Capítulo 11

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Isabella saiu da sala com Caio ao lado.

- Mia este é meu caçula, Caio. - disse Isabella.

- Caio, essa é a Mia minha nova secretária. - disse Isabella.

- Nos conhecemos agora a pouco. - disse Mia.

- Sim, estava dando uns conselhos para ela. - divertiu-se Caio.

Mia balançou a cabeça e Isabella achou engraçado o entrosamento deles em tão pouco tempo.

- Você viu o tornozelo dela mãe? Parece que algum barbeiro atropelou ela. - disse Caio.

Mia riu baixinho e Isabella nada disse.

- Vamos Heitor não esta e nós vamos deixar Mia em casa. - falou Isabella.

Os três entraram no carro, Mia e Caio conversavam animadamente. Ele queria saber como era ter colocado gesso no tornozelo e se coçava muito. Mia respondia todas as perguntas dele pacientemente, eles haviam criado um vínculo rapidamente e se chamavam a cada momento de conselheiro e conselheira.

- Pronto, chegamos. - disse Isabella.

- Obrigada pela carona. - disse Mia.

- Mais tarde Heitor vem para te acompanhar até a faculdade. - disse Isabella.

- Serio, não precisa. - disse Mia.

- Conselheira é melhor você aceitar essa mulher aqui não desiste tão fácil. - disse Caio sendo repreendido por Isabella.

- Tudo bem, oferta aceita, até mais. - disse Mia entrando no prédio.

Isabella tinha decidido fazer um programa com os filhos, mas Rafa tinha dito que ia jantar com o pai então Isabella não questionou.

Ela e Caio foram para casa e pediram pizza de margarita e portuguesa as preferidas de Caio, iam olhar um filme escolhido por Caio.

Estavam organizando a sala de filmes quando Rafa chegou com uma cara nada agradável.

- Quer se juntar a nós, filho? - perguntou Isabella.

Rafa foi até onde Isabella estava com Caio.

- Vamos comer pizza e assistir um filme, que tal? - perguntou Isabella.

- Pode ser. - disse Rafa se jogando na poltrona.

- Va ver se já não chegaram as pizzas. - pediu Isabella para Caio deixa-la a sós com Rafa.

- Como foi o jantar? - perguntou Isabella.

- Não foi, o pai estava ocupado. - disse Rafa.

- Entendo. - disse Isabella que não queria pressionar o filho ainda mais.

- O que você acharia se eu dissesse que ele já esta namorando? - perguntou Rafa.

-Não acharia nada, Rafa. Nós estamos separados seu pai pode fazer o que ele bem quiser. - disse Isabella.

- Pra quem amava ele você parece não se importar. - reclamou Rafa.

- Rafa, eu não posso proibir o seu pai de ter outras mulheres. - disse Isabella.

- Por que você não dá outra chance pra ele? Voltaríamos a ser uma família e tenho certeza que ele largaria essas mulheres com quem ele anda. - disse Rafa.

- Não é tão simples assim, nós eu e o seu pai demos certo por 17 anos casados, tivemos dois filhos maravilhosos, mas como tudo na vida tem um final, nós resolvemos seguir rumos diferentes. - disse Isabella.

- Que seja, vou para o meu quarto - bufou Rafa.

- E a pizza? - perguntou Isabella.

- Estou sem fome. - disse Rafa indo para o seu quarto.

Isabella sentou no sofá desanimada Rafa ainda não tinha aceitado muito bem a separação.

Caio voltou com as pizzas e os dois aproveitaram a noite tranquilamente.

Durantes os dias que se seguiram Isabella ou Heitor pegavam e buscavam Mia em casa para ela não forçar o tornozelo, até o médico finalmente dar a liberação total. Mia estava gostando de trabalhar na empresa de Isabella e com o dinheiro do primeiro salário conseguiu pagar a mãe, a faculdade e outras dívidas acumuladas, não tinha sobrado quase nada, mas pelo menos suas contas estavam em dia.

Mia estava estava se sentindo com uma tornozeleira eletrônica no pé, Heitor levava ela para a empresa para a faculdade e qualquer outro lugar que ela quisesse ir, o que era cansativo já que Mia gostava de ter sua liberdade e de andar livre. A única coisa boa daquelas caronas era quando Isabella ia busca-la, mas isso raramente acontecia.

Finalmente o médico tinha dado liberação total para Mia. Saindo da clínica Mia abraçou Heitor.

- Eu me apaguei a você, Heitor mas estou tão feliz de não te ver mais. - sorriu Mia o abraçando.

Heitor retribuiu o abraço.

- Última carona até a empresa?- disse ele.

- Por favor. - sorriu Mia.

Mia chegou na empresa e Isabella estava em reunião, ficou organizando alguns papéis até Isabella chama-la.

- Como foi na clínica? Gostaria de ter ido, mas tinha muito trabalho. - disse Isabella.

- Ótimo, ja estou liberada para caminhar, correr, andar, finalmente. - comemorou Mia.

- Fico feliz. - disse Isabella.

- Finalmente posso andar livre. - disse Mia.

- Eram tão ruins assim as caronas? - perguntou Isabella.

- Não, eram ótimas principalmente as suas, mas eu gosto de ser livre. - disse Mia.

Isabella nada disse e Mia voltou para a sua sala. Já tinha combinado com o pessoal do bairro de irem para um barzinho a noite, precisava rever o pessoal depois de tanto tempo. Estava absorvida em pensamentos quando um homem de porte mediano de terno e gravata chegou dizendo que tinha horário marcado com Isabella.

Mia verificou e mandou ele entrar, Mia não sabia o porquê mas não gostou nada da cara daquele homem, podia ser coisa da sua cabeça, mas ela não gostou dele. Depois de um tempo o homem foi embora e Isabella apareceu na porta de sua sala.

- Mia, você está liberada. Estou com um pouco de dor de cabeça e também já vou indo para casa. - disse Isabella.

- Tudo bem. - disse Mia analisando a cara de Isabella.

- Quer carona? Ou já quer começar a liberdade agora? - perguntou Isabella.

Mia riu.

- Aceito a carona. - disse Mia.

Isabella dirigia o carro e Mia sentia que ela estava um pouco estranha.

- Quem era o último cara, cliente? - arriscou Mia.

- Sim, é nosso cliente a algum tempo, mas hoje ele foi lá por outro motivo. - disse Isabella.

- Entendo. - disse Mia.

- Ele me convidou para sair. - disse Isabella.

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