Capítulo 4

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Isabella acordou cedo, tomou um banho vestiu sua roupa social de trabalho e saiu de casa, deixou um recado para os filhos pela empregada que precisava conversar com eles mais tarde. Pegou o carro e dirigiu até a casa de Mia antes de ir para a empresa, precisava ver como a jovem estava.

Quando estava prestes a bater na porta, Mia abriu a porta subitamente.

- Oi. - disse Isabella.

- Oi, o que você esta fazendo aqui? - perguntou Mia.

- Vim ver como você esta. - disse Isabella.

Dentro de casa Maria continuava falando algo que Isabella não conseguiu entender.

- Temos visita. - disse Mia convidando Isabella para entrar.

- Mia, toma juízo como você vai trabalhar desse jeito. - insistiu Maria.

- Você ia trabalhar assim? - perguntou Isabella.

- Sim. - disse Mia.

- Onde você trabalha? Deixa que eu resolvo levo um atestado e você vai ficar de repouso em casa. - disse Isabella.

- Não é tão simples. - disse Mia.

- Como não é simples você tem direitos. - vociferou Isabella.

- No mundo real as coisas são complicadas, Isabella. - Mia falou e depois se arrependeu pelo tom que havia usado com a mulher que só estava tentando ajuda-la.

Isabella nada disse e ficou em silêncio.

- Se ela não for vai ser demitida, a loja que ela trabalha não assinam a carteira, mas eu já disse que damos um jeito para pagar a faculdade. - interveio Maria.

- Você faz faculdade? - perguntou Isabella.

- Engenharia de software, ela tem meia bolsa. - respondeu Maria pela filha.

- Mãe, por favor. - pediu Mia.

- Você não vai trabalhar hoje, eu pago para você, a partir de agora você é minha funcionária. - disse Isabella.

- Que? Como assim? - disse Mia.

- Você é estudante de engenharia de software, eu trabalho com esse ramo, você vai ser minha funcionária com carteira assinada e demais direitos. - disse Isabella

- Eu não posso aceitar. - disse Mia.

- Pode e deve, a partir de hoje você esta com atestado médico e já começa a receber. Assim que tirar o gesso você começa na empresa. - disse Isabella.

- Isabella, você é uma boa pessoa, mas eu não quero esmola nem nada disso, eu posso me virar. - disse Mia.

- Não estou te oferecendo esmola, estou te oferecendo um emprego pelas suas qualificações, se você for uma boa funcionária continuará conosco, caso não será despedida, você não tera regalias. - disse Isabella.

Mia não sabia o que dizer para aquela proposta. O sonho de qualquer estudante era trabalhar naquela empresa, mas agora ela não estava sendo contratada pela sua competência, mas sim por ter sido atropelada pela dona da empresa.

- Aceita filha, é uma boa proposta e você é competente. - falou Maria.

- Tudo bem. - disse Mia por fim, ela precisava do dinheiro para pagar a faculdade.

- Excelente. - disse Isabella radiante.

Mia não sabia se aquilo era uma boa ideia, mas resolveu arriscar ela não estava em posição de impor alguma coisa.

- Já ia esquecendo. - disse Isabella.

- Trouxe uma coisa para você, ja volto. - disse Isabella indo até o carro e pegando duas muletas que havia comprado para Mia.

- Aqui estão. - disse Isabella alcançando as muletas e um celular.

- Não precisa, serio eu consigo me virar sem elas. - disse Mia.

- Precisa sim, a culpa do acidente foi minha e com ela você pode se mover melhor. - disse Isabella.

- Assim que eu tirar o gesso eu te devolvo. Mas o celular eu não aceito. - disse Mia.

- Não precisa é presente. E quanto ao celular é o mínimo o seu foi destruído - disse Isabella.

- Eu faço questão de te pagar pelas muletas e pelo celular. - insistiu Mia.

- Ok. - disse Isabella.

Isabella já tinha percebido que Mia tinha problemas em aceitar presentes e ajuda dos outros, então não quis insistir.

- Já vou indo, passo aqui mais tarde para ver como você tá. - disse Isabella.

Isabella se despediu de Maria e Mia a levou até a porta.

- Até mais tarde. - disse Isabella beijando a bochecha de Mia que retribuiu.

Mia sentiu o cheiro incrível do perfume e creme que Isabella exalava tão perto dela e sentiu seu corpo arrepiar por inteiro novamente. Isabella foi embora e Mia ainda ficou algum tempo observando aquela mulher altiva e sexy indo embora de sua casa.

Isabella chegou na empresa e pediu para sua secretária marcar uma reunião com Mario urgente. Entrou na sua sala e começou a organizar alguns projetos. Ligou para o Rh para iniciar os procedimentos de contratação de Mia.

Foi Informada pela secretária que Mário a estava esperando na sala dele.

Entrou na sala de Mario e ele estava sentado em sua cadeira a aguardando.

- Queria falar comigo? - perguntou ele.

- Sim, precisamos conversar sobre o que vai acontecer com a empresa no divórcio. - disse Isabella.

- Você ainda não desistiu disso? - falou Mário.

- Não, e nem vou, quero saber como vamos proceder com a empresa sem precisar de advogados, pois acredito que somos maduros o suficientes. Além do mais você é o pai dos meus filhos. - disse Isabella.

Mario tentava decifrar o que Isabella queria dizer com aquilo, para ele a empresa era a coisa mais importante da sua vida.

- O que você propõe? - perguntou Mário.

- A separação da empresa em duas partes. - disse Isabella.

- Você enlouqueceu de vez Isabella, se separarmos a empresa em dois seremos rivais e perderemos valor de mercado, o divorcio já vai ser uma bomba. - alarmou-se Mario.

- Então o que você propõe? - perguntou Isabella.

- Continuar como estamos, cada um de nós comanda seus projetos separadamente, mas continuamos como sócios. Você é a mulher da minha vida, mãe dos meus filhos, como você mesma disse somos maduros o suficiente para vivermos em harmonia. - disse Mario apavorado com a possibilidade da empresa perder valor de mercado.

- Você pode ter razão, mas eu não vou tolerar piadinhas das suas amantes. - ordenou Isabella.

- Jaque já foi despedida, você não a verá mais por aqui.

Isabella assentiu.

- Agora precisamos resolver outro assunto, informar nossos filhos da nossa decisão. - disse Isabella.

- Por que você não informa sozinha, já que foi você que inventou esse divórcio? - disse Mario

- Mário, deixe de ser infantil, você sabe muito bem o porquê desse divórcio. - disse Isabella.

- Tudo bem, quando vamos contar? Perguntou ele.

- Hoje a noite no jantar. - disse Isabella.

- Estarei lá. - disse Mário..

Uma nova chance para amarOnde histórias criam vida. Descubra agora