Teresa.
As coisas ainda estavam um tanto confusa em minha mente. Estefânia ainda não tinha chegado e apesar de tudo eu precisava dela para juntar os pontos. Duas cabeças pensavam melhor que uma. Dei um calmante para Cecília e ela acabou adormecendo. Eu já tinha tomado um banho para relaxar, mas nada como um vinho para acalmar os ânimos e desânimos. Me sentei no sofá com a taça de vinho e me deliciei ao som de alguma música clássica que conseguia me acalmar. Pouco antes das seis, Estefânia entrou correndo pelo corredor, segundos depois ela voltou para a sala.
– Eu tinha que ir ao banheiro. – Ela foi até a cozinha e voltou com uma taça de vinho. – O que aconteceu?
Ela sentou ao meu lado e antes de falar dei meu último gole no vinho.
– Eu espero que você esteja preparada para a notícia do ano.
– Fala logo, Teresa!
– Bom... Você vai ser titia.
Ela riu, mas logo em seguida ficou séria.
– Ai. Meu. Deus. Você está grávida? – Ela se levantou rapidamente. – Teresa? Eu não acredito! Já?
– Você está louca? De onde você tirou essa ideia? – Franzi o cenho. Ela soltou o ar abaixando os ombros.
– Você disse que eu ia ser tia, o que eu devo pensar? – Ela ainda estava estática.
– Não tem como eu estar grávida e não sou a única que transa por aqui. – Retruquei. – Cecília está.
Ela ficou boquiaberta. Como ela pôde pensar que eu estava grávida?
– Como isso? – Ela se ajeitou ao meu lado. – Por que Flávio foi embora? Ele tem que assumir!
– Posso falar? – Ela fez que sim com a cabeça. – Bom, o filho não é dele, por isso terminaram. – Ela pôs a mão na boca. – Mas, o melhor vem agora... – Fiz suspense e ela pareceu se irritar.
– Teresa, fala logo, porra.
– É do André, amigo da Cecília.
Ela se encostou no sofá, absorvendo toda informação. Fui até a cozinha e peguei a garrafa de vinho voltando a sentar no sofá.
– Toma, vamos precisar.
Enchi nossas taças e em algum momento da noite, adormeci. Meu celular despertou e eu acordei me perguntando onde estava. Me mexi e senti os músculos do meu corpo doerem. Ainda estava no sofá, estava na hora de me trocar e enfrentar mais dia com Gustavo Lários. Acordei Estefânia e avisei que já estava na hora de ir trabalhar. Ela foi para o quarto e eu para o chuveiro. Enquanto estava debaixo d'agua, pensei no que Estefânia me perguntou na noite anterior, sobre eu estar grávida. Eu nunca vou estar, não de Gustavo. Me troquei as pressas, colocando por cima do meu vestido um sobretudo bege. São Paulo tinha seus climas loucos. Acordei Cecília, apesar da notícia, ela também tinha que trabalhar.
No caminho, parei para comprar o café de Gustavo, porque sabia que ele iria me encher o saco para fazer, coisa que eu não estava afim. Estefânia comprou para ela e Victor.
– Me diga, como estão as coisas entre vocês dois? – Perguntei enquanto entrávamos no elevador.
– Estão bem, estamos bem. Não queremos apressar as coisas, por mais que já estejam rápidas. – Senti um receio em sua voz.
– Estefânia? Você sabe que pode me contar qualquer coisa, certo?
– Claro. – Ela falou e desceu em seu andar.
Respirei antes de sair do elevador. Vamos lá. Guardei o meu casaco no roupeiro e arrumei minhas coisas em minha mesa sem demorar para entrar na sala de Gustavo com seu café e sua agenda. Ele estava sentado mexendo no computador e no celular.
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Um Inferno Irresistível
FanfictionTeresa Rezende é uma jovem mexicana que veio ao Brasil para estudar design. Morando em São Paulo e dividindo um loft com mais duas amigas, ela ama seu trabalho, mas sonha em ter uma melhor posição na empresa que estagia. Gustavo Lários, é o CEO dest...