– Fala logo, Andrea. Por quê o Gustavo sabe que você está namorando e eu não? – Cruzei os braços.
– Na verdade, ele meio que pegou a gente aqui uma vez e...
Porra! Por quê ele não tinha me contado?
– Quem é o cara?
– É o... O Cristóvão.
Ampliei os olhos surpresa. Todo esse tempo ela estava com o Cristovão e não me disse nada.
– Eu sei que eu deveria ter te contado logo, mas eu não sabia se íamos ter algo sério. Você sabe que ele teve aquele problema lá da traição e nos conhecemos por acaso. Eu nem sabia que ele era amigo do Gustavo, encontrei ele por acaso na Império e não tive coragem de dizer.
Andrea tagarelou sem parar e eu permaneci em silêncio processando tudo o que ela estava dizendo.
– Você estava tão ocupada que mal parava em casa e aí...
– Andrea! – Segurei sua mão para interrompê-la. – Você não precisa me justificar nada. Eu sei que estive muito ausente e...
– Eu não estou te culpando de nada, Teresa. Eu já sou grandinha e não preciso da minha irmã tomando conta de mim. Você tem sua vida.
– Eu sempre irei tomar conta de você, Andrea. Você é minha hermanita. Eu quero que você seja feliz e se o Cristovão faz isso, não tenho que me opor.
– Estamos crescendo. Estefânia está noiva, você está com o Gustavo, Cecília voltou para o Sul... Também quero fazer a minha vida.
– E eu torço muito por você. Não é porque quase não conversamos mais que eu não me importo com você. Quero que você seja feliz, Andrea. É isso que me importo.
Nos abraçamos no meio da cozinha. Minha irmãzinha já estava crescendo. Jamais pensei que ela pudesse estar com o Cristovão, mas conhecia ele e sabia que ele era uma boa pessoa. E Gustavo já sabia disso. Ele e eu iríamos ter uma conversinha depois.
– Eu te amo, mana.
– Eu também te amo. Agora chega dessa coisa piegas, tenho que ir trabalhar.
Andrea sorriu e saiu correndo pela porta. Peguei o prato de pudim e saí da cozinha atrás de Estefânia.
– Estefânia! Aqui tem um pudim maravilhoso te esperando. – Bati na porta do antigo quarto de Cecília.
Ela finalmente destrancou a porta e correu pra cama.
– Oi. – Falei entrando com o prato de pudim na mão.
– Eu não quero pudim.
Andei até a cama e me sentei do lado dela.
– Você vai realmente negar esse pudim?
Enfiei o prato na cara dela e ela fez que sim com a cabeça.
– Ok... O que está acontecendo? Essa é a última vez que vou perguntar e espero que você responda. Victor liga todo dia, milhões de vezes porque a noiva dele não quer ir pra casa.
– Aqui ainda é minha casa. – Ela falou rapidamente como se eu não considerasse isso.
Coloquei o prato em cima do criado mudo e me virei pra ela.
– O que está acontecendo? – Perguntei mais calma dessa vez.
Estefânia manteve a cabeça baixa. Olhei para sua mão que segurava algum objeto que ainda não tinha identificado. Ela pareceu não me ouvir.
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Um Inferno Irresistível
FanfictionTeresa Rezende é uma jovem mexicana que veio ao Brasil para estudar design. Morando em São Paulo e dividindo um loft com mais duas amigas, ela ama seu trabalho, mas sonha em ter uma melhor posição na empresa que estagia. Gustavo Lários, é o CEO dest...