Capítulo 2

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- Estou com calor, não é só você que tem direito de se sentir menos desconfortável aqui.

Revirei os olhos. Ele só confirmou aquilo que eu imaginava. Na verdade ele era bem mais do que eu imaginava. Seus músculos eram como os dos deuses gregos, seu abdômen definido e com gominhos, eu podia jurar que estava babando.

- Gosta do que vê? - Ele perguntou com um sorrisinho de canto.

- Já vi melhores. - Bufei e me levantei.

Mentira. É claro que eu já havia visto caras musculosos e bonitos, mas Gustavo tinha algo que era incomum. Algo mais atraente do que o normal e convencional.

- Melhores? - Ele se aproximou.

Fiz que sim com a cabeça. Ele estava perto demais, podia sentir seu hálito de whisky e com nossa aproximação, arrepiei ao perceber que meus seios estavam contra seu tórax.

- Muito melhores. - Aticei.

Seus movimentos foram tão rápidos que quase não acompanhei. Ele levou minhas mãos para cima de minha cabeça me impedindo de me mover. Meu coração acelerou e minha respiração se tornou irregular.

- Senhorita Rezende, por que veio com essa saia? Não acha muito curta?

Não acreditei que ele tocou no assunto da saia. Sabia que estava com Gustavo e não com o cretino do meu chefe. Abafei o riso.

- Está um dia quente e eu gosto da saia. Você não? - Mordi o lábio.

Seu sorriso me enfeitiçava e senti que ia derreter.

- É muito indecente para o trabalho. Tem chefes que a mandariam embora por isso.

- Tenho sorte de ter o chefe como o senhor, não? - Sussurrei em seu ouvido.

- Se tem.

Ele beijou meu pescoço e me arrepiei com a tortura. A sensação de seus lábios finalmente em mim era revigorante.

- Você não vai me soltar? - Perguntei curiosa.

E por dentro rezei para que ele dissesse não. Diga não. Merda.

- Não estou satisfeito.

Um frio percorreu minha espinha.

- O que está pensando? - Perguntei querendo ouvir sua voz rouca.

- Coisas inimagináveis, Rezende. - Ele sussurrou perto da minha boca.

Me aproximei e disse baixo:

- Não fique só na imaginação.

Ele se afastou e sua expressão era de pura surpresa. Por um minuto, pensei que ele fosse desistir e me soltar, mas vi o fogo em seus olhos e então ele me atacou violentamente com a sua língua num beijo cheio de prazer e desespero. Suas mãos liberaram as minhas e no mesmo instante, mergulhei meus dedos em seu cabelo trazendo-o para mais perto. Era maravilhoso poder beijar e tocar ele. Suas mãos passaram pelas minhas costas e pararam na altura da minha bunda. Sorri com a ação e ele retribuiu com uma mordida selvagem no meu lábio inferior, em seguida, colou sua testa na minha.

- Que merda você fez comigo? - Sua voz saiu arrastada.

Gostaria muito de saber o que ele havia feito comigo também. Nos afastamos após alguns segundos compartilhando o mesmo ar e nos ajeitamos, pois a energia voltaria a qualquer momento e eu não queria ser pega pelas câmeras beijando meu chefe. Peguei meu batom para retocar, mas antes que minha boca ficasse da cor desejada, Gustavo me puxou para um beijo. O telefone do elevador tocou me tirando da minha bolha, ele me soltou para atender a ligação.

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