enfim, passo a mão pelos cabelos rapidamente, estou confuso, cansado.. não sabia se deveria mandar algo a ela. Um bom dia.. ou.. eu não sei. Não me respondera desde ontem.. talvez eu não deva mandar. Não quero forçar nada, nem parecer um chato. Me distraio um pouco de meus pensamentos quando ouço batidas na porta, era Sarah, me avisando de que o Sr Melendez já havia chego. Digo a ela que estou pronto para recebê-lo e volto a focar no trabalho, deixando de lado, ou.. ao menos tentando.. a ausência repentina dela.

☁️

Já em casa, tomo um banho, e me arrumo para receber minhas crianças. Riu brevemente ao pensar nisso, já que Amy era a minha caçula e como uma criança.. ainda que agora, só aos meus olhos de irmão mais velho. Estou em uma camiseta azul escura e uma calça de moletom cinza, meias brancas e chinelos pretos. Ainda estava pensativo e cabisbaixo quando ouço a campainha. Era Amy. A abraço, ela entra e começamos a conversar. Mas acho que está visível que não estou muito empolgado como no dia anterior. Ell voltaria hoje de viagem, a noite eles sairiam de lá até onde sei. Mas nada dela até agora.. acho que vou ligar. Não consigo ficar assim.. pelo menos para ver se está tudo bem. —
- Patrick?
- Você ouviu? Ela dizia ao fundo e eu realmente não ouvira nada do que ela acabava de dizer.
- Desculpa Amy. Não, o que você.. — ela me interrompe.
- O quê você tem em? Ela diz atenciosa.
- Eu só.. eu estou sem notícias da Ellen a um tempo.. estou com saudades e paranoico, achando que ela possa ter se arrependido de ter aceitado meu pedido ridículo e meloso na praia. Riu fraco.
- Sei lá..
- Patrick para com isso, não é nada disso, ela só deve estar tentando aproveitar os últimos dias lá sem você. Você não é o centro do mundo né, seu chato.. ela diz rindo.
- Você tá certa. Respondo e me levanto simplesmente andando de um lado para o outro ainda pensativo.
- Quer uma água? Digo indo na direção da cozinha.
- Ah, claro,obrigada.
- Uhum. Murmuro ao fundo
- E aí que horas a Emma vem? Ela me perguntava quando a campainha toca.
- Eu "abruuuuuu"
Diz cantarolando e indo em direção à porta.
- Acho que sua pergunta acaba de ganhar uma resposta. Falo sorrindo.
- Ou.. não. Ela diz rindo mas de uma forma —curiosa—
- Não? Quem é? Digo me aproximando da sala e ao ver quem era não pude acreditar.

Ellen

Saio da empresa, já com o contrato de transferência e contratação, o qual eu leria e voltaria amanhã com a resposta. Mas isso era algo para me preocupar depois. Respiro fundo e aceno para um táxi que passava, estou em um salto alto preto, uma saia lápis também em preto, a qual define minha cintura e minhas curvas perfeitamente e uma camisa social branca. Maquiagem leve a não ser pelo batom, um tom de quase vermelho, apenas um pouco mais suave, destacando meus lábios. Cabelos em um coque baixo e uma maleta preta com um lenço cor creme pendurado ao lado. E acho que devo acrescentar que também estou em pura ansiedade. Meu coração batia acelerado quando o taxista ao parar o carro olha para trás e diz: "chegamos ao endereço senhorita"
Eu estou sem ar. Acerto a corrida com ele e desço, passo a portaria. (Mark já havia ligado e autorizado a minha entrada) pois, por ser surpresa não poderia interfonar ao chegar. Subo até o andar e toco a campainha depois de um tempo parada em frente à porta.. um bom tempo até eu diria. Estou tremendo.. chegou a hora.. será que ele ao menos está em casa? Respiro fundo. Estava com um sorriso estampado.. a porta se abre e automaticamente minha feição muda.. meu estômago fecha. Quem poderia ser essa morena, —linda— que acaba de atender a porta? E por quê ele está me olhando ao fundo. Congelado. Como se estivesse sendo pego em algo. Não pode ser.. a falta de ar e o silêncio se instalam.

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