Capítulo 32

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Gustavo.

Teresa passou o dia inteiro estranha comigo. Até imaginei que fosse pelo assunto do casamento, mas não era possível. Ela tinha deixado bem claro que não queria se casar. Pensei que ela iria passar a noite comigo, mas aparentemente, a amiga grávida dela era mais importante. Pensando bem, eu não poderia ficar com ela com Cristovão sentado no meu sofá.

- E ai? Melhor?

Perguntei a Cristovão depois de servir duas doses de whisky. Ele balançou a cabeça depois de tomar de uma vez a dose.

- Muito melhor.

Sentei no sofá ao lado dele e liguei a TV colocando num jogo. Afrouxei a gravata e tirei os sapatos.

- Então, me conta o que porra aconteceu entre você e aquela mulher.

Cristovão fez careta e parecia não muito afim de me contar o que tinha acontecido. Esperei o tempo dele.

- Ela me traiu com um desgraçado qualquer. Peguei os dois no meu apartamento. Filha da puta! - Ele xingou alto e eu dei risada. - Mas, ontem eu conheci uma mulher interessante em um bar.

- Uma mulher? Em um bar? Já? - Levantei as duas sobrancelhas surpreso.

- Vida que segue, cara. E ela era uma delicinha. - Ele riu malicioso. - E você e Teresa?

- Ah cara, está indo. Mas, se você quer saber eu estou louco para... Esquece.

Ele riu da minha cara.

- Caralho, você está pior que eu.

- Não mesmo. Minha namorada não me traiu.

- Touché.

Cristovão e eu ficamos ali jogando conversa fora até que decidimos encerrar o dia. Cai na cama e voltei a pensar em Teresa por um bom tempo. No dia seguinte, acordei com o despertador que não parava de tocar no meu ouvido.

Sei que deveria estar animado, já que hoje era o grande dia, mas passei a noite me revirando na cama. Fazia quase uma semana que não tinha Teresa só para mim e já estava me deixando louco. Tomei um banho para tentar relaxar e me apressei para a chegar na Império. Todos na empresa pareciam me evitar. Realmente não estava de bom humor e não fazia questão nenhuma de mudar a cara. Entrei no elevador e esperei as portas fecharem.

- Não mesmo.

Ouvi a voz de Estefânia e sua mão impediu que as portas se fechassem. Ela acenou a cabeça para mim ainda no telefone e eu não respondi.

- Ah, Teresa, eu vou usar um preto brilhante mesmo. Você poderia usar aquele branco curto. - Ela continuava a falar. - Na Oscar Freire tem aquela loja ótima. Vá lá.

Teresa não tinha vestido para a festa. De repente, meu dia não estava mais tão ruim assim. Na verdade, só de ouvir o nome dela eu já ficava louco. Não me dei ao trabalho de subir para minha sala, apenas voltei para o carro e segui para a Oscar Freire. Tinha quase certeza de qual loja Estefânia estava dizendo. Teresa já tinha comentado sobre ela uma vez. Entrei a procura de sua silhueta tão inconfundível para mim. Tinha poucas mulheres no local e uma loira alta veio em minha direção.

- Posso ajudar? - Ela se ofereceu sorrindo com seus dentes brancos falsos.

Vi Teresa subindo para o provador que se encontrava no piso superior.

- Não, já encontrei o que estava procurando. Obrigado.

Andei calmamente e subi as escadas a caminho do provador no andar de cima. Olhei para trás para ver se alguém estava me seguindo ou prestando atenção em mim. Negativo.

- Ah Teresa, é hoje que eu mato a saudade de você.

Disse para mim mesmo baixinho e a vi entrar no último provador. Parecia até que já sabia o que iria acontecer. Esperei um pouco e bati na porta.

- Está ocupado!

Sua voz soou de dentro e mordi o lábio para não rir. Bati novamente.

- Tem gente aqui!

Bati pela terceira vez.

- Mas que merda! Eu já... - Ela destrancou a porta e me viu. - O que você está fazendo aqui? Você me seguiu?

Sorri ao vê-la no vestido justo azul ainda aberto e seu rosto surpreso.

- Achei que talvez você precisasse de ajuda pra escolher o vestido. Que tal entrarmos? Não é bom ficar aqui.

Olhei pro lado vendo que não tinha ninguém e a empurrei para dentro do provador novamente.

- Gustavo, o que você quer?

- Você sabe o que eu quero. - Sussurrei em seu ouvido.

Puxei seu corpo contra o meu e nos encaramos pelo espelho a nossa frente. Teresa fechou os olhos e corou.

- Eu não posso esperar mais nenhum minuto para estar dentro de você. - Ela mordeu o lábio e sorriu.

- Não podemos fazer isso aqui. - Ela sussurrou enquanto eu descia beijos pelo seu pescoço descoberto.

- Podemos sim.

Virei seu corpo para mim e olhei para o espelho. Enquanto tirava seu vestido, ela distribuía beijos pelo meu pescoço. Vi sua bunda incrivelmente gostosa e sua calcinha que era apenas um laço de enfeite. Queria abrir logo o meu presente. Deixei o vestido cair no chão e vi todo seu corpo refletido ali. Porra, como essa mulher era gostosa. Começamos a nos beijar e finalmente estávamos de volta. Do lado do espelho tinha uma poltrona de couro. Como Deus era bom. Suas mãos ágeis desabotoaram meu cinto e calça. Antes de me sentar, movi a poltrona para frente do espelho. Queria que ela assistisse todo o nosso espetáculo. Abaixei minhas calças e minha cueca passando a mão em todo seu corpo na volta e a vi derreter como manteiga.

- Deus, como isso é bom. - Teresa fechou os olhos enquanto falava.

- Shhh, não faça muito barulho.

Ela assentiu com a cabeça. Mesmo com a música que soava pelo local, tinha certeza de que Teresa gritaria de tanto prazer se eu permitisse. Depois de mapear e guardar mais uma vez cada parte de seu corpo, levei minhas mãos ao seu sutiã preto de renda. Abri o fecho e deixei cair no chão, ela observava tudo com um sorriso cheio de malícia.

- Que saudade que eu estava de você, chefinho.

Teresa sussurrou em meu ouvido e eu juro que senti uma fisgada em meu membro. Só ela podia fazer uma simples palavra se tornar imoral daquele jeito.

Um Inferno IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora