Uma nova chance para amar

Capítulo 23 - Conversas

- Bom dia. - disse Isabella baixando a cabeça e entrando na sala.

- Bom dia. - disse Naty sem se importar se Isabella tinha visto algo ou não.

- Vim pegar uns relatórios e já estou de saída. - disse Isabella.

- Espera, quero falar com você, nos da licença Naty? - disse Mia.

- Sim, depois terminamos isso aqui. - disse Naty piscando para Mia e saindo da sala.

- Não é o que parece. - disse Mia indo até Isabella.

- Nunca é, mas eu não quero saber, já estou de saída. - disse Isabella.

- Você entendeu tudo errado, mas eu nem sei porque estou te dando satisfação. - disse Mia.

- Mentirosa você nunca foi, mas parece que isso mudou de uns anos pra cá. - bufou Isabella.

- Do que você esta falando? - disse Mia.

- Eu não fui a última mulher com quem você transou não é mesmo? Por que você simplesmente não fala a verdade. - bufou Isabella.

- Eu não sei que teorias você esta criando nessa sua cabeça, mas o que eu disse ontem é verdade. - disse Mia.

- Assim como eu vi o que estava acontecendo aqui. - disse Isabella.

- O que estava acontecendo aqui, não quer dizer nada, e o que eu falei ontem ainda é verdade. - bufou Mia já furiosa com o tom acusador de Isabella.

- Faça-me o favor Mia, você quer que eu acredite que vocês não ficam juntas? - bufou Isabella.

- Você quer a verdade não quer? Então você vai ter. Sim nós transamos quando temos vontade e o que você viu aqui foi apenas um beijo. - disse Mia.

Isabella soltou uma gargalhada debochando das palavras de Mia.

- Chega disso, eu desisto, pra mim não dá mais. Por mais que eu te ame, eu preciso cuidar da minha saúde mental. - disse Isabella pegando os relatórios sobre a mesa e guardando na mesa.

Mia ainda estava atônita com o que acabará de ouvir da boca de Isabella.

- Você me ama? - repetiu Mia observando a mais velha guardar os relatórios.

- Chega de provocações e picuinhas eu desisto, a partir de agora Bia vai resolver os problemas do sistema pessoalmente. - disse Isabella.

- Não, espera. - disse Mia indo até a porta onde Isabella estava quase saindo e a puxando pela mão e a beijando.

- Não. - disse Isabella se soltando.

- O que você quer de mim, me fala? - pediu Mia.

- Eu quero você, quero acordar e ter você ainda ao meu lado, não quero ser só mais uma na sua lista de conquistas. - disse Isabella.

- Eu posso fazer isso. - disse Mia.

Isabella a encarou nos olhos, queria saber que aquilo que Mia estava dizendo era verdade ou não. Mia por outro lado queria ter certeza se Isabella realmente a amava ou a história de alguns anos voltaria a se repetir.

- Almoça comigo e conversamos pode ser? - perguntou Isabella.

- Ok. - disse Mia.

- Estarei te esperando no restaurante da sua mãe. - disse Isabella. Mia assentiu e deixou Isabella ir embora.

Isabella saiu do prédio ansiosa, será que finalmente elas conseguiriam ficar juntas? Ela não iria suportar a ideia de ter que dividir Mia com alguém isso era um coisa que estava descartada. Ela precisava desabar com alguém sobre aquilo e a pessoa certa era Bia.

Mia estava paralisada e sentou na cadeira da sua sala. Será que Isabella realmente a amava? Depois de tantos anos aquilo era meio improvável, ela teria que ser cautelosa naquele almoço, ela ainda tinha muitas feridas abertas e não estava preparada para compartilha-las com Isabella, pelo menos não ainda.

Isabella caminhava de um lado para o outro do escritório, o que já estava deixando Bia irritada.

- Calma, vai dar tudo certo nesse almoço. - disse Bia.

- Não sei, eu disse que a amava talvez isso tenha sido um pouco demais. - disse Isabella.

- Talvez isso fosse o que ela realmente precisava ouvir. - disse Bia.

- Bia, me sinto uma adolescente indo para o seu primeiro encontro, justo eu que já fui casada. - disse Isabella.

- Isso não quer dizer nada, o amor não tem idade e quando a gente encontra a pessoa certa, em todos os encontros sentimos esses friozinho na barriga como se fosse sempre a primeira vez. - disse Bia.

- Nossa Bia que lindo, se eu não soubesse da sua vida poderia dizer que esta apaixonada. - brincou Isabella e Bia não disse nada.

Antes do horário marcado Isabella foi para o restaurante da mãe de Mia, queria chegar cedo porque não estava suportando a ansiedade. Foi recebida por um abraço caloroso de Maria.

- Você esta gelada, alguma reunião importante? - perguntou Maria.

- Sim. - sorriu Isabella e foi sentar na sua área reservada.

[...]

Naty entrou na sala de Mia perto do horário de almoço. 

- Vim te convidar pra almoçar. - disse Naty.

- Obrigada, mas já tenho compromisso. - disse Mia.

- Alguém especial? - perguntou Naty.

- Não, vou almoçar com Isabella organizar algumas coisas do sistema. - disse Mia.

- Ah tudo bem, marquei uma festinha pra hoje a noite pra te animar. - disse Naty.

- Festa? Ah não Naty, sem condições e já estou atrasada preciso ir. - disse Mia.

- Nada demais uma reunião só com o pessoal mais íntimo na sua casa que tal? - disse Naty.

- Estou atrasada Naty de verdade depois nos falamos. - disse Mia saindo da sala e indo pegar seu carro.

Um simples almoço e eu estou uma pilha de nervos, preciso me concentrar para ela não perceber. - pensava Mia.

Assim que chegou ao restaurante foi recebida por sua mãe.

- Sabe quem também esta aqui? - disse Maria.

- Sei, esta me esperando. - disse Mia.

- Finalmente resolveram ser adultas e conversar? - perguntou Maria.

- Não sei mãe, tudo ainda é muito confuso. - disse Mia.

- Vou pedir para preparar um prato especial para esse momento. - disse Maria.

- Não, mãe, para com isso, eu nem sei direito o vamos conversar. - pediu Mia.

- Tudo bem, mas eu quero ficar por dentro de tudo depois. - disse Maria.

Mia respirou fundo e foi até onde Isabella estava e se sentou de frente para ela.

- Oi. - disse Mia.

- Oi. - disse Isabella.

- Esse lugar costumava ser o meu favorito. - disse Mia.

- Serio? Depois que eu virei cliente assíduo daqui a sua mãe me reservou ele. - disse Isabella.

- Ela me contou. - disse Mia.

As duas fizeram seus pedidos e logo um silêncio constrangedor tomou conta da mesa. Ambas não sabiam como introduzir o assunto que a levou até ali.