Gustavo.
Sim. Eu tinha dormido com ela e tinha sido ótimo. Quando bati em sua porta, a única coisa que vinha em minha cabeça era ela, a boca, o corpo. Tudo. Transamos loucamente e depois tive a paz de conseguir dormir. Acordei antes que ela e pude ver seu rosto lindo. Passei minutos olhando para ela e tentando pensar o que ela tinha feito para me pegar de jeito. Teresa se mexeu ao meu lado e pude ver seus olhos tremerem antes de abri-los.
- Bom dia.
- Bom dia. - Ela se afastou um pouco de mim, aumentando a distancia entre nós dois e nesse momento, a cama parecia enorme.
- Está acordado a muito tempo?
- Não. - Menti. - Acabei de acordar.
- Legal.
A coisa pós sexo era terrível quando não se tinha um relacionamento. O quê? Que isso, Gustavo? Estava caindo nas graças da paixão? De jeito nenhum! Teresa se levantou e tirou uma camisola de sua gaveta, a vestindo.
- Eu vou tomar um banho e você pode ficar se quiser.
O que foi isso? Um convite? Ela abriu a porta e pude ouvir vozes que vinham da sala. Ela fechou a porta novamente.
- Esqueci que elas estavam aqui. Você precisa ir embora.
- O que? - Perguntei confuso.
- Sair. Ir embora. Vazar. Sumir. O que você compreender dessas palavras.
Ela estava fazendo o que eu geralmente fazia com as mulheres e merda, a sensação era horrível. Me levantei, vesti o moletom e fui para a porta.
- O que você está fazendo? - Ela perguntou.
Deus, que mulher bipolar.
- Indo embora.
- Pela porta?
- Pelo mesmo caminho que vim. - Meu tom era óbvio.
Então ela riu. Mas o que?
- De jeito nenhum!
- O que você sugere? Que eu saia voando pela janela?
Ela abriu um sorriso como se eu tivesse acertado.
- Esquece. Eu não vou sair pela janela. - Minha voz saiu um pouco alta.
- Shhh, você vai ter. Você não vai sair com elas lá na sala. - Ela sussurrou.
Me sentei na beira da cama e cruzei os braços.
- Eu tenho que ir embora, mas não vou sair pela janela. Não estamos na casa dos seus pais e eu não sou o namorado que não pode ser visto.
- Ainda bem que não.
- Teresa, eu vou embora agora.
Me levantei e fui para a porta mas ela me impediu.
- Não! Você é meu chefe. Nem poderia estar aqui.
- Pensasse nisso quando abriu a porta.
Ela estreitou os olhos.
- Você bateu na minha porta.
Justo. Mas, ainda assim, eu não ia sair pela janela.
- O seu celular. Me dá.
- Não. - Ela franziu o cenho.
- Teresa, é o único jeito de tirá-las da sala.
Ela saiu do quarto e fechou a porta me deixando sem saber o que fazer, depois de alguns minutos ela voltou com uma bandeja com suco, pão, bolo, algumas frutas e o celular.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Inferno Irresistível
FanfictionTeresa Rezende é uma jovem mexicana que veio ao Brasil para estudar design. Morando em São Paulo e dividindo um loft com mais duas amigas, ela ama seu trabalho, mas sonha em ter uma melhor posição na empresa que estagia. Gustavo Lários, é o CEO dest...