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Sayuri


Sayuri - Tem certeza que tu quer fazer isso Aghata ? Quem tem que entender teu relacionamento é você e meu irmão, vocês tão bem a beça, vai pirraçar ele só por causa da opinião alheia ?

Aghata - Tenho Say, tô muito morta, só vivo pro teu irmão, cara, cadê minha personalidade nessa porra ? _ disse e eu ri.

Sayuri - Então tá, tu já é maior de idade, né !? Só peço pra que tu não se emprenhe pelo ouvido, a gente só tem a certeza real de um bagulho, quando a gente vive, entendeu ? E você vive, sabe o que passa, posso ter minhas opiniões, mas guardo pra mim, não convivo com vocês dois, não sei como vocês são como casal, e te falar ? Não me interessa! Não faz coisas que vão afetar teu relacionamento, pra mostrar um bagulho que tu não é.

Aghata - Quando tu quer, entra na mente, hein !? Vou pra casa, cuidar do outro, porque ele vai acordar com dor de cabeça _ me abraçou.

Sayuri - Vai com Deus nega.

Aghata - E você, fica com ele! _ ia embora, mas voltou _ Say ?

Sayuri - Pode deixar, ninguém vai saber _ ela assentiu e foi embora.

Aghata dopou meu irmão e cismou que ia com a gente pra Arraial, pra provar pra Gabriel e Ana Paula que tem voz ativa, que é dona de si. Até me atrasei pra sair, mas tirei isso da cabeça dela, apanhar por causa de nada cara, pelo o que eu bem conheço meu irmão, ele não ia deixar isso barato, não ia mesmo.

Não acho certo ele se achar o dono dela, mas eu já vi mulheres no mesmo "status" que ela, morrer por causa de um baile que foi pra afrontar, viagem, passeio, que o "marido" não gostou e descontou nelas. Não quero ver minha amiga cheia de hematomas, sabendo que poderia ter feito algo pra impedir, mas deixei ela ir pela onda errada dos outros. Disse que ela pode sim pôr um fim nisso, só que não de uma forma que vá foder com tudo, entenderam ? Fazer as coisas por partes, pra quando o Samir perceber, já seja tarde.

Fiquei um tempo parada na cama, pensando em tudo, depois caí na real, levantei correndo, tirei a roupa do trabalho, tomei um banho, pus um body, um short de pano, penteei meu cabelo e terminei de pôr as coisas na bolsa, aproveitei e peguei o relógio que o Átila me deu.

Pus o relógio no pulso, calcei meu chinelo, passei um reboco bem básico, sequei meu cabelo com o difusor, fiz minha oração, peguei minhas coisas, tranquei meu quarto e fui pra sala.

Mayra - Ialá Hadassa, tua tia com o maior MK no pulso, isso tá a cara do presente do bofe!

Sayuri - Eu hein, garota !? Se manca, eu comprei pra mim! _ menti.

Mayra - Vai viajar ?

Sayuri - Vou...

Mayra - Vai voltar quando ?

Sayuri - Não sei, tô indo, tá !? Tchau amor da tia Say! _ disse e ela riu _ Tchau vida!

Laura Hadassa é muito gostosinha cara, se pudesse, eu adotava, sabe ? Cuidar do jeito que a bichinha merece. Esse negócio do Emerson dar uma casa pra Mayra, deixou ela mais mãe, mais responsável, ser for teatro, tá encenando muito bem.

Bati o portão, quando ia descendo, um menino que é moto táxi, que sempre pego com ele, tava livre, me deixou na barreira e ainda foi no amor, nem cobrou. Ana Paula e Gabriel desceram também, o menino da segurança do Popeye veio buscar a gente depois de termos mofado lá.

Chegamos no P.U quase uma hora da manhã, eu cheia de sono, plantão hoje foi difícil, tô muida. Átila tava uma gracinha, todo de preto, parecia até uma pessoa comum, só de relógio, um anel no dedo, nada demais. Ele bateu no vidro, fez sinal e eu desci. Vou num carro sozinha com ele, as garotas vão em outro com o motorista.

Dormi horrores no ombro do bofe, só acordei com ele me chamando, dizendo que já tínhamos chego.

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04/08/2020

Dilema - FinalizadoOnde histórias criam vida. Descubra agora