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Resolvi excluir o grupo, mas por minha causa, não tava interagindo da maneira certa. Mais pra frente eu volto, tá !? E aviso aqui pra vocês.

Sayuri

Duas semanas, já são duas semanas sem trabalhar, semana passada eu curti bem, descansei, no final de semana eu fui pro baile, fui pro pagode no domingo passado, mas já tô sentindo saudades da minha rotina, sabe ? Hoje acordei com o despertador, quando eu lembrei que tava suspensa, já tava até vestida, fiquei rindo sozinha, o auge.

Já são nove e pouca, casa tá arrumadinha, tomei um banho, dei um jeito no cabelo, tranquei tudo e saí. Resolvi vir na casa da Mayra, ver Laurinha. Chamei ela no portão, que logo veio, nos cumprimentamos e eu entrei.

Mayra - Tá de folga ?

Sayuri - Quase isso, cadê Hadassa ?

Mayra - No chiqueirinho, vendo a tal da galinha _ falou e eu ri.

Andei até a sala, muito bonita a casa da minha irmã, bem arrumada. Laura tava tão compenetrada em assistir o vídeo na televisão e dançar, que nem percebeu a minha presença.

Sayuri - Cadê a neném mais linda da dinda ? _ fiz cosquinha nela. 

Abracei minha neguinha bem forte, uma saudade dela, enchi de beijos mesmo. Botei Laurinha no chiqueirinho novamente e fui ver o que minha irmã tava fazendo.

Mayra - Vai ficar pra almoçar ?

Sayuri - Vou.

Laura começou a ficar enjoadinha, como Mayra tava enrolada com comida e roupa, dei um banhozinho nela, fiz dormir e quando voltei, nós almoçamos.

Mayra - A gata tá soltinha, só vejo os storys de óculos no baile, curtindo a vera!

Sayuri - Ser solteira é isso, né !? Aproveitar cada saída como se fosse a última! _ respondi e ela riu _ E como tá aqui ? Tá se adaptando ?

Mayra - É isso que tu tá vendo, arrumar casa, fazer comida, lavar roupa, cuidar de Laura, muito raro Emerson vir aqui, as vezes as meninas brotam aqui e a gente fica bebendo, mas tirando isso, nada demais, parei meu trem legal!

Sayuri - Tava na hora, né !? _ nós rimos.

Mayra foi lavar a louça e eu sentei no sofá, vou fazer aqui na casa dela, igual ela fazia quando morava na minha, nada! Meu telefone começou a tocar, número desconhecido, se for quem eu tô pensando, vai escutar horrores.

Número desconhecido

- Alô ?

- Boa tarde, com quem eu falo ?

- Boa tarde, Sayuri Vasconcellos, pois não!?

- Então, Sayuri, aqui é da direção do Albert Schweitzer, gostaríamos que você comparecesse ainda hoje, queremos falar sobre a sua suspensão. Pode ser as 14:00 ?

- Claro..

- Até logo!

- Até!

Me despedi da May e vim toda maluca pra casa, joguei uma água no corpo, botei uma roupa mais séria, peguei até minha bolsa de trabalho, porque se cancelarem a minha suspensão, eu já volto a trabalhar hoje mesmo. Desci o morro rapidinho, fui pro ponto e fiquei esperando meu ônibus.

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XxX - Seu comportamento aquele dia foi inadmissível, nós repudiamos qualquer tipo de violência e má conduta dos nossos colaboradores, e por isso, não temos mais o interesse de ter você no quadro de enfermeiras do hospital. Seu caso merecia justa causa senhorita Sayuri, mas pelo seu excelente serviço, vou deixar passar. A senhorita tem uma hora pra ir até o RH resolver os trâmites finais, e esvaziar seu armário, obrigada!

O cara me descascou e ainda me demitiu, cinco anos cara, meu primeiro emprego foi aqui, tudo por causa de pinto! Passei no RH, assinei o que tinha pra assinar, peguei minha carteira de trabalho de volta, e depois desci pro vestiário, esvaziei meu armário todinho, me despedi dos meus colegas, os que eu mais gostava é claro, e saí daquele hospital.

Vim no uber o caminho inteiro pensando sobre isso, poderia ser pior, se fosse por justa causa eu estaria chorando, porque nem auxílio desemprego eu ia ter direito.

Cheguei em casa, botei as roupas que trouxe do trabalho no cesto, desfiz a bolsa que levado, coloquei tudo no armário novamente, sabe-se se lá Deus quando vou usar de novo. Eu que não ia ficar me lamentando gata, sou filha da Quitéria mô! Botei meu shortinho, top e fui pra academia. Personal pegou pesado e eu não arreguei, malhei na força do ódio que eu tava sentindo.

Pra completar o treino de hoje, ainda dei uma caminhadinha pelo morro. Fui em casa só pra tomar banho mesmo, me arrumar e pegar uma bolsa, voltei pra rua e fui no trabalho do Biel, ele trabalha num ateliê aqui do morro. Busquei ele e nós fomos pra casa da Paulinha, e de lá, fomos na Aghata.

Fiquei velha com a minha cunhada, meu irmão falou que ela não ia, porque tinha que terminar a janta, hum, se arrumou e tá aqui linda com a gente. Folgado demais, esse não quer mulher, quer uma empregada doméstica.
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13/08/2020

Dilema - FinalizadoOnde histórias criam vida. Descubra agora