Capítulo 9

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Teresa.

A noite passada tinha que ser esquecida, a dança, os olhares... tudo. Vim direto pra casa com dor de cabeça e com a maquiagem toda borrada. Estefânia só tinha chegado de manhã e eu estava péssima.

- Vou correr. - Ela passou no meu quarto avisando.

Voltei a dormir.

- CARALHO! - Berrei quando ouvi a campainha ser tocada várias vezes seguidas de batidas na porta.

Saí da cama e comecei a procurar as chaves para abrir a porta. Mais batidas.

- JÁ VAI! - Avisei irritada.

Peguei as chaves em cima da mesa, destranquei a porta e abri. Seus olhos verdes me encararam.

- O que está fazendo aqui? - Minha voz quase não saiu.

Sua aparência não era lá a das melhores. Os olhos estavam vermelhos, calça cinza de moletom, camiseta de algodão branca e os cabelos bagunçados. Era uma imagem reconfortante.

- Oi. Não consegui dormir. - Gustavo disse parecendo cansado.

Me segurei para não rir e passar a imagem de mal educada.

- Posso entrar?

- Claro.

Fechei a porta e me perguntei o motivo de tal visita. Agradeci por estar sozinha em casa.

- Você costuma receber as pessoas assim? - Ele me olhou de cima a baixo.

Olhei para mim mesma sem entender o que ele dizia. Eu vestia só uma camisa larga e calcinha.

- Eu estava dormindo. - Expliquei.

Ele chegou perto de mim e senti o seu calor.

- Eu adoraria dormir com você. - Gustavo sussurrou.

Fechei os olhos e, por instantes, me deixei levar pelo seu toque.

- Droga, Gustavo! Eu não sou sua babá para te ajudar a dormir. Por quê realmente está aqui?

- Eu sei, mas desde ontem não consegui pregar os olhos.

Revirei os meus.

- Você não podia esperar até segunda para me demitir?

- Não. - Sua voz me fez arrepiar.

- Eu só realmente não entendo o por...

- Eu te quero, Teresa. Quero muito. Não sei onde isso vai me levar, mas está me consumindo. Você está me consumindo.

Suas mãos que estavam no bolso da calça, foram para o meu rosto e sua língua me invadiu fazendo me pegar fogo. Ele tirou minha camisa me deixando só de calcinha. Me encolhi.

- Não faça isso. Você não tem ideia do quanto seu corpo é perfeito. - Ele disse com a voz rouca em meu pescoço.

Agarrei seu pescoço e o beijei desesperadamente afim de tirar esse peso de mim. Ele me levantou e então cruzei as pernas em volta de sua cintura.

- Onde é seu quarto?

- Primeira porta a esquerda.

Ele não esperou muito, entrou no meu quarto e trancou a porta.

- Eu tive vontade de me bater ontem. - Ele disse no meio dos beijos. - Fiquei louco quando você foi embora.

Sorri.

- E agora você está aqui.

Ele sorriu. Passei a mão em seu corpo e puxei sua camisa.

- Eu só consigo pensar nessa sua boca maldita.

Ele me pôs no chão e eu o empurrei para trás até que caísse sentado na beira da cama. Seus olhos me queimavam de desejo. Gentilmente ele desceu minha calcinha até eu estar totalmente ávida por ele e completamente nua. Fiquei entre suas pernas e sua cabeça estava na altura de meus seios. Me abaixei e o beijei como nunca antes. Me sentei em seu colo e ele se deitou na cama. Aos poucos tiramos sua calça liberando seu membro. Estava louca para começar.

- Eu espero que você tenha preservativo porque isso foi a última coisa que pensei quando saí de casa. - Ele sussurrou em meu ouvido e dei uma risadinha.

Saí de cima dele, fui até o criado mudo e peguei a embalagem laminada.

- Vou deixar você fazer o serviço desta vez.

Confesso que minhas mãos estavam um pouco trêmulas pois eu queria ter logo ele dentro de mim. Abri o pacote e antes de colocar, pude perceber que ele estava completamente duro só a minha espera.

- Teresa, vamos logo! - Sua voz saiu arrastada.

Coloquei o preservativo na ponta e desenrolei até o fim. Quando terminei o processo ele me pegou e me jogou na cama. Ele em cima de mim, passando todo o seu calor para o meu corpo, eu não queria que isso terminasse nunca.

- Me coloque dentro de você.

Quase não acreditei, mas vi que ele não ia se mover se eu não o fizesse. Quando o fiz, me contrai inteira. Ele sabia que eu não faria inteiramente, então quando o posicionei, ele fez o resto, curvei minha coluna me acostumando com o prazer. Ele se apossou de mim e eu flui com ele. A cada estocada eu arfava, era impossível ser diferente. Tudo se tornou bom e preciso. Mexi meu quadril a procura de mais e mais, o formigamento já tinha se iniciado nas minhas pernas, então me apressei a procura de alivio. Minhas unhas estavam arranhando suas costas e quando finalmente cheguei, desabei na cama.

- Gustavo... - Não consegui terminar, eu estava exausta, mas ele continuou.

Sua mão ficou entre nós esfregando meu ponto sensível e aquilo me enlouqueceu, mesmo sem força, meu quadril mexia sem parar.

- Gustavo, eu...

- Shhh, só mais um. - Ele movia a mão rápido demais e as estocadas estavam lentas me fazendo gritar. - Olhe pra mim!

Arqueei minha coluna saindo da cama e depois olhei para ele, meus lábios entreabertos querendo gemer, mas nenhum som saia. Minhas coxas começaram a tremer e me entreguei ao prazer.

- Porra, Teresa. - Gustavo se juntou a mim no clímax e continuou mais rápido até se esgotar, ele desabou sobre mim e rolou para o lado.

Apoiei o queixo em minhas mãos que estavam sob seu peito e o analisei. Ele era maravilhoso, na cama então nem se fala. Seus olhos verdes se voltaram pra mim.

- Você está linda. - Ele sussurrou.

Sorri tímida pensando no meu cabelo desarrumado e no meu rosto corado do sexo. Deitei com a cabeça em seu peito, ele nos cobriu com o cobertor. Aos poucos, fui adormecendo e dessa vez seria bom.

Um Inferno IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora