Capítulo 33

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Teresa.

Em segundos, minha calcinha sumiu de meu corpo e ele a jogou no chão. Um arrepio correu por minha espinha. Nossa respiração estava tão pesada que parecia que podíamos ser ouvidos por todos do lado de fora. Estava uma confusão de sensações e emoções. Seu membro estava roçando em minha entrada o que só me torturava. Fechei os olhos sentindo cada toque seu. Meu coração parecia pular de meu peito em uma velocidade comparada a da luz. Conseguia ouvir as batidas, sua respiração contra meu ouvido, tudo. Gustavo pegou meus braços e os posicionou para cima fechando minhas mãos em sua nuca. Estava totalmente vulnerável.

- Não se mexa. Mantenha os olhos no espelho.

Apenas concordei. Como eu estava com saudades dessa parte suja e sexy de Gustavo. Eu adorava como nós tínhamos essa sintonia e nunca caímos na rotina. Os últimos meses foram ótimos, mas eu queria esse Gustavo. O autoritário chefe que se arriscava para ter o prazer.

- Agora relaxa... - Sua voz saiu baixa e pesada.

- Gustavo... - Gemi sentindo seu membro brincar comigo.

Ele parecia se divertir. Encontrei seus olhos pelo espelho e vi o desejo em suas pupilas. Parecíamos um incêndio. A tortura parou por alguns segundos e tentei saber o que estava acontecendo. Olhei para trás e Gustavo estava colocando a camisinha. Ele voltou a me acariciar e então entrou devagar em mim. Fechei os olhos e encostei minha cabeça em seu ombro me acostumando com a sensação de preenchimento que ele me dava. Cada centímetro seu era uma satisfação. Abri os olhos e contemplei sua agonia ao estar finalmente em mim.

- Você tem noção de como isso é gostoso? De como eu amo sentir que você está sempre pronta para mim? - Suas palavras me fizeram sorrir.

Era uma sensação da qual eu nunca enjoaria. Era sempre uma coisa mais intensa, mais deliciosa e mais quente. Agarrei seus cabelos e soltei gemidos baixos sentindo Gustavo entrar rápido e sair devagar, tentando distinguir qual das sensações era a melhor, mas não conseguia nem raciocinar direito. Com Gustavo tudo superava as expectativas.

- Ahhh. Como. Você. É. Gostosa. - Gustavo falou pausadamente em meu ouvido. - E. Toda. Minha. Toda molhada.

Sorri e olhei para o espelho novamente. Era algo que não me cansava de olhar. Era como uma obra de arte erótica que somente nós dois conseguíamos sentir a intensidade das cores. Aumentei a velocidade de meus quadris, pois queria senti-lo cada vez mais, mas sabia que não iria aguentar por muito tempo. Mesmo assim ansiava por mais e mais.

- Gustavo... Por Dios. - Pedi com agonia e prazer. - Mais...

Filho da mãe, diminuiu seus movimentos. Meu peito estava irregular. Minha respiração estava irregular. Estava tudo irregular. Vi seu membro pelo reflexo do espelho entrar lentamente e sair lentamente.

- Eu quero sentir você gozar. E essa noite quando você estiver andando por aquele salão, se lembrará de mim. E então você vai pedir por mais.

- Só não pare... Por favor. - Implorei.

Sua mão direita saiu da minha cintura e se direcionou pro meio das minhas pernas. Ele retirou seu membro de dentro de mim, me fazendo contorcer de raiva. Olhei com raiva e ele captou meu olhar pelo reflexo. O desgraçado sorriu. Seus dedos começaram com movimentos circulares com uma certa pressão em meu ponto sensível. Abri a boca pra gemer mas nada saiu. Estava enfeitiçada. Como isso era bom. Não queria parar. Queria ele pro resto da minha vida.

- Gustavo, estou quase lá. - Consegui pronunciar.

Ele continuou com a tortura e entrou mais uma vez em mim, dessa vez com mais força e mais presença. Não resisti e fechei meus olhos jogando a cabeça para trás. O formigamento começou nas minhas pernas tomando conta do meu corpo inteiro.

- Gustavo, eu vou...

- Eu sei, amor.

Ele tapou minha boca antes de eu gritar e então, minha visão ficou turva, minhas coxas tremeram e finalmente gozei com toda força. Ainda extasiada pela sensação, Gustavo ainda dava estocadas em mim e em poucos segundos gozou também.

- Eu nunca vou me cansar disso.

Ele disse com a voz arrastada em meu ouvido e eu sorri. Tínhamos uma fina camada de suor passando pelos nossos corpos. Me arrepiei com o ar gelado do ar condicionado do provador.

Após alguns minutos de descanso, nos vestimos. Senti falta da minha calcinha, mas vi quando Gustavo pôs o pano no bolso de sua calça. Filho da puta! Saímos do provador e fomos até o caixa onde entreguei os vestidos para a moça. Tentei disfarçar ao máximo minhas feições pós sexo.

- Vamos levar o azul. - Gustavo falou enquanto retirava seu cartão de sua carteira. - É uma cor quente em você. - Ele piscou para mim.

Dei um risinho tímido e tentei não deixar transparecer tudo o que tinha acabado de acontecer. Eu nunca tinha feito sexo dentro de um provador. Foi algo espetacular e inovador. Agora estava com vontade de experimentar outros lugares. Peguei a sacola e saímos da loja. Gustavo pôs a mão em minhas costas enquanto andávamos até seu carro.

Gustavo abriu a porta do carro e eu me sentei com um pouco de desconforto devido aos recentes acontecimentos.

- Com dificuldades em sentar, querida? - Seu tom era cínico.

Olhei para seus olhos verdes e ali estava refletido que para ele não tinha sido o suficiente.

- Nada que atrapalhe nossos planos para esta noite, querido. - Fiz questão que ele entendesse as minhas intenções para mais tarde.

Gustavo riu do meu comentário e me deixou na porta de casa antes de ir para Império.

- Se arrume e vá direto para o Hotel, te encontro lá.

- Claro, chefinho.

Me virei para entrar, mas ele me puxou pelo braço me fazendo parar.

- Achei que tinha te mostrado que aqui não tem nada inho. Caso contrário, teremos que resolver essa questão mais tarde.

Beijei sua boca sem me preocupar que alguém pudesse estar olhando. Passei a mão pelo seu membro dando um aperto por cima de sua calça e sorri.

- Acho que você vai ter que mostrar mais. Creio que não tenha sido o suficiente.

Ele me segurou firme pela cintura me dando outro beijo. Senti a firmeza de seu peito raspar pelos meus seios.

- Você não perde por esperar. Agora, entre.

Me distanciei dele com um sorriso bobo no rosto e entrei no loft. O pensamento de ter as mãos de Gustavo passando pelo meu corpo me deixava ainda mais excitada e ansiosa para mais tarde.

Um Inferno IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora