Três meses depois
Teresa.
– Meu Deus, Gustavo!
Gemi sentindo sua boca sugar meu ponto sensível com certa pressão. Eu amava acordar assim com ele. Nos últimos meses, com a gravidez, estava com mais fome dele e claro, Gustavo não deixava a desejar. Minha respiração engatou quando senti dois dedos me invadindo e segurei o lençol com força tentando acompanhar seus movimentos de vai e vem dentro de mim. Era uma sensação maravilhosa. Estava tão sensível que não demorou muito para me desfazer em seus dedos e em sua boca que não parou de me sugar.
Abri os olhos e encontrei o meu futuro marido e pai do meu bebê com seus dedos na boca e sorrindo para mim.
– Hazme el amor. – Minha voz saiu rouca.
Gustavo voltou a ficar por cima de mim e me beijou fazendo com que eu saboreasse meu próprio gosto. Puxei seu corpo para mais perto e travei minhas pernas em sua cintura forçando-o a ter mais contato comigo. Não cheguei nem a ter um segundo pensamento e ele já estava dentro de mim me preenchendo e nos encaixando do jeito que só nos dois sabíamos.
Depois que pareceu uma eternidade perdidos um no outro, caímos cansados lado a lado na cama respirando pesado. Gustavo me puxou e deitei a cabeça em seu peito enquanto sua mão alisava minha barriga. Fechei os olhos sentido suas carícias que continham tanto amor que me dava vontade de chorar.
– Não dorme. Hoje iremos ver nosso bebê. – Gustavo sussurrou em meu ouvido mesmo estando só nós dois no quarto. Aliás, no andar inteiro do prédio.
Eu não podia acreditar que já era dia para saber o sexo do meu bebê. As semanas se passaram muito rápido. Finalmente Gustavo e eu dissemos para a nossa família que íamos ser pais – depois de quase Estefânia parar de falar comigo de novo por não ter contado a ela da gravidez. Faltava pouco para o casamento e, mesmo com a barriga crescendo, não era tão perceptível assim. Eu já estava entrando no quinto mês de gestação.
Aos poucos, toda nossa vida foi se encaixando. Eu já estava recuperada dos dois tiros que levei da salafrária da Nicole. Estefânia e eu saíamos quase sempre para ver algo do casamento – meu e dela. Sim, Victor e ela ainda queriam se casar. Não agora, mas do jeito que a minha amiga era surtada, já estava até planejando junto comigo tudo. Queríamos nos casar antes do nosso bebê nascer.
Gustavo me mimava o tempo todo e às vezes era um saco. Mas eu amava. Ele estava ansioso pra saber se teríamos um menino ou uma menina. Ver o Victor com o Emílio desencadeou nele esse instinto paternal.
Falando em Victor, no início foi difícil a adaptação deles com o Emílio. Imaginem: Victor e Estefânia sendo responsáveis por uma criança de três anos. Mas até que eles estavam se saindo bem. Claro, eles tiveram seus momentos, mas já vejo esse menino me chamando de tia Teresa e brincando com o seu priminho (ou priminha) por aí.
Gustavo e eu passávamos noites conversando sobre qual seria o nome do bebê. Se fosse menina, eu queria que se chamasse como a minha mãe. Minha mãe que faleceu quando eu era nova e não pode conhecer seu neto. Nem o Gustavo. Mas eu era muito grata pelo amor que a Mayrin me deu desde que se casou com o meu pai. Ela era minha segunda mãe.
– Nervoso? – Perguntei a ele enquanto encarava meus olhos verdes favoritos.
– Ansioso. – Ele disse passando a mão no cabelo. – Quero saber se teremos um teimoso ou uma teimosa aí.
Sorri. Definitivamente, nosso bebê seria um teimoso igual aos pais. Mas ele não fazia ideia do quanto era amado e esperado. Beijei o peito de Gustavo e me levantei da cama me enrolando no lençol. Nossa consulta era no meio da manhã e não tinha maneira no inferno do Gustavo me deixar sair de casa sem tomar café. Saímos de casa quase atrasados por causa da nossa rapidinha.
A médica entrou na sala e logo começou a me examinar. A minha gravidez estava indo às mil maravilhas. Gustavo me paparicava a todo momento. E Andrea então, todo dia me ligava para saber como andava sua sobrinha. Ela dizia com toda a certeza de que ia ser uma menina.
– Vocês tem alguma preferência? – A médica perguntou.
– Desde que venha com saúde. – Respondi.
– Queria que fosse uma menina. Sou louco por ter uma versão em miniatura da mulher da minha vida.
Sorri para Gustavo. A médica também.
– É, você é louco mesmo. – Dei risada.
– Já pensaram em nomes?
– Se for menino, vai se chamar León. – Gustavo disse.
– E se for menina, vamos homenagear com o nome da minha mãe, Dulce Maria.
A médica acenou e voltou a prestar atenção ao computador. Ela nos fez ouvir os batimentos cardíacos do nosso bebê e eu não pude segurar as lágrimas. Saber que o coraçãozinho dele batia forte em meu ventre era a melhor sensação do mundo.
– Vamos lá... – A médica disse. – Hum... Seu bebê está na posição ótima para saber o sexo. – Ela ficou em silêncio novamente.
– E então, doutora? – Gustavo perguntou ansioso.
– Parabéns, papais. Daqui a quatro meses, vocês vão conhecer a pequena Dulce Maria.
Gustavo me deu um beijo na testa e eu chorei de alegria. Nós iríamos ter uma menina! Uma menininha. Eu já estava ansiosa para segurar a minha filha nos braços.
– Eu sabia! – Gustavo disse animado.
– Uau! A Andrea vai ficar louca, ela também dizia que ia ser uma menina. Puxa, era pra eu ter apostado. – Resmunguei ainda limpando as lágrimas de emoção.
– Estou vendo que essa criança vai ser muito mimada. – A médica riu. – Está tudo bem com vocês duas. Continue se alimentando bem e bebendo muito líquido. Nada de estresses. Sua gravidez está ótima, Teresa.
– Pode deixar doutora, vou cuidar direitinho das minhas meninas. – Gustavo respondeu.
– Eu sei que vai. Bom, vou deixar você se limpar e espero vocês no próximo mês, está bem?
Acenamos e a médica nos deixou a sós. Gustavo me ajudou a levantar e eu limpei minha barriga com um sorriso bobo no rosto. Estava carregando uma menininha fruto do meu amor com o Gustavo. Quem poderia imaginar que em meu ventre teria uma criança minha e do cretino do meu chefe que fazia da minha vida impossível há um ano atrás?
– Uma menininha que vai carregar nosso sobrenome e o nome da minha falecida mãe. – Pensei alto segurando a foto do ultrassom que a médica nos deu.
– Ela será a nossa maior alegria e a maior prova do nosso amor. – Gustavo deu um beijo na minha testa.
– O amor de uma mulher infernal e um cretino irresistível.
FIM
--------------N/A: Como falei, ainda teremos um outro capítulo que será mais como um epílogo da história do nosso casal favorito. Mas desde já, quero agradecer a tod@s que leram, comentaram e se divertiram (e choraram) com essa história. Eu adoro saber como as histórias chegam até vocês.
MUITO OBRIGADA! 🥰
Até a próxima! (não tão próxima porque ainda tenho muito trabalho pela frente. 🙈)
Beijocas.
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Um Inferno Irresistível
FanfictionTeresa Rezende é uma jovem mexicana que veio ao Brasil para estudar design. Morando em São Paulo e dividindo um loft com mais duas amigas, ela ama seu trabalho, mas sonha em ter uma melhor posição na empresa que estagia. Gustavo Lários, é o CEO dest...