Capítulo 17 - Dilemas

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Hello gente. Sei que hoje não é dia de capítulo, mas como estou adorando a interação de vocês nos comentários e as teorias vou dar uma chance e postar um capítulo extra hoje. Voltamos na segunda e obrigada de coração por tanto engajamento na minha história beijos


[...]

- Eu já tomei uma decisão Bia. Eu vou dizer não. - informou Isabella para Bia.

- Se você acha que é a melhor solução. - disse Bia.

- Não sei se é a melhor solução, mas eu não tenho mais psicológico para os joguinhos dela, me machuca demais. - disse Isabella.

- Eu entendo, você tem que fazer o que for melhor para você . - disse Bia.

Isabella assentiu e foi até o banheiro precisava retocar a maquiagem para ficar apresentável para os outros clientes. O restante do dia passou rapidamente, Isabella visitou mais dois clientes, havia dispensado Bia e estava indo até a empresa pegar suas coisas para ir embora. Estava se aproximando da empresa quando observou um homem de longe entrando em um carro preto muito parecido com Mario, mas sua aparência estava muito diferente.

Mario estava barbudo e escondia alguma coisa sobre o casaco. O carro preto estacionou e ele entrou observou os dois lados da rua até finalmente entrar no carro. Isabella não tinha mais notícias de Mario e estava acompanhando pela imprensa o que estava acontecendo. Mario tinha feito uma série de empréstimos para tentar salvar a empresa e o banco estava em cima dele.

Achou estranho aquela movimentação, mas não quis se meter. Pegou suas coisas na empresa e voltou para casa. Tomou um banho, vestiu um short e uma camiseta larga e estava conversando com Rafa e Caio por chamada de vídeo, a prova de Caio seria no dia seguinte e ele estava bem animado com o vestibular. Escutou o interfone tocar e se despediu dos meninos e foi atender.

Abriu a porta e deu de cara com Mia.

- Duas vezes em dois dias? - ironizou Isabella.

- Vim em missão de paz, precisamos conversar. - disse Mia.

- Não acho que temos alguma coisa para falar uma para a outra. - disse Isabella ainda na porta.

- Para, eu não quero discutir isso, vim aqui por outro motivo. - disse Mia.

- E qual seria esse motivo? - perguntou Isabella.

- Posso entrar ao menos para conversarmos? - perguntou Mia.

Isabella fez sinal e ela entrou.

- Então? - perguntou Isabella.

- Bom, você e Naty tiveram um almoço hoje, ela me disse. - começou Mia.

- Já entendi, você veio até aqui para tentar me convencer a aceitar a proposta? Pois pode ir se retirando eu já tomei minha decisão. - disse Isabella.

- E qual seria ela? - perguntou Mia.

- A resposta é não. - disse Isabella.

- E porque não? Tenho certeza que a proposta ė tentadora e desafiadora também. Você sempre gostou de desafios, não vai aceitar por pura birra. - disse Mia.

- Eu não vou aceitar porque eu não quero trabalhar com você, simples assim. - disse Isabella.

- Não quer trabalhar comigo porquê? Porque transamos? Francamente Isabella seja mais profissional. - disse Mia.

Isabella já estava ficando extremamente irritada com aquela conversa.

- Eu sou extremamente profissional e você sabe muito bem disso. Graças ao meu profissionalismo eu posso escolher meus clientes e eu escolho não trabalhar com você. - disse Isabella alterada.

- Nós transamos uma, duas vez quem se importa? Estamos falando de um sistema que pode revolucionar o mercado. - disse Mia.

- Quem se importa? Eu me importo, se pra você o sexo não tem importância pra mim tem e muita. - bufou Isabella.

- Esquece a gente, esquece o sexo. Estamos falando de um sistema importante pra empresa e pra mim. Você acha que eu teria vindo aqui se não fosse importante? Podemos por favor esquecer nós duas e pensar somente no sistema? Por favor Isabella. - pediu Mia.

- Esse sistema é tão importante assim pra você? - perguntou Isabella dessa vez mais calma.

- Muito, se não eu não teria vindo até aqui. Te pedir pra aceitar a nossa proposta. - disse Mia.

- Eu almocei com a sua namora... Sócia ela já me explicou tudo. - disse Isabella.

- Ela não é minha namorada se é isso que quer saber. - disse Mia e Isabella não disse mais nada.

Depois de um tempo de ambas em silêncio Mia quebrou o clima.

- E então vai aceitar? - perguntou Mia.

- Eu não sei, preciso pensar. - disse Isabella.

- Droga Isabella, você sabe como é difícil pra mim deixar o meu orgulho de lado e vir até aqui ? Que droga. - bufou Mia.

- E você sabe como eu me sinto cada vez que a gente se ama e no outro dia você vai embora como se eu fosse uma prostituta? - gritou Isabella deixando as lágrimas invadirem seus olhos. Isabella se virou de costas para Mia não queria que ela lhe visse daquele jeito.

- Agora você sabe como eu me sentia. - disse Mia brava.

- Você é inacreditável e extremamente infantil. - gritou Isabella.

Mia viu o estado da mais velha e a abraçou por trás pressionando seu corpo no dela.

- Nunca foi assim, você sabe. - sussurrou Mia ainda abraçada a Isabella que chorava silenciosamente.

- Aceita a proposta, me ajuda no sistema eu prometo nunca mais tocar em você, nossa relação será estritamente profissional e nada mais. - disse Mia soltando Isabella.

Isabella respirou fundo tentando entender o que havia acabado de acontecer ali.

- Estritamente profissional? - perguntou Isabella.

- Sim. Eu prometo. - disse Mia.

- Tudo bem, eu vou trabalhar com vocês. - disse Isabella.

- Obrigada por isso. - disse Mia se dirigindo até a porta.

- Obrigada pelo café. - disse Isabella.

- Café? - perguntou Mia.

- Aquele dia o café que você preparou para mim. - disse Isabella ainda sem olhar a mais nova.

- Não sei do que você está falando. - disse Mia.

Ambas sorriram sem que uma visse a fisionomia da outra.

- Não vai abrir para eu voltar? - perguntou Mia.

Isabella foi até a porta e a abriu. Mia passou lentamente pela porta e saiu. Isabella fechou a porta e ficou parada respirando fundo tentando entender o que tinha acontecido ali.

- Ainda vou te reconquistar. - disse Isabella para si mesma.

Mia ainda ficou um tempo na porta do apartamento de Isabella antes de ir embora. Ela pode ver um pouco do sofrimento de Isabella com toda aquela situação, mas Mia sabia que pelo bem da sua vida ela não podia embarcar de novo naquilo, e não iria sofrer aquilo tudo de novo.

Mia precisava desabafar com alguém sobre tudo aquilo que ela estava sentindo. Pegou o celular e ligou para sua mãe.

- Mãe, preciso falar com você, onde você ta. - disse Mia.

- Estou no restaurante. - disse Maria.

- Deixa, então nos falamos outra dia. - disse Mia.

- Onde você está Mia? - perguntou Maria.

- Indo para casa. - disse Mia.

- Me espera estou indo pra lá. - disse Maria que conhecia muito bem a entonação da voz da filha.

Uma nova chance para amarOnde histórias criam vida. Descubra agora