Capítulo 38 - Sequestro parte II

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- Rafa finalmente. - disse Caio abraçando o irmão no aeroporto. 

- Essa é a nam... Essa é a Mia amiga da mãe. - disse Caio.

- Prazer Mia, mas acho que já nos vimos ha alguns anos no hospital certo?- disse Rafa.

- Sim, sou eu mesma na época eu era a secretária de Isabella. - disse Mia.

- Isso mesmo prazer. Essa é a minha noiva, Marina. - apresentou Caio.

- Prazer, Mia. - disse Marina

- Noiva? - se surpreendeu Mia.

- Sim, mas a mãe não sabe ainda, então silêncio. - disse Caio para Mia.

- Tudo bem. - disse Mia.

- Então como estão as coisas? Alguma notícia da mãe? - perguntou Rafa.

- Vamos até a minha casa e eu vou explicar tudo para vocês. - disse Mia.

Os quatro chegaram na casa de Mia que os deixou a par de tudo o que estava acontecendo.

- Então o Mário estava morando em um sítio? Esse cara é inacreditável. - bufou Rafa.

- Ele não tem culpa de nada, a polícia não pode acusa-lo. - disse Caio.

- Cara, eu te amo, mas acho que tá na hora de você ouvir umas verdades sobre o nosso pai. - disse Rafa.

- Marina você não quer um café enquanto Caio e Rafa conversam? - ofereceu Mia.

- Claro, eu te ajudo a fazer. - disse Marina.

As duas foram para a cozinha e deixaram os dois conversarem em particular. Mia descobriu que Marina e Rafa eram colegas de faculdades e foi assim que se conheceram, a pouco mais de um ano. As duas preparam o café e depois de um tempo voltaram para a sala. 

- Tá tudo bem? - perguntou Mia.

- Sim, só estou tentando digerir tudo isso. - disse Caio.

- Agora que todas as cartas estão na mesa, precisamos pensar. - disse Caio.

- Na verdade. - começou Mia.

- Eu não sei se tenho esse direito, mas como estamos colocando todas as cartas na mesa, eu queria contar que eu e Isabella estamos namorando. - disse Mia.

Rafa olhou para Marina e depois para Mia.

- Isso é serio? - perguntou ele.

- Sim. - disse Mia.

- Elas estão juntas desde o divórcio do pai e da mãe a alguns anos. - disse Caio.

Rafa ficou alguns minutos em silêncio tentando ligar alguns fatos na sua cabeça.

- Bom, isso é assunto para outra hora, acho que o foco principal agora é tentarmos descobrir onde a mãe esta. - disse Rafa.

- Bom, como eu disse antes Mario esta no sítio, a polícia não pode fazer nada além de interroga-lo porque não tem como provar que ele esta envolvido. Eu contratei um detetive particular que me informou que um homem entra todos os dias de madrugada no prédio da IM-Corporation todos os dias e saí depois de um tempo, todas as características indicam que seja Mario, mas não há como ter certeza. - disse Mia.

- A mãe só pode estar lá então. - disse Rafa.

- Eu já entrei em contato com a polícia e eles já fizeram uma varredura pelo prédio e não encontraram nada. - disse Mia.

- Então voltamos a estaca zero. - disse Rafa.

- Mas peraí, agora eu estava pensando se o nosso pai é realmente culpado, ele pode ter escondido a mãe lá sim. Rafa você lembra quando eramos pequenos e brincávamos no prédio de esconde esconde e você nunca me achava? - disse Caio.

- Lembro, mas o que tem isso?- perguntou Rafa.

- Eu sempre me escondia no porão do prédio que é tipo uma passagem secreta só tem um jeito de entrar lá por umas escadas antigas que estão interditadas. - disse Caio.

- Você acha que Isabella esta lá? - disse Mia.

- É uma possibilidade. - disse Caio.

Mia imediatamente pegou o telefone e ligou para a polícia.

- Eu quero ir junto. - disse Caio.

- Nem pensar, deixa a policia fazer o trabalho deles. - disse Mia.

- Eles não vão encontrar o lugar. - bufou Caio.

- Melhor esperarmos. - disse Mia.

Passados duas horas e começando a anoitecer, Mia foi informada que os policiais não haviam encontrado o lugar.

- Eu avisei. - disse Caio.

- Tudo bem, nós vamos mas você vai fazer exatamente o que os policiais mandarem.  - disse Mia.

- Eu vou com vocês. - disse Rafa.

- Nãooo, Caio vai apenas indicar o caminho eu não quero vocês amontoados naquele lugar, se acontecer alguma coisa com vocês a Isabella me mata. - ordenou Mia.

Rafa bufou, mas seguiu as ordens de Mia.

Á noite, a policia juntamente com Mia e Caio adentraram o prédio e conforme Caio ia informando a polícia ia desbravando o lugar.

- Depois dessa porta, é o lugar. - informou Caio.

- Ótimo. Esperem aqui. - disse o chefe da operação.

Assim que adentraram o lugar tiros foram disparados e retumbaram pelo local.

- Mããããae. - gritou Caio e Mia o segurou pela cintura para ele não entrar no local.

Mais tiros foram disparados até finalmente o barulho se acalmar. Em seguida foram ouvidos barulho de ambulância e para-médicos entrando no local. Mia levou Caio para fora do prédio onde já estava toda a polícia parada. Mia tremia seu corpo inteiro, mas precisava ser forte por Caio, não queria deixar o menino apavorado embora ela estivesse sem saber o que fazer.

Rafa estava junto com a polícia e assim que viu Caio e o abraçou.

- E a mãe? - perguntou ele.

- Ainda não sabemos vou tentar descobrir. - disse Mia.

Assim que deixou Caio em segurança com Rafa, Mia adentrou o local em desespero e encontrou Isabella sendo carregada pelo para-medicos. 

- Como ela esta pelo amor de Deus? - perguntou Mia acompanhando a maca.

- Esta fraca, mas está bem. - disse o enfermeiro.

- Graças a Deus. - disse Mia apertando a mão de Isabella que estava desacordada. 

Olhou para trás e viu mais duas macas trazendo dois corpos, espantou-se ao ver o rosto de Daniela sendo encoberto por uma lona preta e Mario ser entubado e levado em outra ambulância.

- Como ela esta? - perguntaram os meninos assim que viram Isabella na maca.

- Esta fraca, mas não levou nenhum tiro. Vou com ela para o hospital. - disse Mia sem soltar a mão de Isabella em nenhum momento.

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