Capítulo 53 - É a primeira coisa boa que eu faço por ela

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Após a tal conversa.. Ellen e Patrick ainda estavam perplexos. Ainda não conseguiam formar uma simples frase sequer sobre o assunto. Ora ou outra se olhavam um pouco e em seguida olhavam Emma, que dormia. Já estavam em casa a algum tempo, ela dormia calmamente em seu quarto.. e nem sequer sonhava.. que haviam acontecido algumas.. "mudanças."

Flashback on;

— " É a primeira coisa boa que eu faço por ela"
- Patrick entenda.. eu a amo. Mas preciso recomeçar.. não vou esquecê-la e pra sempre irei amá-la, e se um dia ela quiser me encontrar.. estarei de braços abertos para recebê-la.. mas não posso fazer isso agora, não posso recomeçar aqui. Eu ainda amo você.. e sei que não o terei novamente. E tudo bem.. porque tudo que me aconteceu me fez perceber que a vida é muito frágil, e eu te quero feliz.. e a ela também, e a felicidade de vocês está aqui.. é ela. Ellen. E vocês estão bem juntos, se amam, se protegem e eu vejo como você a olha, como MINHA filha a olha.— Ela nessa hora diz aumentando um pouco o tom da voz. — Vocês são uma família. E eu vou ajeitar a minha vida.. eu preciso.
Lagrimas caíam incessantemente em seu rosto ainda com machucados cicatrizando.
- E esse acidente me mostrou que eu preciso valorizar o que tenho e não o que tinha. E deixar ela com vocês.. é a melhor forma de valorizar a vida. Ao menos a dela. (...)
Adeus. " —

Flashback off.

Ellen

Ela se foi. E se foi deixando-a conosco. Ela abriu mão legalmente da guarda. E trouxe os papéis assinados, me entregou e eu sei que isso a matou um pouco por dentro, era possível sentir. Mas ela fez o que seu coração de mãe achou melhor. "Cuida bem dela tá? Ela merece, e já te vê como uma mãe. Não será difícil, sei que a ama tanto quanto ela a você. E sei que se em um dia próximo tiverem filhos, não fará distinção. A amará tanto quanto a eles, e com certeza mais do que eu jamais pude. Obrigada por tudo Ellen."
Ela me disse essa frase final e que, por incrível que possa parecer... não soou nem um pouco irônico. Juro que não havia um pingo de sarcasmo. Ela realmente se sentia grata pelo modo como eu amava a sua menina.. nossa menina. E eu a desejei de todo coração que se encontre.. que encontre o que precisa, que seja feliz. E a pedi perdão por quaisquer coisa que eu possa ter feito que a magoara. E ela me disse algo que me tocou a alma. " Você não destruiu meu casamento e minha família se é isso que pensa.. sei que te disse isso diversas vezes, mas era medo. Eu era casada a tanto tempo, e não sabia.. ou pensava não saber viver sem ele. Mas se eu o perdi, foi por mim. Porque eu ME perdi, e assim o perdi. Ele merecia mais do que tinha quando era casado com.. seja lá quem quer que eu fosse. Mas eu renasci e encaro como uma nova oportunidade. E ele merece.. merece ser feliz e em paz, com você. "
Ela disse e eu chorei, chorei porque precisava ouvir aquilo, mas também porque ela realmente era outra. E com essa Jill, mesmo que em outra vida, quem sabe.. eu realmente pudesse me dar tão bem a ponto de ser uma amiga. Nós abraçamos e ela chorou novamente, e eu sei que ali, selamos a paz. A bandeira branca se ergueu entre nós. E tudo estava finalmente.. resolvido. Ou.. quase.. pois eu ainda não tivera oportunidade de contar ao Patrick sobre nosso bebê. E eu honestamente não consigo mais guardar isso.. mas ele está.. em profundo silêncio. É como se.. não acreditasse nesse fim de noite. E sei que está preocupado com a Emma. Sei que ela sentirá a falta da verdadeira mãe, mas eu estou aqui por ela e sempre estarei.

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