Capítulo 66

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Ah, Gustavo. Não faça perguntas difíceis!

- Tenho e por favor, ligue agora.

- Tentando ser educada, Rezende?

Sorri.

- Fazendo o possível, senhor Lários.

Desliguei o celular e esperei até chegar no hotel. Passei pela recepção e fui direto pro elevador até o andar de Rosana.

- Hola. - Saudei assim que Rosana abriu a porta.

- Oi.

- Vamos.

- Eu sinto que você só gosta de mim porque eu estou te ajudando com essa coisa da Nicole. Na verdade eu acho que você me liga só pra me usar.

Me virei e olhei para ela incrédula.

- Você quer discutir? Ok. Rosana, nos conhecemos um pouco mais de uma semana, eu escolhi você pra me ajudar nisso porque você não me conhece desde sempre e tem a tendência a ser mais sincera quando é o começo de uma amizade. Eu gosto de você. Acho que você foi uma das únicas pessoas que eu me tornei "amiga" em um período tão curto. Eu estou confiando em você em uma coisa que eu não consigo contar nem a Estefânia, que também deveria estar envolvida nisso, mas eu decidi melhor não. Acredite em mim quando digo que você é uma das pessoas mais próximas da minha vida agora. Ok?

- Merda, odeio isso de você estar certa e eu ter que me desculpar e tal.

- Você não precisa.

- Ótimo, porque eu não vou pedir. Vamos logo.

Sorri. Pegamos o elevador e descemos pro térreo.

- É o seguinte, Nicole já deve ter saído do quarto. Temos que entrar no quarto dela e pegar algum fio de cabelo de Emílio, uma chupeta babada, qualquer coisa.

- Exame de DNA?

Fiz que sim com a cabeça.

- Três anos e ainda chupa chupeta? - Rosana debochou e balançou a cabeça.

Não tinha mentido sobre Rosana. Ela era uma das pessoas mais próximas no momento e tinha me ajudado muito. Senti que não podia mentir para ela que ela saberia quando eu estaria mentindo. Chegamos ao térreo e Rosana me levou para uma área do hotel que eu nunca tinha estado.

- O que estamos fazendo aqui? - Perguntei.

Entramos em uma sala cheia de armários e roupas.

- Precisamos entrar no quarto.

Ela pegou um dos cartões pendurados na parede. Fizemos todo o trajeto de volta para o elevador, mas dessa vez paramos no andar de Nicole.

- Ok, vamos ser rápidas.

- Toma aqui. Trouxe saquinhos para não perdermos nada. - Entreguei o saco plástico para ela que colocou no bolso da calça jeans.

- Que orgulho, já dá pra trabalhar no CSI.

Revirei os olhos e sorri. Ela inseriu o cartão na fechadura e a porta se destrancou.

- Senhorita Petrov? - Ouvi a voz de uma mulher e olhei imediatamente para Rosana.

- Babá. - Rosana sussurrou.

Droga.

- Oi, sou amiga da senhorita Petrov. Somos. - Rosana apontou para mim. - Estamos aqui porque ela esqueceu de pegar uns papéis para a reunião com o chefe dela. - Rosana falou entrando no quarto.

Um Inferno IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora