Capítulo 2

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Mia era uma estudante de engenharia de software tinha 21 anos, com muito esforço havia conseguido meia bolsa na faculdade, sua mãe fazia bolos e tortas para vender, seu pai havia morrido quando ela ainda era jovem.

Mia era uma jovem loira de cabelos cacheados, tinha olhos azuis da cor do mar, quando tinha 14 anos um caçador de talentos havia convencido sua mãe que Mia tinha uma beleza natural e seria uma linda modelo, mas com a morte de seu pai a ideia de ser modelo foi por água abaixo.

Com a morte do seu marido dona Maria, sustentava a casa com muita dificuldade com as suas encomendas. Mia havia conseguido emprego como atendente em um loja, o dono havia lhe prometido assinar a carteira, mas já havia se passado 6 meses e nada da promessa ser cumprida.

Mia pensou em reclamar, mas achou melhor não, já que ela precisava do dinheiro para pagar a faculdade e ajudar a mãe em casa. Mia passava o dia inteiro na loja e a noite ia para a faculdade. Nesse dia em questão, Mia estava saindo da faculdade e tinha perdido o ônibus de volta para a casa, como estava com o dinheiro contado, não tinha como pedir uber e a solução foi ir para casa caminhando.

Estava atravessando a faixa de pedestre quando sentiu uma luz vir de encontro aos seus olhos e uma dor penetrante em sua perna, seu corpo se chocou no veículo e caiu involuntariamente de encontro ao chão.

Uma mulher com os olhos esverdeados penetrante veio correndo em sua direção e perguntou se Mia estava bem. A mulher era linda, estava vestida em trajes sociais uma saia roxa e um blazer, salto alto fino e os cabelos levemente despenteados.

- Você esta bem? - perguntou a mulher pela terceira vez até Mia sair do transe que estava admirando aquela mulher belíssima.

- Estou eu acho. - disse Mia.

- Me desculpa pelo amor de Deus, não sei onde eu estava com a cabeça. - repetia Isabella sem parar.

Mia tentou levantar e sentiu uma dor penetrante no seu tornozelo direito. Isabella percebendo a sua cara de dor se alarmou.

- Não se mexa vou chamar uma ambulância a culpa é toda minha. - disse Isabella pegando o celular e chamando uma ambulância.

Nessa instante várias pessoas já se aglomeravam para ver o que havia ocorrido. Isabella ficou ao lado de Mia até a ambulância chegar. Assim que a ambulância chegou Isabella foi atrás com seu carro, pediu para levarem Mia para o melhor hospital do Rio de Janeiro.

Ao chegarem no hospital Mia foi encaminhada para realizar exames no pé, Isabella foi preencher a ficha de Mia na recepção e percebeu que nem o nome da jovem ela sabia. Por sorte o dono do hospital era seu cliente na empresa e as formalidades foram dispensadas. Depois de um tempo o médico informou Isabella que Mia havia quebrado o pé e precisaria usar gesso durante um tempo.

Isabella nervosa foi até o quarto onde Mia estava.

- Como você esta? - perguntou Isabella.

- Melhor, mas quebrei o pé - disse ela.

- Eu sinto muito a culpa foi toda minha, mas não se preocupe eu vou pagar todo o seu tratamento, desculpa a minha falta de educação, sou Isabella. - disse a mais velha.

- Mia, sua vítima com o pé quebrado. - brincou Mia.

Isabella sentiu as bochechas rurborizando.

- Desculpa de novo, eu fui muito imprudente eu não sou assim. - disse Isabella.

- Você já me pediu desculpas três vezes em um curto espaço de tempo, Isabella. Acidentes acontecem. - falou Mia.

- Eu sei, mas eu estava nervosa e não vi você enfim. - disse Isabella

- Foi um prazer Isabella agora eu preciso voltar para casa minha mãe já deve estar preocupada. - disse Mia.

- Eu levo você, pega meu celular liga para sua mãe, já que seu celular ficou destruído com o impacto. - disse Isabella.

Mia aceitou e ligou para a mãe.

- Mia, cadê você minha filha, já passa da 1 da manhã . - disse Maria.

- Então mãe, sofri um acidente, mas não precisa de preocupar estou bem. - disse Mia.

- Acidente como assim o que houve? Onde você esta? - disse Maria preocupada.

- Machuquei o tornozelo, estou bem, já vou indo para a casa, não se preocupe mãe. - disse Mia.

- Você tá bem mesmo? Qualquer coisa pegar um uber que eu pago quando você chegar. - disse Maria.

- Não precisa mãe já já chego ai, beijo. - disse Mia desligando.

- Obrigada. - disse Mia para Isabella.

- Vamos? - disse Isabella.

- Vamos. - disse Mia.

Mia se apoiou em Isabella para poderem irem até o carro. Mia sentiu um leve arrepio ao sentir o toque de Isabella e esperou que a mais velha não tenha percebido isso. Isabella sentia o aroma dos cabelos de Mia perto do seu rosto e ficou inibriada com aquele cheiro arrebatador e se sentiu estranha. Naquele momento, Isabella tinha esquecido completamente do que acabará de ver na sala de Mario, sua única preocupação era a saúde da jovem ao seu lado.

Isabella dirigia até a casa de Mia, as duas se mantinham em silêncio.

- Está com dor? - perguntou Isabella.

- Não, já fui medicada só estou um pouco drogue. - disse Mia.

- É normal, acredito. - disse Isabella.

Chegaram até o apartamento de Mia e Isabella notou que era um prédio modesto. Assim que as viu o porteiro veio correndo em direção a elas.

- Aprontou de novo, Mia? - perguntou o rapaz.

- Dessa vez não tive culpa. - disse Mia.

O rapaz ajudou Isabella a levar Mia até o seu apartamento. Isabella não pode deixar de notar o apartamento, a cozinha e sala era uma coisa só, havia outra porta que Isabella acreditou ser o quarto e outra porta, que ela não sabia se tratar de outro quarto ou o banheiro. O apartamento era do tamanho do quarto de Isabella.

Uma nova chance para amarOnde histórias criam vida. Descubra agora