Capítulo 79 - A poesia deles

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"Lex deve ser só o trabalho, o estresse do dia-a-dia, você sabe como é.. mas se isso realmente está te tirando o sono, devia surpreendê-lo e falar com ele sobre."
As palavras de Ellen ecoavam na cabeça de Lexie, honestamente a algumas horas.
A conversa que tiveram logo pela manhã a fazia refletir sobre se deveria ou não confronta-lo e então saber o que de fato o incomodava.
Havia algo com toda certeza.
Ele não era mais o mesmo, não desde que voltaram.
Ele mal aparecia, mal ligava ou atendia.
Era de certa forma, como tê-lo pela metade.
Nunca mais a convidou para seu apartamento e quando ela comentava de ir visitá-lo ele logo desconversava, tenso.
E o que poderia estar causando esse comportamento?
Era o que ela tinha em mente, e o que ela jurava, que ainda nesse dia, descobriria.
Já no escritório, as coisas estavam digamos, em sintonia.

- Feche as cortinas também.
Dizia um Patrick ligeiramente autoritário e altamente sexy a sua esposa, que era incrivelmente atraente a seus olhos, (e aos de outros na empresa, embora disso ele não soubesse, só suspeitasse devido às enormes encaradas que via alguns funcionários lhe dando diariamente..) ela usava uma saia lápis preta, uma camisa verde escura por dentro da mesma com apenas um botão aberto e saltos agulha também em tom preto.
Suas curvas estavam nitidamente destacadas e as pupilas de Patrick totalmente dilatadas.
Seus olhos que de costume eram de tom claro, agora estavam negros como a noite, e seu semblante era de alguém imerso em desejo, desejo esse que era unicamente por ela.. e ela, não tão diferente dele, apresentava o olhar de quem já está em chamas, de quem necessitava do que viria a se seguir.
- Fechei! E agora?
Dizia se aproximando do mesmo que estava encostado na mesa do enorme escritório cheia de papéis e mais alguns utensílios de trabalho.
- Vou te mostrar o que vem agora porque.. é a melhor forma de te explicar.
Ele dizia em um quase sussurro segurando firmemente a cintura de sua mulher que agora já estava em seus braços.
Em seguida começavam um beijo longo.. urgente, quente, suas línguas brincavam uma com a outra. Assim como as mãos que iam se passando em seus corpos, até a mão da loira pousar em sua notável ereção por cima da calça escura, conjunto de seu terno, e ele pesar ainda mais a respiração.
Tudo isso sem pausar o beijo, a não ser quando;
- Está com pressa?
Dizia sorrindo maliciosamente vendo sua mulher tentar abrir seu zíper.
Ele estava se divertindo com seu desespero e excitação evidentes.
- Você não? Eu quero ser sua.. logo, vem!
O dizia mais como um chamado, uma súplica.
- Oh Ell..
Murmura antes de abocanhar seu pescoço e com uma das mãos segura firmemente seus cabelos, enquanto com a outra apertava sua bunda contra si, o que só fazia o aperto em suas calças crescer ainda mais.. e ambos sabiam.
Era uma tortura, a qual elas adoravam passar.
Beijos e diversas carícias depois, ele começa a abrir os botões de sua blusa, calmamente.
Enfim desliza as alças de seu sutiã de renda preta e aperta seus seios com vontade, o que a faz arfar e jogar a cabeça para trás totalmente entregue ao momento.
Logo começa a degusta-los, os lambe e mordisca suavemente.
Chupa-os com energia e logo retira sua blusa, juntamente com a peça de renda que ainda a vestia, de certa forma.
Ela sorria.
Para ele, era poesia.
Todo o ato que faziam, todas as vezes, as carícias trocadas, todo o toque e o arrepio de seus corpos suados, era poesia, sua poesia favorita.
A poesia deles.
Já com os seios amostra, ele levanta sua saia, e ela apressada o ajuda.
Ele a senta na bancada de vidro e desce sua atenção ao seu centro já muito úmido.
Com sutileza ele a acaricia, ela murmurava seu nome e ele sorria.
A poesia deles ainda acontecia.
Após isso, ele adentra um, depois dois, por fim três de seus dedos em sua intimidade a fazendo gemer um tanto quanto alto para quem estava tecnicamente trabalhando.
Mas no momento não se importavam com tal situação.
Se importavam apenas em se amar sem pressa, sem medo e sem restrições de silêncio, ou pelo menos.. sem tanta restrição ao silêncio.
E após Ellen chegar ao seu ápice pela segunda vez naquela tarde, ele os retira, lambendo-os sorridente enquanto a olhava ofegante diante dele.
- Seu gosto.. nunca muda. Sempre tão doce, tão único, tão seu, meu sabor favorito.
Você é deliciosa Ell.
Ela agora estava corada além de ofegante e ele sorria ainda mais diante de tal cena.
Ela era tão linda..
Pensava.
- Você é tão linda..
Lhe diz de todo coração.
Ela sorri ainda mais..
Não sabia bem o que dizer, não sabia como reagir, então apenas o beija.
E em um segundo, estavam sem as peças que os impediam de se sentirem pele com pele, e depois de mais beijos e carinhos um tanto quanto quentes, de se explorarem como quem procura um tesouro valiosíssimo em alto mar, com cuidado e sem pressa, por fim iriam para o grande ato final.
- Você é tão apertadinha, tão molhada, tão gostosa.
Dizia a penetrando firmemente.
Ela conseguia apenas segura-lo, vezes pelos cabelos vezes pelo pescoço, dividindo-se ainda em arranhar suas costas sem piedade, e com tempo claro para gemer em seu ouvido sem timidez.
O quê só o deixava ainda mais excitado.
- Me fode, me fode com força.
Dizia entre um gemido e outro e ele sorria.
- Com toda certeza meu amor.
Ria com aquele seu jeito safado que ela tanto adorava.
"Estava só esperando você me pedir."
Dá uma piscadela.
Todas as canetas e folhas agora no chão.
Patrick levara mesmo a sério, e tudo ali balançava com a força e a rapidez das estocas que foram muitas, muitas, e muitas.
Eles pareciam incansáveis.
Diversas posições, cabelos totalmente desalinhados e coisas por todos os lugares da sala depois, estavam ambos jogados no chão (por sorte havia um tapete enorme e felpudo). Curtiam o prazer estrondoso que acabavam de proporcionar e dividir um com o outro.
Sorriam de mãos entrelaçadas.
Ellen deitada no peito de Patrick, que como ela, ainda estava totalmente nu.
Jogados.. cobertos pela camisa azul marinho de Patrick, e felizes como quem ama o sol, e está vivendo num eterno verão.
Trocavam juras de amor, e sempre sorriam.
Patrick fazia cafuné em seus cabelos louros e ela lhe acariciava a barba por fazer.
Ficaram assim por mais algum tempo até se levantarem, se vestirem, e seguirem com o restante do dia de trabalho.

☁️
"Seja o que tiver de ser e talvez não seja nada."
Lexie murmurava nervosa, apertando os dedos rapidamente esperando que Mark atendesse a campainha de seu lar.
Cerca de um minuto depois e lá vem ele, nervoso, sem graça, pálido.
O quê ela havia analisado até agora ao menos.
Só não entendia o porque.
"Lex"
- Ei. Parece ter visto um fantasma.
— O silêncio perpetuava —
- Você está bem?
Eu só.. estava brincando.
Ri nervosa.
- O.. O quê?
Diz visivelmente confuso.
- Ãn sabe, sobre o fantasma, eu, eu estava brincando.
- Oh, é, isso.. claro..
- Por que você..
Começa mas deixa no ar.
- Por que eu vim?
Completa em tom de pergunta.
- Eu vim te ver, você não me ligou e nem me atendeu, eu só—
O que está havendo Mark?
Por favor seja honesto comigo.. por favor.
Dizia e seu tom era triste.
Ele assim suspira.
Vendo que agora não teria mais escapatória.
- Lexie eu—
Começa, mas uma voz de fundo se faz ouvir.. uma voz feminina.
- Querido, quem é? —
Uma ruiva alta e magra logo sai de dentro do flat e os encara.
- Kate.. pode me dar licença? Por favor.
Diz revirando os olhos.
- Claro querido.
Ri debochada e adentra novamente fechando a porta.
- Kate?
Lexie o questiona e seus olhos estavam em incessantes lágrimas.
Mark respira fundo.
- Kate, a do altar?
A do casamento?
A mulher que você amou desesperadamente.. ou.. que ama.
Dizia pausadamente.. a dor em sua voz era sentida.
Então era isso.. constatou ela chorando antes mesmo de que pudesse ouvir o que o homem à sua frente tentava dizer.
- Não é isso.. olha, eu não queria que você descobrisse assim.
As palavras saiam atropeladas e esganiçadas.
- Não é o que?
Não é ela?
Não é a mesma Kate?
"Eu não queria que você descobrisse assim."
Descobrisse o quê? Eles voltaram?
Lexie sentiu uma tontura forte a alcançar.
- Sim.. é ela.
Mas Lexie eu, deixa eu te explicar.
- Não precisa, "querido... "
Diz dando ênfase na última palavra e sorri.
Seus olhos que ainda não cessavam em lágrimas e agora em vermelhidão.
- Ela voltou.. seja feliz.. aproveite.
E me manda o convite, espero que dê certo dessa vez.. mas se não der, não me procure, por favor.
Aliás, não me procure nunca mais.
Cuspiu tudo o mais rápido que pode para se fazer entender antes que sua crise de choro a consumisse ali mesmo em frente ao homem que agora partira seu coração. 
E aquela voz.. aquela maldita voz de sua intuição, aquela que ela havia ignorado, aquela que dizia "eu sabia que ele iria te magoar, era só uma questão de tempo, eu avisei não foi?"
Por que ela havia ignorado?
Não devia ter ignorado.
- Sabe.. Mark, eu sabia.. no fundo.. eu sabia, eu não queria acreditar que estava certa, mas eu sabia que ainda me magoaria com você, eu te disse isso lembra?
Eu sentia.
Tinha essa.. essa intuição e eu só.. eu não acredito que você me traiu dessa maneira tão suja.
O olhava desacreditada.
- Todo esse tempo... esses meses.
Isso é desumano.
Chorava.
Por que ele havia feito aquilo?
Ele não poderia ter feito aquilo.
- Eu jamais faria isso com você Lexie, pelo amor de Deus, me deixa te explicar.
- Eu preciso ir.
Ela disse já em prantos em frente a sua porta de tom escuro.
Quando saía às pressas, ouve ele gritar o que ela nunca em um milhão de anos imaginaria ouvir.
Não assim.. não nessas condições.. seu coração travou uns segundos.. era como se tivesse mesmo parado de bater.
Até ela finalmente poder virar e olhá-lo.. sem dizer uma só palavra.
Não conseguiu.
— EU TENHO UM FILHO. —
Matteo.
Matteo é o meu filho, com a Kate.
E é por isso que ela está aqui.
Disse de uma vez e respirou fundo. Alto.
Lágrimas por todo seu rosto.
Olhares em conflito.
Ele tinha um filho.. um filho?!
Suspirou tentando entender e repetindo assim por vezes a si mesma — um filho. —

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