Capítulo 35

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- Isso não é da sua conta, estranha. - Respondi tomando um gole do meu whisky.

Não queria falar sem que Teresa estivesse junto. Na verdade, eu não sabia nem se queria mostrá-la a todos. Não que tivesse vergonha dela, isso nunca, mas Teresa era só minha. Se algo acontecesse com ela, eu nunca iria me perdoar.

- Que seja. - A mulher se aproximou de mim. - Você poderia me adicionar a essa lista, não? - Sua mão subiu em minha gravata e eu a afastei.

- Não estou interessado.

Deixei meu copo vazio no balcão e fui procurar Teresa. Por um instante olhei as escadarias e vi Cristovão subindo com uma mulher, que eu podia jurar ser Andrea. Filho de uma mãe. Ele ia acabar me ferrando. Vi a silhueta de Teresa em seu vestido azul. Boas lembranças tinha deste vestido. Ela estava com Juju e algumas outras pessoas conversando. Quando achei que poderia falar com ela, Verônica apareceu e tirou algumas fotos com ela. Seu rosto denunciava que não estava confortável com a situação.

- Porra Gustavo, não vá ferrar com tudo. - Falei para mim mesmo.

Teresa estava com seu vestido azul escuro que ia até o meio das coxas. Seu corpo parecia uma escultura de tão perfeito e a iluminação só ajudava a minha imaginação do que poderia fazer com ela nesse salão se estivéssemos sozinhos.

Quando estava chegando perto, vi um cara se aproximar e colocar a mão na cintura de Teresa. Quem era esse filho da puta? Me aproximei com calma e pigarreei chamando a atenção. Imediatamente o cara soltou Teresa e acenou para mim saindo de perto. Teresa sorriu para mim e logo chegou um fotógrafo querendo fotos da gente. Depois de alguns flashes, a puxei para longe das câmeras.

- Achei que você não quisesse tirar fotos. - Teresa disse enquanto andávamos pelo salão.

Mal sabia ela que essas fotos de longe eram as mais decentes. Sorri.

- Você viu os sites hoje? - Perguntei curioso enquanto ela pegava uma taça de champanhe.

- Não, tinha algo de interessante? - Sua pergunta pareceu verdadeira.

- Não, nada fora do normal. - Menti. Pra que fazer ela surtar, né?

- Gostou do vestido?

Teresa sorriu mordendo o lábio para mim. A levei para um canto em meio as cortinas, para que ninguém nos visse. Puxei sua cintura para mim.

- Ficou maravilhoso, mas você sabe que eu prefiro você fora dele. - Passei a mão em seus ombros nus e em seguida beijei seu pescoço.

- Pena que não podemos fugir ainda. Temos uma festa acontecendo.

Saímos de trás das cortinas.

- Então, o que está achando de tudo isso?

Inventei qualquer assunto que pudesse me distrair da ideia de me enterrar nela ali mesmo.

- Artificialmente bom para os negócios.

Compartilhávamos da mesma opinião. Muitas pessoas que estavam sorrindo no fundo tinham problemas mais sérios. Mas não podia reclamar, esse era o nosso ramo. Tivemos o desfile com as modelos que usavam as nossas jóias. Vendemos praticamente tudo. Passamos boa parte da festa conversando e cumprimentando as pessoas que nos parabenizavam pela linda coleção.

Teresa em algum momento da noite sumiu de minhas vistas. Dei uma volta no salão e não a encontrei. Decidi subir as escadarias que davam acesso a algumas salas privadas. Parecia tudo vazio. Dei uma última verificada no local, mas nada de Teresa. Ela tinha bebido um pouco e poderia estar brincando comigo. Andava calmamente tentando achá-la por ali. Ouvi gemidos e segui o barulho das vozes chegando a uma sala com a porta fechada. Abri uma brecha e vi Cristovão com alguma mulher que não dava para ser identificada, não queria pensar que podia ser a Andrea. Fechei assim que confirmei que era ele. Eu não podia culpá-lo por querer transar. Ele havia sido traído.

Voltei para o salão e vi que as luzes foram abaixando, apenas um holofote se manteve aceso na direção do palco. Meus pais subiram até lá. Ainda se ouvia muitas palmas e cochichos.

- Porra Teresa, cadê você? - Resmunguei impaciente com seu sumiço.

- Bu! - Ela apareceu atrás de mim.

- Até que enfim!

Ela estava sorridente e claramente alterada pelo álcool ingerido. Puxei seu braço para algum lugar com menos pessoas e mais calmo.

- Oi, bonitão. - Ela falou mexendo em minha gravata.

Sorri ao perceber que ela estava soltinha e pensei na variedade de coisas que faríamos facilmente se estivéssemos a sós. Meus pais começaram a falar um monte de coisa que eu não dei importância. Teresa desviava totalmente minha atenção. Virei seu corpo para que ela visse o palco. Com as luzes quase apagadas, eu poderia fazer muitas coisas. Suas costas estavam encostadas ao meu peito. Me ajoelhei, como se tivesse pegando algo do chão e verifiquei se ninguém estava olhando para nós. Para minha sorte estavam todos entretidos com o discurso de meus pais.

Alisei a perna de Teresa desde o tornozelo subindo até chegar em sua bunda e encontrar sua calcinha de renda. Teresa tentou se virar, mas segurei-a no lugar. Puxei com a maior facilidade e o pano caiu em minha mão. Percebi o suspiro que ela deu com o meu gesto. Guardei no bolso do meu smoking e foquei em seu corpo novamente. Dei uma olhada nela e vi que estava se apoiando em uma mesa. Coloquei dois dedos dentro dela sentindo sua intimidade molhada e quente.

- Ahhh Teresa, sempre tão pronta pra mim.

Sussurrei em seu ouvido percebendo que ela estava de olhos fechados e mordendo o lábio inferior. Fiz movimentos lentos e repetitivos vendo seu corpo fraquejar.

- Não caia, meu amor. Sinta tudo.

Ela jogou a cabeça para trás, apoiando-se no meu ombro, sem saber se alguém estava vendo. Fiquei puto ao imaginar alguém vendo minha mulher gozando, mas não consegui tirar meus dedos de dentro dela, ainda não. Acariciei seu clitóris e voluntariamente ela começou a mexer o quadris.

- Gustavo, isso... é... tão gostoso. - Ela sussurrou segurando os gemidos.

Senti suas paredes começarem a dilatar e sabia que ela estava próxima. As luzes foram voltando ao normal, imediatamente tirei meus dois dedos de dentro dela. Ouvi seu xingamento raivoso e contemplei seu estado ofegante.

- Quando você estiver sóbria nós continuamos.

Ela estreitou os olhos para mim.

- Eu não estou bêbada. - Ela resmungou.

Virei seu corpo para mim e chupei meus dedos sentindo seu sabor.

- Você tem um gosto maravilhoso, Teresa. Vamos. Quero te provar mais.

Peguei a chave da suíte presidencial e entramos no elevador.

- Estou ansiosa.

Coloquei sua mão sobre o volume de minha calça.

- Não mais que eu.

Um Inferno IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora