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Sai chorando e encontrei minha mãe, todos me olhavam preocupados. Abracei minha mãe e chorei que nem uma criança.

Luísa: O que foi, Caíque? — eu só soluçava de tanto chorar. — Fala comigo, filho. — ela me abraçou forte.

General: A Lorena mãe... ela não pode, não pode! — disse desesperado.

Mirela: O que aconteceu com minha filha? — ela perguntou preocupada.

General: Ela tá tendo uma hemorragia, do nada parou de respirar. — meu coração deu um aperto em falar isso. — Eu não sei... Só quero a Lorena de volta mãe!

Luísa: Olha aqui! — ela disse séria, levantando meu rosto. — Não vai acontecer nada com ela.

Thalles: Bebê essa água, irmão. — ele me deu um garrafinha d’agua, respirei fundo e dei um gole na água que foi quase a garrafinha toda.

Ficamos ali numa espera interminável esperando alguma notícia e nada, já estava dando quase 6h da manhã quando uma enfermeira apareceu, com o expressão de cansada, mas feliz.

Enfermeira: Família da Maitê? — e eu me levantei em um pulo. — Vamos conhecer a bebê mais apaixonante do dia? — concordamos e fomos seguindo ela, paramos em frente ao berçário e tinha uma neném, branquinha e cabeluda. — Essa daqui é a Maitê! Nasceu de 52 centímetros e quatro quilos e novecentas e cinquenta gramas. Bem grandona! — coloquei a mão no vidro e fiquei com o olhar fixado na Maitê, já estava chorando novamente. Parecia que ela era minha vida, que eu tinha feito ela. Senti um sentimento surreal ao ver ela se mexendo no bercinho.

General: Tá maluco, que menina surreal! — o Felipe encostou do meu lado.

Felipe: Obrigada por querer tão bem minha filha!

General: Ela é especial! — olhei pra ele e sorri.

Felipe: Sei que ela vai ter um pai foda.

General: Dois pais! — dei um tapa no ombro dele e ele saiu.

Thalles: Tá chorando que nem um viado ai!  — me abraçou.

General: Sentimento doido, irmão. Parece que a menina é minha mesmo, tá ligado!?  — falei sem tirar os olhos da Matê.

Thalles: É a mesma coisa que eu sinto pela Letícia. É coisa de louco mesmo.

Mirela: Ela é perfeita! Obrigada Deus.

Luísa: Que neném perfeito, filho. — ela me abraçou de lado.

Mirela: Vocês vão ser muito felizes, pretinho! — ela me abraçou do outro lado.

General: Eu vou dar o meu melhor, pelos meus três filhos e pela minha futura mulher! — disse confiante.

Tuilla: Se não for, dessa vez eu deixo meu marido de matar.

General: Linguaruda.

Tuilla: Fala ai, minha afilhada é perfeita!

Letícia: Tia Lorena só faz filha cabeluda. — demos risada e eu neguei com a cabeça. A Dra. Carla apareceu no corredor.

Carla: Vi que todo mundo também ficou apaixonado pela Maitê. Ela nasceu super saudável e forte. Quer pegar ela? — concordei sorrindo. — Vem! — ela saiu andando e eu fui seguindo ela. Entramos no berçário, passei álcool em gel na mão e coloquei um avental. Ela pegou a Maitê no colo e me deu. Ela tinha um cheirinho de paz tão bom. Sorri e passei a mão no rosto dela fazendo carinho.

General: Você foi tão esperada por mim, Maitê! Vou ser um pai postiço maneirão pra você e sua irmã. E você tem um irmão foda pra caralho também. — ela se mexeu no meu colo e abriu o olho me encarando, sorri e dei um cheiro na cabecinha dela. Fiquei namorando ela um bom tempo, fui mais perto do vidro e mostrei ela para o pessoal.

Carla: Temos que colocar ela de volta no berço, papai! — ela disse pegando a Maitê do meu colo.

General: Cadê minha mulher?

Estava escrito | Temp. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora