Capítulo 100 - (Epílogo)

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10 anos depois.

O sol estava brilhando por sobre as nuvens naquela tarde de quinta-feira enquanto Ellen terminava de arrumar a bolsa de basquete do filho.
O menino era um talento nato e o astro do time, mesmo aos 10 anos. O que enchia ela e Patrick de orgulho. Ele havia notado primeiro a habilidade de Noah, mas não demorou muito para ela e os de mais na escola notarem. O treinador havia lhe prometido uma vaga na NBA certa vez (claro, quando fosse mais velho e se continuasse a se dedicar) e ele riu animado, correndo contar aos pais, que lhe disseram que tudo era possível, inclusive a NBA mas que, dependeria unicamente de seus esforços e ele assentiu, contente por ter pais tão bons e que sempre o apoiavam independente da situação.
E não só a ele, mas as irmãs também.
Emma continuou no balé e agora era melhor do nunca, fazendo a família ir de apresentação a apresentação seguindo-a. (Algumas vezes até mesmo fora da cidade.) E eles nunca haviam reclamado.
Nem mesmo uma vez.
Vê-la dançar era... espetacular, todas as vezes.
Ela tinha uma graça natural, era boa. E não apenas boa, era ótima e muito talentosa. Talentosa a ponto de chamar atenção de olheiros de algumas das melhores faculdades de dança do país.
Os pais tinham muito orgulho dela. Inclusive Jill, que começou a ligar, a uns anos atrás.
E que apareceu recentemente para os contar que teria outro filho. Estava casada e feliz morando na Alemanha. (Lugar de onde seu marido era e onde se encontraram em um dia de jogo cerca de 6 anos antes.) Sua relação com Emma apesar de tudo era muito boa, a menina de fato nunca alimentou rancor por ela, que sendo como fosse, era ainda sim, sua mãe.
Melinda era linda, doce e muito esperta, assim como as irmãs.
Ela fazia teatro, começou na escola à 2 anos e agora ganhara o papel que tanto queria em uma de suas peças favoritas. Apesar de muito nova, era muito inteligente e muito independente. Características que Patrick acreditava piamente terem vindo da mãe. Além da estonteante beleza das filhas. (Coisa que agora começava a deixá-lo de cabelos brancos) Noah era mais como ele. Mas, em muitos aspectos tinha muito de Ellen, ao menos em sua percepção.
Mabela gostava mesmo era dos animais, ela dizia aos quatro ventos que um dia (não muito distante) insistia ela, seria veterinária.
Muito embora também cantasse e desenhasse com maestria.
Patrick e Ellen além de pais orgulhosos e muito.. muito apaixonados (agora ainda mais do que no início.. se é que aquilo era possível) eram agora também donos de mais duas empresas, e ainda trabalhavam juntos expandindo cada vez mais o negócio de família.
Moravam na mesma casa ampla, grande e de brisa fresca nos fins de tarde, durante todos esses anos. — Ainda que tivesse sim passado por algumas reformas em alguns dos cômodos ao longo da década. — Diferentemente de Amy e Link que se mudaram com os 3 filhos (Jasmine, Liana e Lucas) para a França, e vinham vez ou outra para uma visita, principalmente aos fins de ano.
Cristina e Leo ainda residiam em mesma cidade, mas em uma casa maior, sem filhos e com muitos cães e gatos. Eram a família mais alegre do mundo.
Dona Carolyn infelizmente veio a falecer no ano retrasado, por causas naturais segundo os médicos —sua saúde não tinha nada errado, — dormindo, em sua casa.
Mas, por todos os anos anteriores à sua morte, fora feliz com Miguel e uma avó próxima e orgulhosa dos netos, os seguindo sempre nas apresentações escolares ou nos jogos de basquete. Ela os amava e para sempre a amariam.
Todos eles.
A família não seria a mesma sem ela, mas sabiam que do céu, os olhava. Tinham de alguma maneira essa certeza dentro de si, e isso era o que lhes confortava o coração em dias difíceis.
Ainda mantinham contato com Miguel, e ele passava o natal com a família todos os anos. "Vô Miguel" as crianças costumam dizer.
Todos o queriam muito bem e tê-lo ali parecia simplesmente, certo.
Al vinha vez ou outra visitar as irmãs, os cunhados e os sobrinhos, mas ainda vivia na Grécia, o que dificultava para vir algumas vezes.
E viviam remarcando.
Agora era casado e tinha uma filha chamada Lua. Que era um encanto e que ligava sempre para as tias, as quais era muito apegada.
Lexie e Mark se casaram, continuavam na mesma casa, e tinham 3 filhos. Matteo, e os gêmeos Thomás e Tom.
Ela agora era finalmente (depois de anos e anos de estudo) uma neuro de renome, trabalhando em um dos hospitais mais bem avaliados do país, enquanto Mark (que morria de orgulho!!) continua ativo na empresa com Patrick.
E cresce cada vez mais o império da Broth&associados, e a força da amizade que os acompanha a tantos anos.
E claro, ele e Lexie eram imensamente felizes até hoje.

☁️
- Mãe? Vamos? O tio Mark e a tia Lexie já estão lá. Acabaram de ligar.
- Vamos amor, cadê o seu pai e as suas irmãs?
Ellen dizia passando pela bancada de mármore preto da cozinha e pegando as chaves do carro. Estavam quase atrasados para a final do campeonato de basquete da escola de Noah que ocorreria naquela tarde. Dentro de alguns minutos.
- Sua mochila está pronta no sofá.
Disse ao filho calçando os sapatos pretos de salto médio.
- Obrigada mãe, as meninas estão lá em cima mas já estão prontas, a não ser a Emma que foi na casa da Jenna mas que vai direto, disse que nos encontramos lá. E ela já deve ter saído a essa altura.
- Estou indo amor.
Pegou seu casado caso esfriasse e fez carinho no velho Sr Peanutbutter que estava jogado sobre um tapete em frente ao sofá. Ele abanou o rabo e ela sorriu indo na direção do filho.
Passos curtos foram ouvidos das escadas e Patrick apareceu de banho tomado e cabelo ainda molhado. Ele sorriu quando viu a mulher à sua frente com um vestidinho preto básico e discreto mas incrivelmente atraente, e ela retribuiu pensando o quanto ele estava mais lindo a cada ano, —com seu cabelo começando a ficar grisalho e certas ruguinhas aparecendo perto do canto dos olhos.. assim como ele a via, a cada ano mais linda, e mais madura, com a pele mais firme, mas ainda macia como seda e com os cabelos agora mais curtos, e os olhos, que agora refletiam o tempo que passaram juntos, e brilhavam em expectativa do que ainda teriam. — seu cheiro de perfume embriagou seus sentidos e ela mordeu os lábios, imaginando o quanto se atrasariam para a partida se estivessem sozinhos ali. Imaginou o que fariam, ou que já fizeram naquela cozinha, naquela sala... nos corredores... etc.
Sorriu outra vez e ele a olhou como se imaginasse o mesmo pois balançou a cabeça negativamente como se tentasse espantar aquilo tudo e lhe deu um sorriso que ela considerou incrivelmente sexy. Terminou de descer os degraus lhe dando um beijo curto mas desejoso, e sorriu ainda mais por saber que estavam na mesma sintonia, mesmo depois de 10 anos.
Sempre estiveram, e provavelmente sempre estariam.
As meninas desceram e Noah saiu na frente com a bolsa nas costas, usava um uniforme branco com azul e em seu semblante havia certa impaciência.. não queria chegar atrasado, e nem poderia sendo o capitão.
Adultos.... pensou.
- Agora podemos ir?
- Claro.
A mãe riu.
- E a Emma? Ah, na Jenna né?
- Isso!
As gêmeas disseram ao pai.
- Essas duas parecem irmãs siameses.
- Ela é uma boa amiga para nossa filha.
Disse Ellen docemente.
Ele sorriu.
- Eu sei, gosto da Jenna.
- Eu gosto da Jenna, mamãe gosta da Jenna e papai você também, todos nós, mas agora vamos tá por favor, tá em cima da hora gente.
Riram mais uma vez e seguiram para fora da casa adentrando o grande veículo preto de Patrick.
- No meu carro ou no seu?
Piscou Patrick em tom de flerte.
- No nosso.
Ela sorriu.
Ou seja, qualquer um dos 3 que tinham iria servir.
Acabaram indo mesmo no preto gigante... tamanho família que compraram à muito tempo atrás e seguiram para o ginásio Big Once, onde assistiram o jogo e viram mais uma vez o time do filho ganhar.
Levando pra casa mais um troféu.
Naquela noite, depois que as crianças dormiram (crianças sim pois, sempre os chamariam assim, ainda que tivessem 30 anos, aqueles quatro sempre seriam as suas crianças.) fizeram amor calorosamente, em diversas posições e atingiram o clímax várias vezes, como de costume, mas de modo totalmente diferente, e sabendo que o passar dos anos só aumentou o amor e sendo bem sinceros: o tesão. E logo, como pais que são, desmaiaram de cansaço, tendo uma longa noite de descanso e sem sonhos, só despertando na manhã seguinte.

FIM.

O FIM DE UMA LONGA JORNADA CHEGOU, obrigada a todos vocês que leram, e obrigada aos que ainda vão ler, aos que comentaram e votaram, e aos que ainda vão, obrigada por estarem aqui comigo durante esses 100 capítulos, vocês são tudo!!! Obrigada!
❤️🥺

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