Isabella não sabia se Mia estaria presente na reunião ou não, mas ela precisava saber do que se tratava tudo aquilo. Isabella chegou primeiro no restaurante e foi recebida por um abraço reconfortante de Maria.
- Como você tá querida? - perguntou Maria.
- Tudo bem. - sorriu Isabella.
- Seu lugar está reservado como sempre. - disse Maria.
- Obrigada Maria, esse lugar é ótimo. - disse Isabella.
Isabella sentou e ficou esperando. Naty chegou sozinha e logo viu Isabella sentada e foi até ela as duas se cumprimentaram e fizeram seus pedidos.
- Antes de tudo gostaria de dizer que só tenho ouvidos coisas boas sobre seu trabalho. - disse Naty.
- Obrigada, devo dizer que também só tenho ouvido coisas boas sobre a empresa de vocês. - disse Isabella.
- Obrigada, como eu não gosto de enrolação eu vou logo ao assunto que nos trouxe até aqui. - disse Naty.
- Achei que você e sua sócia iam participar dessa reunião. - disse Isabella.
- Ela estava ocupada por isso vim sozinha. - disse Naty.
- Bom, como eu disse anteriormente o trabalho que você vem realizando esta sendo elogiados por todos. Você encontrou falhas no nosso sistema que nossos melhores técnicos não foram capazes de ver. - disse Naty.
- Não é minha intenção apontar problemas nas empresas, mas sim tornar seus sistemas cada vez mais seguros para evitar problemas futuros. - disse Isabella.
- Eu entendo é justamente por isso que gostaria de conversar com você. Estamos desenvolvendo um novo sistema para lançar no mercado, mas estamos precisando de uma visão de fora sobre ele e eu acredito que você é a melhor pessoa para esse trabalho. - disse Naty.
- E como eu poderia ser útil? - perguntou Isabella.
- Gostaríamos de contratar você para realizar uma consultoria sobre esse novo sistema. Apontar falhas, problemas de segurança e essas coisas. Com a sua experiência você seria muita útil para nós. Queremos lançar esse sistema para a empresas do exterior, mas não estamos saindo do lugar. - disse Naty.
- Então esse programa é exclusivo para as empresas do exterior? - perguntou Isabella.
- Isso, e gostaríamos de contar com a sua ajuda. - disse Naty.
- Naty, vou ser bem franca com você, não esta nos meus planos nenhum tipo de fusão ou parceria com qualquer empresa. Eu realizo as consultorias de forma independente e gostaria de continuar assim. - disse Isabella.
- Você não entendeu minha proposta, eu estou pedindo para você nos aceitar como cliente. Nosso sistema estagnou vou ser sincera e precisamos da sua consultoria. Não seria diferente do que você vem realizando. Seria apenas consultoria e não mexeria nos seus negócios uma vez que o programa é exclusivo para as empresas do exterior. - insistiu Naty.
- Sinceramente eu não sei, preciso analisar a sua proposta. - disse Isabella.
- Aqui está ela, muito acima do valor que você cobra pela suas consultorias, nós realmente precisamos dos seus serviços. - disse Naty.
- Naty, vou lhe chamar assim, realmente a minha questão aqui não é sobre o dinheiro, mas sim sobre qualidade do serviço e eu não sei se os meus serviços se encaixam no que você esta me pedindo. - disse Isabella.
- Isabella vamos fazer assim, você pensa com carinho na minha proposta e na próxima semana você me da uma resposta, tudo bem? - disse Naty.
- Ok. - disse Isabella meio a contra gosto.
As duas se despediram e Isabella voltou para a empresa para conversar com Bia sobre a proposta.
- Você aceitou? - perguntou Bia.
- Na verdade eu não sei se vou aceitar, mas sua opinião é bem importante pra mim. - disse Isabella.
- Pelos termos que ela apresentou me parece ser uma consultoria como qualquer outra, tirando o fato do valor ser muito superior. - disse Bia.
- Então você acha que eu devia aceitar? - perguntou Isabella.
- Na verdade isso só você pode resolver, mas acho que ambas sabemos que essa questão vai além do âmbito profissional. - Bia disse.
Isabella a olhou surpresa o que ela queria dizer com aquilo.
- Como assim Bia? O que você esta tentando me dizer? - perguntou Isabella.
- Eu acho que nós duas sabemos, eu fui sua secretária durante anos e depois daquele dia na boate muita coisa se encaixou para mim. - disse Bia.
- Você sabe sobre a minha história com... - disse Isabella.
- Com Mia, sim eu sei. A questão se você deve aceitar ou não essa proposta tem a ver com ela não é ? - perguntou Bia.
Isabella suspirou e não conseguiu dizer mais nada, lágrimas brotavam de seus olhos sem parar. Bia foi até ela e a abraçou. Bia era a primeira pessoa que Isabella podia conversar abertamente sobre Mia e aquilo era um alívio e ela deixou sair toda a dor e sofrimento que estavam guardados durante todos aqueles anos e desabou sobre tudo com Bia que a ouviu atentamente.
[...]
Naty voltou para a empresa contrariada, ela sabia que a Isabella não estava nem um pouco com jeito de quem iria aceitar a sua proposta. Chegou na empresa e foi direto para o setor de criação do novo sistema, só tinha uma pessoa capaz de convencer Isabella a ajuda-los, mas pra isso ela precisava de muita argumentação. Naty pegou tudo o que precisava e foi até a sala de Mia.
- Falei com Isabella. - disse Naty.
- E aí? - perguntou Mia.
- E aí que acho que ela não vai topar. - disse Naty bufando.
Mia nada disse e ficou observando a expressão de Naty.
- Aqui esta. - disse Naty colocando uma serie de folhas sobre a mesa de Mia.
- Não preciso nem dizer porque você sabe muito bem. Nosso sistema está estagnado não estamos saindo do lugar, fora os erros que ele apresenta nunca conseguiremos vender esse produto pro exterior e não adianta você tentar me enrolar porque você sabe muito bem que eu tenho razão. - disse Naty.
Mia colocou as mãos na cabeça o que ela podia dizer? Naty tinha razão e nos últimos meses com a volta de Isabella, Mia não tinha a menor cabeça para pensar no sistema.
- Você tem razão. - disse Mia por fim.
- Ótimo, agora você por favor pode deixar de lado essa picuinha, implicância ou seja lá qual o problema for que você e Isabella tem e por favor tentar convencê-la a fazer a consultoria para a empresa? - pediu Naty.
- Eu não tenho problemas com Isabella como você esta insinuando. - disse Mia.
- Ótimo então fica ainda mais fácil você falar com ela e convence-la então. - disse Naty.
- Não, eu não vou fazer isso. - disse Mia firmemente.
- E porque não vai? Qual o problema de vocês duas? Desde que ela voltou você anda muito esquisita. - disse Naty.
- Não tenho problema nenhum com ela, apenas acho estranho trabalhar com a minha ex-chefe. - disse Mia.
- Mia estamos falando de milhões de dólares e da reputação da empresa no exterior, tem certeza que é só isso? - intimou Naty.
- Tenho, e já que você insiste tanto eu ligo para ela e tento convence-la, satisfeita?- disse Mia raivosa.
- Agora sim, a velha Mia esta de volta. - disse Naty saindo da sala.
Mia desabou na cadeira bufando o que ela menos queria naquele momento era ter que se encontrar com Isabella e tentar convence-la a trabalhar com ela.
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Uma nova chance para amar
RomanceIsabella é casada com Mário juntos eles são donos da empresa IM-Corporation, considerados o casal mais bem sucedido do ramo tecnológico. Os dois são pais de Caio e Rafa e vivem como um casal de comercial de margarina. Mia é uma jovem estudante, hum...