Joalin é uma garota rebelde. Na verdade é isso que aparenta ser, ela demonstra em cada passo que dá que se restringe ao seu pequeno grupo de amigos, que não liga para rótulos, não segue padrões.
Bailey é popular e perfeitinho, é uma mistura do garo...
-Shiv, você pode amarrar meu biquíni?- sai do banheiro, com as mãos na nuca, segurando o tecido- Cadê a sua irmã?- perguntei para Bailey, após não encontrá-la.
-Ela foi no quarto dos meus pais, disse que já vai descer direto de lá.
-Pode amarrar meu biquini para mim, por favor?- me virei de costas para ele- Meu cabelo não tá deixando- eu tinha tentado, ok? Mas os fios pequenos que estavam nascendo sempre ficavam presos no laço.
-Acho que você nunca me pediu por favor antes, nunca- ele deu uma risadinha sarcástica.
-Eu tenho educação, May- falei, soltando a peça, já que acreditei que ele estava segurando. O resultado? Todo o tecido que deveria tapar meus seios veio para frente, já que estava preso apenas na minha cintura- Ótimo, Bailey- fui irônica.
-Estava demorando para você reclamar! Sabia que esses biquinis cheios de laços são um perigo?
-Nas suas mãos, só se for!
-É, para eu acidentalmente abrir eles e- ele rapidamente pareceu tomar consciência do que estava falando- Preto realmente combina contigo- senti seu olhar queimando nas minhas costas, enquanto eu tentava posicioná-lo na parte da frente, para que não fosse amarrado errado.
O calor do seu corpo se aproximando do meu foi muito visível, parei de respirar por um segundo, quando senti sua boca na minha nuca e suas mãos passeando pela minha barriga, me abraçando por trás.
-A gente tem que descer- respirei fundo- Não acho que devemos ficar muito perto um do outro.
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-Por que? Tem tanto medo de não resistir assim?
-Só acho que quando não há um porquê de algo estar acontecendo, é um sinal de que se deve colocar um ponto final. Essa nossa brincadeirinha precisa acabar- me virei para ele, grande erro já que meus seios estavam expostos.
-Eu não vou para a piscina, Joalin- estranhei a fuga do assunto, mas decidi dar corda.
-Por que?
-Porque eu e meu pai precisamos ir no centro da cidade, temos uma reunião com um morador que está pensando em abrir uma franquia da May's em Phoenix.
-Uhm- dei de ombros.
-Nós vamos voltar depois do almoço, para pegar vocês três e irmos para o lago. De lá, vamos direto para Los Angeles, meu pai ficou sabendo está tendo uma obra e se sairmos daqui mais tarde, não vamos chegar a tempo da aula, então precisa deixas suas coisas arrumadas- ele falou, com o olhar fixo em meus olhos, eu sabia que ele não queria olhar para baixo e perder o controle.
-Tá, que horas é a reunião?
-De onze da manhã até as três da tarde. Vamos sair do lago lá pelas sete, eu vi na internet que o trajeto de volta está dando mais ou menos treze horas, temos que pegar desvios e a obra está sendo feita de madrugada.
