Capítulo 18 - Futuro

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Mia chegou em casa e em seguida Maria apareceu.

- Não tinha necessidade mãe, não é nada urgente. - disse Mia.

- Eu te conheço filha como a palma da minha mão e só pela sua voz eu já sabia. - disse Maria.

- Ah mãe eu tô numa confusão só. - se lamentou Mia.

- Vem cá. - disse Maria chamando Mia para o seu colo.

No colo de sua mãe Mia desabou e deixou todos seus sentimentos guardados saírem como um vulcão em erupção.

- Isso filha bota pra fora faz bem. - disse Maria e Mia ficou ali botando pra fora tudo que estava guardado.

- Tá mais calma? - perguntou Maria depois que Mia parou de chorar.

- Um pouco. - disse Mia.

- Agora me diz o que houve? - perguntou Maria.

- Tinha uma pessoa na minha vida e nós acabamos brigando e cada uma seguiu seu caminho, mas agora ela voltou e eu não tô sabendo lidar com isso. - disse Mia.

- Você já tentou conversar com ela e explicar o que você está sentindo? - perguntou Maria.

- Nem pensar, mãe. Ela já me machucou muito no passado e eu não quero isso de novo. - disse Mia.

- Eu acho que a melhor forma de tentar resolver isso é conversando com a Isabella pra vocês duas tentarem entender o que sentem. - disse Maria.

- MÃE? - espantou-se Mia.

- O que foi? - perguntou Maria.

- Como você sabe que é a .... - tentou dizer Mia.

- Eu te conheço filha como a palma da minha mão, eu percebia a forma como vocês se olhavam antes de Isabella ir embora e eu percebi a forma como vocês se olharam aquele dia que se encontraram no meu restaurante. - disse Maria.

- É ela sim, mãe e isso só piora tudo. - lamentou-se Mia.

- Filha porque vocês terminaram da primeira vez? - perguntou Maria.

- Por vários fatores, ela tinha problemas com o ex-marido o filho ficou doente e eu nunca fui prioridade na vida dela. - disse Mia.

- Entendo, e o que está acontecendo agora que ela voltou? - perguntou Maria.

- Tudo está muito confuso e eu não sei o que esperar dela, e também não quero voltar pra aquela relação que só me fazia mal. - disse Mia.

- Filha, isso só você pode decidir, se você realmente acha que a sua relação com ela lhe faz mal o melhor a fazer é se afastar, mesmo que ainda a ame. Mas se você ainda acha que vocês podem ter uma chance de se entender você precisa analisar se vale a pena e contar para ela todas as suas inseguranças com a relação de vocês. - disse Maria.

- Não ė tão simples assim, mãe. - disse Mia.

- Por quê? - perguntou Maria.

- Porque ela vai começar a trabalhar na empresa, no setor que eu sou responsável. - disse Mia.

- Então filha você vai ter que tomar uma decisão antes que a relação de vocês atrapalhe a empresa.

- Você tem razão mãe, é isso que eu preciso fazer, tomar uma decisão. - disse Mia.

- Obrigada, mãe. - disse Mia.

Mia sabia que precisava tomar uma decisão ela não seria fácil, mas era necessária. Ela não queria embarcar daquela história de novo, ela não suportaria ter seu coração quebrado de novo em pedaços, ele ainda não tinha se recuperando completamente. No fundo ela sabia que Isabella não teria coragem de assumi-la diante dos filhos e da família. Aquela relação continuaria sendo escondida como sempre fora.

Mia já tinha uma decisão, a partir daquele momento a relação dela e Isabella seria estritamente profissional e ela não iria cruzar aquele limite.

[...]

Isabella estava destruída depois daquela conversa com Mia, doía de tantas formas que ela não conseguia explicar. Era horrível estar tão perto dela e não poder toca-la nem beija-la e ela sabia que muito daquela mágoa que Mia sentia era culpa toda dela. Ao ouvir Mia dizer que se sentia uma prostituta cada vez que Isabella a deixava depois de uma noite de amor foi como receber flechas em seu coração.

Aquela nunca havia sido a intenção de Mia de jeito nenhum, mas agora ela sabia como era sentir aquilo toda vez que Isabella a deixava depois de se amarem toda a noite. Era um sentimento horrível que ela nunca iria entender até senti-lo na pele.

Isabella tinha tomado uma série de decisões que afetaram Mia diretamente, muitas delas ela se arrependia, mas sabia que haviam sido necessárias, mas agora ela estava de volta e queria compensar Mia por tudo aquilo.

As duas ainda não tiveram a oportunidade de conversar cara a cara sobre o que estavam sentindo. Isabella sentia a conexão que ambas tinham na cama e ela sentia que Mia sentia o mesmo, ou seria coisa da sua cabeça?

Talvez aquele trabalho na MN Associados fosse a chance de Isabella de se aproximar de Mia novamente e reconquista-la. Mas como ela ia fazer isso? A experiência de Isabella com mulheres se restringia a Mia e ela não sabia direito como agir com aquilo, mas precisava tentar.

No dia seguinte Isabella combinou de encontrar com Naty para organizar o contrato do serviço que Isabella iria prestar. Isabella estava se sentindo ansiosa com aquele dia igual uma adolescente. Talvez ela não encontrasse com Mia naquele dia porque estava tão ansiosa?

Tomou um banho se arrumou, passou uma maquiagem e foi até a MN Associados. Chegou na empresa e se apresentou na portaria, foi orientada até o andar onde Naty a estaria aguardando.

Chegou no andar e foi caminhando em direção a sala de Naty. A secretária a mandou entrar que Naty já a estava esperando.

- Isabella, que bom lhe ver e saber que aceitou a nossa proposta. - disse Naty.

- Fico feliz em trabalhar com vocês. - disse Isabella.

- Nós que ficamos, fico feliz que tenha aceitado de verdade. - disse Naty.

- O prazer ė meu,agora precisamos acertar alguns detalhes. - disse Isabella.

- Claro. Sente-se. - disse Naty.

Isabella sentou-se e explicou para Naty como ela realizava seu trabalho e como Bia precisaria de acesso ao sistema para realizarem a análise inicial. Naty concordou com tudo e elas se acertaram.

- Quando você começa? - perguntou Naty.

- Na próxima semana quando minha agenda tiver uma folga. - disse Isabella.

- Ótimo, agora vamos até o RH para oficializarmos o contrato. - disse Naty.

- Com prazer. - respondeu Isabella.

Uma nova chance para amarOnde histórias criam vida. Descubra agora