Capítulo 64

210 14 16
                                    


- Eu também te amo.

Teresa iniciou um beijo lento em minha boca me fazendo arrepiar. Levei minha mão esquerda pra sua cintura e a empurrei para a parede. Ela se assustou quando suas costas encostaram no azulejo gelado. Sua mão que estava em meu pescoço, passou pelo meu ombro e escorregou pelo meu peito.

- Teresa...

- Vamos esquecer o mundo lá fora. Por algumas horas, por favor. - Ela pediu.

Não conseguia dizer não a ela. Não pela nossa atual situação, mas por eu não conseguir resistir. Ela era irresistível. Desci beijando seu corpo até parar na altura de seus seios. Abocanhei um deles e minha língua brincou com o mamilo. Teresa gemeu alto arranhando minhas costas em protesto. Tomei a liberdade de espiar seu rosto e vi seus olhos fechados e sua boca aberta. Voltei a minha posição inicial, mas dessa vez, descendo para o próximo passo. Ela colocou os braços em volta de meu pescoço e em seguida levantei suas pernas até minha cintura onde ela as travou. Me posicionei e entrei devagar sentindo cada centímetro ultrapassando sua entrada seguido de vários gemidos seus. Ela se contraiu com a minha invasão e apoiou a cabeça nos azulejos. A cena em si me enlouquecia, Teresa estava totalmente entregue a mim. Seu peito subia e descia e era uma cena deliciosa. Dei uma única estocada.

- Meu Deus, Gustavo!

Sua voz ativou algo em mim, me fazendo querer mais dessa reação. Queria ouvi-la gritar meu nome. Gritar de tanto prazer que iria esquecer onde estávamos e em que dia estávamos. O melhor de tudo era sentir ela realmente sem nada. Odiava pensar que estava se tornando normal para nós, algo que eu sempre cuidava, mas era mágico sentir ela em mim. Beijei sua boca enquanto tentava sair do banheiro, tinha que levá-la para um lugar onde realmente podia fazer tudo. Saímos do banheiro e me sentei na beira da cama do mesmo jeito que estávamos. Teresa empurrou meu peito para trás me fazendo deitar na cama.

- Estamos molhando sua cama. - Ela falou sorrindo.

- Não me importo.

Mantive minhas mãos em sua cintura enquanto ela rebolava em mim sem parar em um sentido que meu cérebro não conseguia nem acompanhar. Era intenso e forte. Vi que Teresa levar uma das mãos até o seu pontinho e começar a massageá-lo e então os movimentos se tornaram mais rápidos e melhores do que antes. Teresa se apertou em volta de mim gozando e em seguida fiz o mesmo.

- Puta que...

Ela caiu em cima de mim cansada. Permanecemos com as respirações ofegantes até que me levantei com ela de novo voltando pro banheiro. Depois de tomarmos um banho de verdade, nos vestimos e ficamos deitados na cama assistindo filmes idiotas que faziam Teresa rir. Não tinha como negar a chance de ouvir sua risada gostosa. Em algum momento do segundo filme, eu dormi.

- Claro, pode entrar. - Acordei com a voz de Teresa vindo da sala.

Olhei imediatamente para a porta do quarto que estava aberta. Merda, quem estava aqui?

- Ele está lá em cima. - Mais uma vez Teresa falou e ainda não consegui adivinhar com quem ela conversava.

Me levantei da cama e fui ao banheiro lavar meu rosto, não podia aparecer com uma cara de sono para falar com quem quer que fosse. Liguei a torneira escovando os dentes e lavei o rosto, sequei com a toalha verde que estava estendida na parede. Saí do banheiro e fui andando com intenção de chegar até a sala, mas a discussão de Teresa me fez parar um pouco para escutar.

- Desculpe, senhor, eu...

- Teresa, eu preciso conversar com o irresponsável do meu filho, então...

O que meu pai queria aqui? Merda, perdi total a noção do tempo. Não saí de casa desde cedo e já estava anoitecendo.

- Teresa, eu..

- Não! Que merda, eu estou falando que não dá pro senhor falar com ele. É sobre as fotos?

- Teresa, eu sei que você não tem culpa.

Ouvi a risada de Teresa.

- Você poderia ao menos dar o crédito para seu filho alguma vez? Poderia parar de julgar? Eu sei que quando o senhor for embora eu provavelmente vou beber pra esquecer isso, mas que porra Gabriel, ele é seu filho. Eu deixei que as fotos vazassem. Eu sou a responsável.

- Não tente levar a culpa por ele, Teresa.

Merda. Desci as escadas e fui para a sala onde a porra toda estava acontecendo. Não podia negar que eu adorei ver Teresa gritando com meu pai. Foi um dos ápices do dia, considerando que hoje teve vários.

- Pronto, aí está ele, não precisa mais falar nada. Gustavo, que porra de fotos são essas em todas as revistas? Tem paparazzis na minha casa, foi um inferno entrar na sua também. Me explique que merda você fez agora.

Olhei para Teresa que vestia um robe perolado. Não acredito que ela estava brigando com o meu pai num um robe perolado. Ri com o pensamento. Teresa se virou pra mim com cara de brava.

- Não ouse a falar nada. - Ela cerrou os olhos.

Mordi o lábio enquanto sorria e cruzei os braços. Queria só ver no que isso ia dar.

- Olha, eu sei que o senhor não tem um histórico bom em confiar em Gustavo e provavelmente foi por causa da vagabunda da Nicole, mas passou. Ele está comigo agora e ele não faria nada pra me prejudicar, não sem eu saber. - Ela olhou pra mim como se eu precisasse confirmar, fiz que sim com a cabeça. - Então acredite que não foi só ele, nós somos os responsáveis. Não entre aqui achando que o senhor vai nos acusar e vamos abaixar a cabeça pedindo desculpas, porque não vamos. Somos adultos e sabemos o que fazemos. Isso nas revistas são fotos de sexo. Eu faço sexo com seu filho assim como o senhor deve fazer com sua esposa. - Uau, com certeza essa eu nunca vou esquecer. Ela suspirou antes de continuar. - Então se retire, por favor, e só volte quando quiser falar com seu filho como pai e não como juiz.

Meu pai ficou quieto assim como eu. Jamais imaginaria Teresa gritando com ele. Porra, isso foi divertido. Meu pai apertou o botão do elevador e foi embora. Fiquei olhando para Teresa. Quando ela desse conta do que tinha feito, iria querer me matar por não tê-la impedido, mas foi maravilhoso alguém gritar com ele além de mim. Ela se virou com os olhos fechados e mordeu o lábio.

- Acha que eu exagerei? - Ela perguntou incerta.

- Acho que foi bom para a primeira vez. - Sorri.

- Essa foi provavelmente a única vez.

A puxei para um abraço.

- Estou orgulhoso. - Beijei o topo de sua cabeça. - Vamos comer e conversar.

- Eu acho que vou pedir uma pizza.

Me sentei ao seu lado com um copo de whisky esperando ela desligar o telefone para discutirmos com seriam as coisas daqui pra frente.

- Pronto. - Ela desligou o telefone e olhou pro meu copo.

- Acho que você não deveria beber.

Franzi o cenho ao pedido dela, mas mesmo assim, coloquei o copo no centro.

- O...K.

- É o seguinte, eu tenho um plano e acho que vai ser nossa melhor chance.

- Sou todo ouvidos.

- Vamos descobrir se Emílio é ou não seu filho, mas pra isso eu preciso que você não se encontre com ele. Eu sei que se ele for, eu vou querer me matar por estar fazendo isso, mas se ele aguentou 3 anos, pode aguentar mais duas semanas. Se ele não for, não quero que você crie um vínculo desnecessário. Deus, como eu sou horrível, eu vou pro inferno. - Teresa escondeu o rosto com as mãos.

- Não vai não, eu acho que entendo. Mas se ele...

- Isso é assunto pra daqui duas semanas.

- Ok, vamos fazer o que?

- O famoso teste de DNA.

Um Inferno IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora