Capítulo 10

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Gustavo.

Sim. Eu tinha dormido com ela e tinha sido ótimo. Quando bati em sua porta, a única coisa que vinha em minha cabeça era ela, a boca, o corpo. Tudo. Transamos loucamente e depois tive a paz de conseguir dormir. Acordei antes que ela e pude ver seu rosto lindo. Passei minutos olhando para ela e tentando pensar o que ela tinha feito para me pegar de jeito. Teresa se mexeu ao meu lado e pude ver seus olhos tremerem antes de abri-los.

- Bom dia.

- Bom dia. - Ela se afastou um pouco de mim, aumentando a distancia entre nós dois e nesse momento, a cama parecia enorme.

- Está acordado a muito tempo?

- Não. - Menti. - Acabei de acordar.

- Legal.

A coisa pós sexo era terrível quando não se tinha um relacionamento. O quê? Que isso, Gustavo? Estava caindo nas graças da paixão? De jeito nenhum! Teresa se levantou e tirou uma camisola de sua gaveta, a vestindo.

- Eu vou tomar um banho e você pode ficar se quiser.

O que foi isso? Um convite? Ela abriu a porta e pude ouvir vozes que vinham da sala. Ela fechou a porta novamente.

- Esqueci que elas estavam aqui. Você precisa ir embora.

- O que? - Perguntei confuso.

- Sair. Ir embora. Vazar. Sumir. O que você compreender dessas palavras.

Ela estava fazendo o que eu geralmente fazia com as mulheres e merda, a sensação era horrível. Me levantei, vesti o moletom e fui para a porta.

- O que você está fazendo? - Ela perguntou.

Deus, que mulher bipolar.

- Indo embora.

- Pela porta?

- Pelo mesmo caminho que vim. - Meu tom era óbvio.

Então ela riu. Mas o que?

- De jeito nenhum!

- O que você sugere? Que eu saia voando pela janela?

Ela abriu um sorriso como se eu tivesse acertado.

- Esquece. Eu não vou sair pela janela. - Minha voz saiu um pouco alta.

- Shhh, você vai ter. Você não vai sair com elas lá na sala. - Ela sussurrou.

Me sentei na beira da cama e cruzei os braços.

- Eu tenho que ir embora, mas não vou sair pela janela. Não estamos na casa dos seus pais e eu não sou o namorado que não pode ser visto.

- Ainda bem que não.

- Teresa, eu vou embora agora.

Me levantei e fui para a porta mas ela me impediu.

- Não! Você é meu chefe. Nem poderia estar aqui.

- Pensasse nisso quando abriu a porta.

Ela estreitou os olhos.

- Você bateu na minha porta.

Justo. Mas, ainda assim, eu não ia sair pela janela.

- O seu celular. Me dá.

- Não. - Ela franziu o cenho.

- Teresa, é o único jeito de tirá-las da sala.

Ela saiu do quarto e fechou a porta me deixando sem saber o que fazer, depois de alguns minutos ela voltou com uma bandeja com suco, pão, bolo, algumas frutas e o celular.

Um Inferno IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora