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Luísa: Vai ter um treco ai menino! — disse dando risada.

General: Parece que to pior que no parto do Bernardo. — ri nervoso.

X: Posso falar com você? — olhei pra cima e era o Felipe, minha mãe saiu de perto e o mesmo se sentou do meu lado.

General: Fala ai. — disse seco e grosso.

Felipe: Quero que você assista o parto da Matê, não fui o bom pai na gestação e sou homem pra reconhecer que você ajudou a Lorena! — no fundo, fiquei feliz por ele reconhecer isso.

Ana: Claro que não, Felipe. Você é pai e você vai assistir sim!

Felipe: Eu decido sobre isso, e o Caíque vai sim assistir o parto. — minha mãe chegou perto de mim e apertou meu ombro.

Ana: Felipe, é direito seu! — ela dizia toda histérica.

Felipe: E é direito meu não querer também. — a mãe dele saiu revoltada, falando mil coisas. — Então é isso? — só concordei com a cabeça, ele se levantou e virou de costas.

General: Felipe? — chamei ele e o mesmo me olhou. — Obrigado mesmo! — ele sorriu e saiu andando.

Uma hora depois.

Me preparei para o parto, to nervoso pra caralho. Entramos na sala de parto e eu fiquei do lado da Lola.

Lorena: Nem acredito que você tá aqui, amor! — ela apertou minha mão e sorriu.

General: To com você pra sempre, loira! — alisei o rosto dela e dei um selinho.

Carla: Podemos começar, mãe?

Lorena: Sim! — ela disse confiante e sorrindo.

Minutos depois.

Quanto mais força a Lorena fazia, mais de dor ela reclamava e demonstrava cansaço.

General: Falta pouco amor! — disse firme pra passar confiança pra ela.

Lorena: Não consigo, vida... — ela disse chorando em silêncio.

General: Consegue sim! — apertei firme a mão dela.

Carla: Coloca força mãezinha. — tinha uma doula fazendo força na barriga da Lorena, ajudando ela a empurra a Maitê pra fora, e a respiração da Lorena começou a ficar acelerada.

Carla: Ela tá com dificuldade e perdendo salve. — a equipe médica se aproximou para ajudar a Dra. Carla.

General: O que tá acontecendo? — perguntei nervoso e a Lorena já não estava apertando minha mão na mesma intensidade.

Carla: A estrutura da Lorena é muito pequena pai, não tem passagem.

General: Faz alguma coisa, pelo amor de Deus! — implorei com a garganta travada já com vontade de chorar. Senti a Lorena soltar minha mão e a máquina que estava controlando os batimentos dela parar.

Anestesista: Massagem cardíaca! — ele levantou da cadeira com tudo e um enfermeiro me afastou dela.

General: O que tá acontecendo, caralho? — perguntei totalmente alterado e ninguém me respondeu. Comecei a chorar desesperado. — Acorda, Lorena! Vai amor. — eu tentava ir pra perto dela, mas o enfermeiro me segurava firme.

Carla: Tira o pai daqui, por favor! — ela pediu com expressão séria.

General: EU SÓ VOU SAIR DAQUI QUANDO MINHA MULHER ACORDAR. — gritei.

Carla: Tira! — ela disse autoritária e o enfermeiro me puxou pra fora da sala.

Estava escrito | Temp. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora